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Roteiro Homilético 33º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Profecia de Malaquias 3,19-20a

O nosso texto refere-se ao “dia do julgamento” – isto é, ao dia em que Jahwéh vai intervir na história, no sentido de destruir o mal, a injustiça, a opressão, o pecado e fazer triunfar o bem, a justiça, a verdade. Diante do fogo do Senhor que purifica e renova, “serão como palha os soberbos e malfeitores” e o Senhor “não lhes deixará nem raiz nem ramos”; em contrapartida, para os que se mantêm nos caminhos da aliança e dos mandamentos, “nascerá o sol da justiça, trazendo nos seus raios a salvação”.

De que é que o “mensageiro” de Deus está a falar? Está a falar do “fim do mundo”? Não. Está a referir-se ao “dia do Senhor” – um conceito que aparece com frequência na literatura profética (cf. Am 5,18; Sof 1,14-18; Jl 2,11) para designar o momento da intervenção de Deus na história, o momento em que Jahwéh vai oferecer ao seu Povo a salvação definitiva… O profeta está – utilizando uma linguagem e imagens tipicamente proféticas – a pedir aos seus concidadãos que não desanimem nem desesperem, pois Deus vai intervir no mundo para fazer aparecer um mundo novo.

Roteiro Homilético Solenidade de Todos os Santos

Primeira Leitura

Livro do Apocalipse de São João 7,2-4.9-14

S. João, nesta visão, descreve-nos «a multidão imensa que ninguém pode contar» dos fiéis «os santos» na posse da felicidade eterna. Depois da «grande tribulação» o Senhor os acolhe dando-lhe um grande prémio.

Numa grandiosa visão, o vidente de Patmos deixa ver que no meio de tantas desgraças e ainda antes que cheguem as piores, as que correspondem à abertura do 7º selo (cap. 8), os cristãos, que formam uma imensa multidão, estão sob a proteção de Deus, mesmo quando perseguidos e sujeitos ao martírio.

Roteiro Homilético 31º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro da Sabedoria 11,22;12,2

Fundamentalmente, o autor encontra três razões para justificar a moderação e a benevolência de Deus.

A primeira tem a ver com a grandeza e a omnipotência de Deus (cf. Sab 11,22). Quem é grande e poderoso, não se sente incomodado e posto em causa pelos atos daqueles que são pequenos e finitos… Ele vê as coisas com suficiente distância, percebe as razões do agir do homem, não perde o “fair play”; daí resulta a tolerância e a misericórdia.

A segunda vem dessa lógica que caracteriza sempre a atitude de Deus em relação ao homem: a lógica do perdão (cf. Sab 11,23). Ele não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva; por isso, “fecha os olhos” diante do pecado do homem, a fim de o convidar ao arrependimento… Repare-se, no entanto, que esta lógica não se exerce aqui sobre o Povo de Deus, mas sobre um império pagão e opressor: é a universalidade da salvação que aqui é sugerida. 

Roteiro Homilético 30º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro do Eclesiástico 35,15b-17.20-22a (gr. 12-14.16-18)

Deus escuta a oração do humilde. A humildade é condição fundamental para a oração bem feita.

A leitura é tirada do corpo do livro de Ben Sira (2 – 43), uma longa amálgama de conselhos morais e sábias sentenças. Neste trecho, ao mesmo tempo que se fala das boas disposições de Deus para quem o invoca, também põe em evidência as condições de uma boa oração: confiança, perseverança e humildade: «A oração do humilde atravessa as nuvens» (v. 21). 

Roteiro Homilético 29º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro do Êxodo 17,8-13

A primeira leitura dá a entender que Deus intervém no mundo e salva o seu Povo servindo-se, muitas vezes, da ação do homem; mas, para que o homem possa ganhar as duras batalhas da existência, ele tem que contar com a ajuda e a força de Deus… Ora, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Deus.

O livro do Êxodo não cessa de exaltar a Providência divina em favor do povo que, liberto da opressão do Egito, é guiado a caminho da terra prometida; não só o alimenta e lhe mata a sede, como também o livra das mãos dos inimigos.

Roteiro Homilético 28º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Segundo Livro dos Reis 5,14-17

O Segundo Livro dos Reis apresenta-nos a história de um rico general (Naamã) curado miraculosamente por intercessão do profeta Eliseu.

O Senhor oferece ao homem a vida e a salvação, sem limites de pessoas, na raça, na cor ou na nação. Nunca tem acepção de pessoas.

O episódio cheio de beleza e vivacidade é tirado do chamado ciclo de Eliseu (2 Re 2, 13 – 13, 30), tem um paralelo semelhante nos Evangelhos, não tanto nas curas dos leprosos dos Evangelhos, como se lê no Evangelho de hoje, mas antes na cura do cego de Jo 9, que se banha na piscina de Siloé. 

Roteiro Homilético 27º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Profecia de Habacuc 1,2-3; 2,2-4

Como o profeta devemos estar atentos à resposta de Deus à nossa oração de súplica. Tal oração não muda a atitude de Deus, mas faz-nos descobrir a pobreza, os limites e a mesquinhez dos nossos planos e, por isso, permite-nos uma grande certeza: Deus é fiel.

