Deus pode ser encontrado no coração do homem - São Gregório de Nissa

Na vida humana, a saúde do corpo é boa coisa, mas o que torna feliz não é saber em que consiste a saúde, mas viver com saúde. Com efeito, se alguém, muito entretido em elogiar a saúde, toma alimentos que causam maus humores e doenças, de que lhe aproveitam, quando fica doente, os louvores à saúde? De modo semelhante entendamos a palavra que nos foi proposta, pois o Senhor não diz que a felicidade não está em conhecer algo sobre Deus, mas ter Deus em si. Bem-aventurados os que têm coração puro porque verão, eles próprios, a Deus.

Não me parece que Deus vá colocar-se perante quem o contempla por ter purificado os olhos da alma, mas que talvez a magnificência desta palavra nos sugira aquilo que expressou mais claramente a outros: O reino de Deus está dentro de vós. Por aí ficamos sabendo como quem purificou seu coração de todo o criado e de toda paixão má verá em sua própria beleza a imagem da natureza divina. 

Evangelho Comentado do Dia 30/06/2017 12ª sexta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 17.1.9-10.15-22

Abrão tinha noventa e nove anos de idade, quando o Senhor lhe apareceu e lhe disse: "Eu sou o Deus poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito". Deus disse ainda a Abraão: "Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre. Esta é a minha aliança que devereis observar, aliança entre mim e vós e tua descendência futura: todo homem entre vós deverá ser circuncidado". Deus disse também a Abraão: "Quanto à tua mulher, Sarai, já não a chamarás Sarai, mas Sara. Eu a abençoarei e também dela te darei um filho. Vou abençoá-la, e ela será mãe de nações, e reis de povos dela sairão". Abraão prostrou-se com o rosto em terra, e pôs-se a rir, dizendo consigo mesmo: "Será que um homem de cem anos vai ter um filho e que, aos noventa anos, Sara vai dar à luz?" E, dirigindo-se a Deus, disse: "Se ao menos Ismael pudesse viver em tua presença". Deus, porém, disse: "Na verdade, é Sara, tua mulher, que te dará um filho, a quem chamarás Isaac. Com ele estabelecerei a minha aliança, uma aliança perpétua para a sua descendência. Atendo ao teu pedido, também, a respeito de Ismael. Eu o abençoarei e tornarei fecundo e extremamente numeroso. Será pai de doze príncipes e farei dele uma grande nação. Mas, quanto à minha aliança, eu a estabelecerei com Isaac, o filho que Sara te dará no ano que vem, por este tempo". Tendo acabado de falar com Abraão, Deus se retirou. - Palavra do Senhor. 

Oração do Dia: Do dia o núncio alado

Do dia o núncio alado já canta a luz nascida.
O Cristo nos desperta, chamando-nos à vida.

Ó fracos, ele exclama, do sono estai despertos
e, castos, justos, sóbrios, velai: estou já perto!

E quando a luz da aurora enche o céu de cor,
confirme na esperança quem é trabalhador. 

Deus é um rochedo inacessível - São Gregório de Nissa

O que costuma acontecer a quem do alto de um monte olha para o vasto mar lá embaixo, isto mesmo se dá com o meu espírito em relação à altíssima palavra do Senhor: dessa altura olho para a inexplicável profundidade de seu sentido.

A mesma vertigem que se pode sentir em alguns lugares da costa, quando se olha desde uma grande elevação a cavaleiro das ondas para o mar profundo, do alto saliente de um penhasco que, do lado do mar, parece cortado pelo meio do vértice até a base mergulhada nas profundezas, sobrevém a meu espírito suspenso à grande palavra proferida pelo Senhor: Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Deus se oferece à visão daqueles que têm o coração purificado. Deus, ninguém jamais o viu, diz o grande João. Confirma esta asserção, Paulo, aquele espírito sublime: A quem homem algum vê nem pode ver. Eis aqui o penhasco, escorregadio, despenhadeiro sem fundo, talhado a pique, que não oferece em si nenhum ponto de apoio para a inteligência da criatura! O próprio Moisés sentiu-se esmagado pela palavra: Não há, diz ele, quem veja a Deus e continue a viver. Ele sentenciou que este penhasco é inacessível, porque nunca nossa mente pode lá chegar, por mais que se esforce por alcançá-lo, erguendo-se até ele. 