Roteiro Homilético 26º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Profecia de Amós 6,1a.4-7

A leitura, que é uma censura do profeta do século VIII à vida opulenta e fácil, frequentemente à custa da miséria do próximo, foi escolhida em função do Evangelho de hoje.

6 «A ruína de José». O profeta pode referir-se tanto à miséria física de tantos compatriotas, como à corrupção moral que alastrava no Reino do Norte. Aqui é dado o nome de José ao Reino do Norte, em vez do nome de Efraim, corrente nos profetas, a tribo mais importante, pelo facto de Efraim ser filho de José, filho de Jacob, que não deu o seu nome a nenhuma tribo (Manassés e Efraim era filhos de José, que deram o seu nome às respectivas tribos).

Roteiro Homilético 25º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Profecia de Amós 8,4-7

Nos momentos de crise entra em jogo o mercado negro e quem sofre as consequências é o pobre, o amigo do Senhor. Deus por meio do profeta toma a defesa do pobre.

O profeta Amós pregava no Reino do Norte nos tempos de Jerobão II, no séc. VIII a. C. Não cessava de fustigar todos os vícios dum povo esquecido de Deus, dado às vaidades e à exploração dos mais fracos, muitas vezes através da fraude e do abuso do poder.

5 «Quando passará a lua nova?». No calendário, a lua nova marcava o primeiro dia do mês que era dia de festa, um dia de descanso em que não se podiam, portanto, fazer negócios, como em dia de sábado. A avareza e a exploração do pobre está bem escalpelizada e continua a ter grande atualidade.

Roteiro Homilético 24º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro do Êxodo 32,7-11.13-14

Moisés subiu ao Monte Sinai para falar com Deus e recebeu as duas Tábuas da Lei nas quais estavam gravados os Dez Mandamentos. Durante o tempo em que Ele esteve a falar com o Senhor, os Israelitas fabricaram um bezerro de ouro e entronizaram-no como seu deus, realizando uma festa em sua honra.

Este impressionante diálogo entre Deus e Moisés põe em evidência os elementos fundamentais da história da salvação, a saber, a aliança, o pecado, a fidelidade divina e a sua misericórdia. O texto foi escolhido em função do Evangelho: as parábolas da misericórdia.

Roteiro Homilético 23º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro da Sabedoria 9,13-18 (gr.13-18b)

Na leveza da fragilidade dos nossos pensamentos, reflexões e ações, se não tivermos a sabedoria de Deus, o seu Espírito Santo, quão pobre, mesquinha, e infrutífera será a nossa vida.

A leitura é o final da 2ª parte do livro da Sabedoria (cap. 6-9), em que se põe na boca de Salomão, protótipo do homem sábio, o elogio da sabedoria, terminando com uma longa oração (todo o cap. 9), de que lemos aqui os últimos versículos. A Vulgata latina dividiu o último versículo, o 18, em dois (18 e 19).

Roteiro Homilético 22º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro do Eclesiástico 3,19-21.30-31 (gr. 17 -18.20.28-29)

Muitos procuram a vitória desta vida na grandeza, na vaidade e na ostentação, julgando que a sua existência vale segundo a impressão que causam nos outros. Ben-Sirá, divinamente inspirado, dá-nos um conselho simples e eficaz: Faz-te pequeno e alcançarás o favor de Deus.

A leitura contém versículos respigados do capítulo 3 do Sirácida, ou Eclesiástico (na designação cristã), que são uma apologia da virtude da humildade. O texto litúrgico passa à frente aquelas passagens que poderiam ser hoje mal entendidos, como o desejo de querer sempre saber mais, que é apresentado isto como um «perigo», e mesmo aquele célebre adágio: «quem amam o perigo nele perecerá» (v. 25). 

Roteiro Homilético - Assunção de Nossa Senhora

Primeira Leitura

Livro do Apocalipse de São João 11,19a; 12,1-6a.10ab

Após as tribulações desta vida, chegará: «A salvação e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido». A Virgem Maria é o primeiro ser humano a participar, em plenitude, na «salvação e realeza do nosso Deus e do domínio do seu Ungido»

Sob a imagem da Arca (v. 19) e da mulher (vv. 1-17) é-nos apresentada, na intenção da liturgia, a Virgem Maria. Entretanto os exegetas continuam a discutir, sem chegar a acordo, se estas imagens se referem à Igreja ou a Maria. Sem nos metermos numa questão tão discutida, podemos pensar com alguns estudiosos que a Mulher simboliza, num primeiro plano, a Igreja, mas, tendo em conta as relações tão estreitas entre a Igreja e Maria – «membro eminente e único da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade… sua Mãe amorosíssima» (Vaticano II, LG 53) –, podemos englobar a Virgem Maria nesta imagem da mulher do Apocalipse. Tendo isto em conta, citamos o comentário de Santo Agostinho ao Apocalipse (Homilia IX)