Evangelho Comentado do Dia 29/06/2017 12ª quinta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 16,1-12.15-16

Sarai, a mulher de Abrão, não lhe dera filhos. Mas, tendo uma escrava egípcia, chamada Agar, Sarai disse a Abrão: "Eis que o Senhor me fez estéril. Une-te, pois, à minha escrava, para ver se, por ela, posso ter filhos". Abrão atendeu ao pedido de Sarai. Depois de Abrão ter morado dez anos em Canaã, Sarai, sua esposa, tomou sua escrava egípcia, Agar, e deu-a como mulher ao seu marido Abrão. Abrão uniu-se a Agar e ela concebeu. Percebendo-se grávida, começou a olhar com desprezo a sua senhora. Sarai disse a Abrão: 'Tu és responsável pela injúria que estou sofrendo. Fui eu mesma que coloquei minha escrava em teus braços, e ela, apenas ficou grávida, pôs-se a desprezar-me. O Senhor será juiz entre mim e ti". Abrão respondeu a Sarai: "Olha, a escrava é tua; faze dela o que bem entenderes". E Sarai maltratou-a tanto que ela fugiu. 

A porta estreita

Como é estreita a porta que nos leva a Salvação.  Quantas renúncias, ainda  teremos que fazer em função da vida eterna!

No Evangelho de JESUS segundo  Mateus 7,13. Entrai pela porta estreita,  porque larga é  a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram.

Muitas portas largas estão sendo abertas para nos levar às ilusões de uma vida fácil dos  prazeres mundanos onde ficamos escravizados e cegos para realidade a qual fomos chamados.

Os sacrifícios que nos foram revelados, haja quem os desprezem pela falta de compreensão à sua necessidade,  que é alvo de estreitamento do relacionamento com DEUS ,  em benefício de se mesmo. Na falta deles, perdemos a direção, o entusiasmo e a própria identidade cristã,  onde a cruz é o passaporte  para travessia da porta estreita.

Enquanto aqui fomos provados, encontraremos proposta de uma vida fácil sem nenhum comprometimento com o futuro que DEUS nos prometeu.  Chegar a terra prometida,  também é sinônimo de sacrifício,  pois DEUS quer que lutemos por ela, assim como foi para o seu povo escolhido ainda no início da intervenção ao homem inclinado às  suas transgressões.

Abandonar a cruz é ferir a vontade de DEUS, que de tudo fez, para que reencontremos a porta da nossa Salvação. Não nos deixemos ludibriar pelas armadilhas aqui encontradas. Todas as portas se abrem , quando nos curvamos as imoralidades da alma. Para os que escolheram ser filhos da Luz, isto é;  a Porta estreita, estes não caminham sozinhos, pois quanto mais estreita é a porta, maior é a força que vem do céu em seu auxílio.

Oração do Dia: Ó Cristo, dia e esplendor

Ó Cristo, dia e esplendor, na treva o oculto aclarais.
Sois luz de luz, nós o cremos, luz aos fiéis anunciais.

Guardai-nos, Deus, nesta noite, velai do céu nosso sono;
em vós na paz descansemos em um tranquilo abandono.

Se os olhos pesam de sono, vele, fiel, nossa mente.
A vossa destra proteja quem vos amou fielmente. 

A glória de Deus é o homem vivo - Santo Irineu

A glória de Deus é o homem vivo; e a vida do homem é a visão de Deus

O esplendor de Deus dá a vida. Consequentemente, os que veem a Deus recebem a vida. Por isso, aquele que é inacessível, incompreensível e invisível, torna-se compreensível e acessível para os homens, a fim de dar a vida aos que o alcançam e veem. Assim como viver sem a vida é impossível, sem a participação de Deus não há vida. Participar de Deus consiste em vê-lo e gozar da sua bondade. Por conseguinte, os homens hão de ver a Deus para poderem viver. Por esta visão tornam-se imortais e se elevam até ele. Como já disse, estas coisas foram anunciadas pelos profetas de modo figurado: que Deus seria visto pelos homens que possuem seu Espírito e aguardam sem cessar sua vinda. Assim também diz Moisés no Deuteronômio: Nesse dia veremos que Deus pode falar ao homem, sem que este deixe de viver (cf. Dt 5,24). 