Roteiro Homilético 20º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro do Profeta Jeremias 38,4-6.8-10

A contradição de que Jesus é sinal, segundo o evangelho, prefigura-se na vida daquele, entre os profetas, que mais faz pensar em Jesus: Jeremias. A missão de Jeremias era muito ingrata. Estamos em 587 a.C. Dez anos antes, em 597 a.C., o rei da Babilônia, Nabucodonosor, já havia mostrado seu poder em Jerusalém e substituído o rei Joaquim (Jeconias) por Sedecias, com a intenção de que este lhe fosse submisso. Porém, por alguma ilusão de grandeza nacional ou por causa de seus amigos políticos, Sedecias preferiu optar pelos egípcios. Agora, Jeremias enxergava, com lucidez profética, que a política do rei Sedecias, querendo aliar-se aos egípcios, já em fase de declínio, era uma opção errada. O rei e a elite de Jerusalém se achavam inexpugnáveis. Nas palavras do profeta Ezequiel, eles consideravam Jerusalém uma panela e eles a carne dentro. Ilusão: Nabucodonosor iria fritar a panela com a carne dentro, até a panela derreter (Ez 11,3; 24,3-5.10-11)!

Roteiro Homilético 19º Domingo do Tempo Comum Ano “C”

Primeira Leitura

Livro da Sabedoria 18,6-9

A primeira leitura lembra como Deus cumpriu a promessa que tinha feito ao Seu povo de o libertar da escravidão do Egito.

A leitura é extraída da última parte do livro da Sabedoria (16 – 18), onde se exalta a Providência divina ao castigar os egípcios e salvar os israelitas. Pertence ao género literário chamado «midraxe hagadá»: é uma piedosa meditação sobre a história sagrada, em que a intenção edificante lança mão da imaginação, sem grande preocupação pelo rigor histórico. 

Roteiro Homilético 18º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Primeira Leitura

Vaidade das vaidades tudo é vaidade. O autor sagrado avisa-nos para não pormos o nosso coração nas coisas terrenas.

A leitura é tirada do livro cujo título grego latinizado é Eclesiastes, um livro que agora costumamos chamar com o título hebraico, Coélet, que significa «aquele que convoca a assembleia». No entanto a Nova Vulgata adota o título grego por ser o tradicional no cânone cristão. Este livro nunca é citado ou aludido no Novo Testamento, pois, como comenta Muñoz Iglesias, «à luz do sol do meio dia já não se veem as estrelas». No entanto, os rabinos usaram-no muito (cf. Pirkê Abot ou Sentenças dos Padres), por apreciarem na obra o convite ao gozo moderado dos bens deste mundo e à alegria, por isso era lido por ocasião das celebrações jubilosas da festa dos Tabernáculos. 

Roteiro Homilético 17º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Introdução ao espírito da Celebração

O homem não foi feito para a solidão, para o isolamento. Está chamado à comunhão com Deus e com os outros homens, nesta vida e na futura. Esta comunhão fomenta-se e intensifica-se através do diálogo. Um dos modos de comunicar do coração humano é a fala. Do encontro nasce a amizade, vocacionada para crescer até à comunhão perfeita no Céu.

Deus planeou que homem se encontrasse com Ele, como um filho com o Pai, num diálogo íntimo a que chamamos oração. Por isso, ela não algo acidental na vida, mas uma parte importante da nossa vida de filhos de Deus.

Roteiro Homilético 16º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Introdução ao espírito da Celebração

A Liturgia deste Domingo lembra-nos que a oração frequente, na escuta atenta da Palavra de Deus, deve ocupar um lugar prioritário na nossa vida diária. Se o trabalho nos afasta de Deus, algo está errado. Deus criou-nos para O amarmos sobre todas as coisas e amarmos o próximo como a nós mesmos. Temos que fazer do trabalho um exercício de amor. Tudo devemos fazer para a glória de Deus.

Primeira Leitura

Roteiro Homilético: Solenidade de São Pedro e São Paulo

Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 12,1-11

Os Apóstolos começaram a ser perseguidos pelos judeus e pelas autoridades de Israel desde o princípio. Mas os cristãos rezavam insistentemente a Deus por Pedro e o Senhor salvou-o milagrosamente das mãos de Herodes. É assim que nós rezamos pelo papa?

1-2 «Herodes»: é Herodes Agripa I, o terceiro monarca do mesmo nome a ser nomeado no NT; era filho da Aristóbulo e sobrinho de Herodes Antipas (o que mandara matar o Batista) e neto de Herodes, o Grande (o da construção do Templo e da matança dos inocentes). Depois de uma vida libertina em Roma, obteve o favor de Calígula, vindo a poder usar o título de rei dum território quase tão grande como o do avô, apresentando-se muito zeloso da religiosidade judaica. «Tiago» é o filho de Zebedeu e Salomé, irmão do Apóstolo João evangelista. O seu martírio deve ter sido um ano ou dois após a tomada de posse de Herodes, a qual se deu no ano 41.