Evangelho Comentado do Dia 28/06/2017 12ª quarta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 15,1-12.17-18

Naqueles dias, o Senhor falou a Abrão, dizendo: “Não temas, Abrão! Eu sou o teu protetor e tua recompensa será muito grande”. Abrão respondeu: “Senhor Deus, que me darás? Eu me vou desta vida sem filhos e o herdeiro de minha casa será Eliezer de Damasco”. E acrescentou: “Como não me deste descendência, um servo nascido em minha casa será meu herdeiro”. Então o Senhor falou-lhe nestes termos: “O teu herdeiro não será esse, mas um dos teus descendentes é que será o herdeiro”. E, conduzindo-o para fora, disse-lhe: “Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz!” E acrescentou: “Assim será a tua descendência”. Abrão teve fé no Senhor, que considerou isso como justiça. E lhe disse: “Eu sou o Senhor que te fez sair de Ur dos Caldeus, para te dar em possessão esta terra”. 

Oração do Dia: Despertados no meio da noite

Despertados no meio da noite, meditando, em vigília e louvor,
entoemos com todas as forças nosso canto vibrante ao Senhor.

Para que celebrando em conjunto deste Rei glorioso os louvores,
mereçamos viver, com seus santos, vida plena nos seus esplendores.

Esse dom nos conceda a Trindade, Pai e Filho e Amor, Sumo Bem,
cuja glória ressoa na terra e no céu pelos séculos. 

Por toda a nossa vida manifestemos Cristo - São Gregório de Nissa

São três as coisas que manifestam e distinguem a vida cristã: a ação, a palavra e o pensamento. Das três, tem o primeiro lugar o pensamento. Em seguida, a palavra, que nos revela o pensamento concebido e impresso no espírito. Depois do pensamento e da palavra vem, na ordem, a ação, realizando por fatos o que o espírito pensou. Portanto, se alguma coisa na vida nos induz a agir ou a pensar ou a falar, é necessário que o nosso pensamento, a nossa palavra e a nossa ação sejam orientados para a regra divina daqueles nomes que descrevem a Cristo, de modo a nada pensarmos, nada dizermos e nada fazermos que se afaste do seu alto significado. 

Evangelho Comentado do Dia 27/06/2017 12ª terça-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 13,2.5-18

Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro. Ló, que acompanhava Abrão, também tinha ovelhas, gado e tendas. A região já não bastava para os dois, pois seus rebanhos eram demasiado numerosos, para poderem morar juntos. Surgiram discórdias entre os pastores que cuidavam da criação de Abrão, e os pastores de Ló. Naquele tempo, os cananeus e os fereseus ainda habitavam naquela terra. Abrão disse a Ló: Não deve haver discórdia entre nós e entre os nossos pastores, pois somos irmãos. Estás vendo toda esta terra diante de ti? Pois bem, peço-te, separa-te de mim. Se fores para a esquerda, eu irei para a direita; se fores para a direita, eu irei para a esquerda”. Levantando os olhos, Ló viu que toda a região em torno do Jordão era por toda a parte irrigada - isso antes que o Senhor destruísse Sodoma e Gomorra, - era como um jardim do Senhor e como o Egito, até a altura de Segor. 

O cristão, outro Cristo - São Gregório de Nissa

Paulo sabe quem é Cristo, mais acuradamente do que todos. Com efeito, por suas atitudes mostrou como deve ser quem recebe o nome do Senhor, porque o imitou tão exatamente que revelou em si mesmo o próprio Senhor. Por tal imitação cheia de amor, transferiu seu espírito para o Exemplo, de modo que não mais parecia ser Paulo e sim Cristo, como ele mesmo bem o diz, reconhecendo a graça em si: Quereis uma prova daquele que em mim fala, o Cristo. E mais: Vivo eu, já não eu, mas é Cristo quem vive em mim. 

Oração do Dia: Chegou o tempo para nós

Chegou o tempo para nós, segundo o anúncio do Senhor,
em que virá do céu o Esposo, do reino eterno o Criador.

A seu encontro as virgens sábias correm, levando em suas mãos
lâmpadas vivas, luminosas, cheias de imensa exultação.

Pelo contrário, as virgens loucas lâmpadas levam apagadas
e, em vão, do Rei batem às portas, que já se encontram bem fechadas. 

Pontos de Missão do Intercessor

“... ‘Segue-me’. Deixando ele tudo, levantou-se e o seguiu”. (Lc 5,27-28)

Ao dizer “segue-me”, o Senhor amplia o espaço de nossa tenda (cf. Is 54,2), vai a nossa frente (cf. Is 45,2), dá-nos poder e livra-nos de nossos inimigos, pois está conosco (cf. Jr 1,10.19). Ele nos antecipa o que vai acontecer (cf. Gn 18,17 e Is 46,10), nos faz sentinelas (cf. Ez 3,17a) e vigias (cf. Is 62,6) do seu povo. Nossa resposta a este chamado, deve gerar em nós a vontade de fazer sua vontade e nos colocar ao seu serviço. 

Oração da 12ª Semana do Tempo Comum da Igreja Católica

Evangelho Comentado do Dia 26/06/2017 12ª segunda-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 12,1-9

Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!” E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos, quando partiu de Harã. Ele levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló e todos os bens que possuíam, bem como todos os escravos que haviam adquirido em Harã. Partiram rumo à terra de Canaã e ali chegaram. Abrão atravessou o país até o santuário de Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra. O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: “Darei esta terra à tua descendência”. Abrão ergueu ali um altar ao Senhor que lhe tinha aparecido. De lá, deslocou-se em direção ao monte que estava a oriente de Betel, onde armou sua tenda, com Betel a ocidente e Hai a oriente. Ali construiu também um altar ao Senhor, e invocou o seu nome. Depois, de acampamento em acampamento, Abrão foi até o Negueb. - Palavra do Senhor. 

Liturgia Diária Comentada 02/07/2017 13º Domingo do Tempo Comum

Solenidade: SÃO PEDRO e SÃO PAULO

Antífona: Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.

Oração do Dia: Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes Apóstolos que nos deram as primícias da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Liturgia Diária Comentada 01/07/2017 12º sábado do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 18,1-15

Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. E disse: “Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo”.  Eles responderam: “Faze como disseste”. Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara e lhe disse: “Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os“. Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora. A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles. Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam. 

Liturgia Diária Comentada 30/06/2017 12ª sexta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 17.1.9-10.15-22

Abrão tinha noventa e nove anos de idade, quando o Senhor lhe apareceu e lhe disse: "Eu sou o Deus poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito". Deus disse ainda a Abraão: "Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre. Esta é a minha aliança que devereis observar, aliança entre mim e vós e tua descendência futura: todo homem entre vós deverá ser circuncidado". Deus disse também a Abraão: "Quanto à tua mulher, Sarai, já não a chamarás Sarai, mas Sara. Eu a abençoarei e também dela te darei um filho. Vou abençoá-la, e ela será mãe de nações, e reis de povos dela sairão". Abraão prostrou-se com o rosto em terra, e pôs-se a rir, dizendo consigo mesmo: "Será que um homem de cem anos vai ter um filho e que, aos noventa anos, Sara vai dar à luz?" E, dirigindo-se a Deus, disse: "Se ao menos Ismael pudesse viver em tua presença". Deus, porém, disse: "Na verdade, é Sara, tua mulher, que te dará um filho, a quem chamarás Isaac. Com ele estabelecerei a minha aliança, uma aliança perpétua para a sua descendência. Atendo ao teu pedido, também, a respeito de Ismael. Eu o abençoarei e tornarei fecundo e extremamente numeroso. Será pai de doze príncipes e farei dele uma grande nação. Mas, quanto à minha aliança, eu a estabelecerei com Isaac, o filho que Sara te dará no ano que vem, por este tempo". Tendo acabado de falar com Abraão, Deus se retirou. - Palavra do Senhor. 

Liturgia Diária Comentada 29/06/2017 12ª quinta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 16,1-12.15-16

Sarai, a mulher de Abrão, não lhe dera filhos. Mas, tendo uma escrava egípcia, chamada Agar, Sarai disse a Abrão: "Eis que o Senhor me fez estéril. Une-te, pois, à minha escrava, para ver se, por ela, posso ter filhos". Abrão atendeu ao pedido de Sarai. Depois de Abrão ter morado dez anos em Canaã, Sarai, sua esposa, tomou sua escrava egípcia, Agar, e deu-a como mulher ao seu marido Abrão. Abrão uniu-se a Agar e ela concebeu. Percebendo-se grávida, começou a olhar com desprezo a sua senhora. Sarai disse a Abrão: 'Tu és responsável pela injúria que estou sofrendo. Fui eu mesma que coloquei minha escrava em teus braços, e ela, apenas ficou grávida, pôs-se a desprezar-me. O Senhor será juiz entre mim e ti". Abrão respondeu a Sarai: "Olha, a escrava é tua; faze dela o que bem entenderes". E Sarai maltratou-a tanto que ela fugiu. 

Liturgia Diária Comentada 28/06/2017 12ª quarta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 15,1-12.17-18

Naqueles dias, o Senhor falou a Abrão, dizendo: “Não temas, Abrão! Eu sou o teu protetor e tua recompensa será muito grande”. Abrão respondeu: “Senhor Deus, que me darás? Eu me vou desta vida sem filhos e o herdeiro de minha casa será Eliezer de Damasco”. E acrescentou: “Como não me deste descendência, um servo nascido em minha casa será meu herdeiro”. Então o Senhor falou-lhe nestes termos: “O teu herdeiro não será esse, mas um dos teus descendentes é que será o herdeiro”. E, conduzindo-o para fora, disse-lhe: “Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz!” E acrescentou: “Assim será a tua descendência”. Abrão teve fé no Senhor, que considerou isso como justiça. E lhe disse: “Eu sou o Senhor que te fez sair de Ur dos Caldeus, para te dar em possessão esta terra”. 

Liturgia Diária Comentada 27/06/2017 12ª terça-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 13,2.5-18

Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro. Ló, que acompanhava Abrão, também tinha ovelhas, gado e tendas. A região já não bastava para os dois, pois seus rebanhos eram demasiado numerosos, para poderem morar juntos. Surgiram discórdias entre os pastores que cuidavam da criação de Abrão, e os pastores de Ló. Naquele tempo, os cananeus e os fereseus ainda habitavam naquela terra. Abrão disse a Ló: Não deve haver discórdia entre nós e entre os nossos pastores, pois somos irmãos. Estás vendo toda esta terra diante de ti? Pois bem, peço-te, separa-te de mim. Se fores para a esquerda, eu irei para a direita; se fores para a direita, eu irei para a esquerda”. Levantando os olhos, Ló viu que toda a região em torno do Jordão era por toda a parte irrigada - isso antes que o Senhor destruísse Sodoma e Gomorra, - era como um jardim do Senhor e como o Egito, até a altura de Segor. 

Liturgia Diária Comentada 26/06/2017 12ª segunda-feira do Tempo Comum

Liturgia Diária Comentada 26/06/2017
12ª segunda-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 12,1-9

Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!” E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos, quando partiu de Harã. Ele levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló e todos os bens que possuíam, bem como todos os escravos que haviam adquirido em Harã. Partiram rumo à terra de Canaã e ali chegaram. Abrão atravessou o país até o santuário de Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra. O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: “Darei esta terra à tua descendência”. Abrão ergueu ali um altar ao Senhor que lhe tinha aparecido. De lá, deslocou-se em direção ao monte que estava a oriente de Betel, onde armou sua tenda, com Betel a ocidente e Hai a oriente. Ali construiu também um altar ao Senhor, e invocou o seu nome. Depois, de acampamento em acampamento, Abrão foi até o Negueb. - Palavra do Senhor. 

Convicção de fé - Dom Paulo Mendes Peixoto

A fé, no Reino divino, é um dom de Deus. É recebida pelo batismo, como uma semente. Mas tem que ser regada, assumida com maturidade e equilíbrio.

Muitas de suas manifestações revelam desequilíbrios. Até o fato de a pessoa querer ser diferente das outras, na comunidade cristã, onde ela (a fé) deve ser colocada em prática, “cheira” atitude estranha, que não passa de falta de equilíbrio. 

Na luta contra o mal, os cristãos não se desesperam - Papa Francisco

No dia do nosso Batismo ressoou para nós a invocação dos santos. Naquele momento, muitos de nós eram crianças, levados no colo dos pais. Pouco antes de fazer a unção com o Óleo dos catecúmenos, símbolo da força de Deus na luta contra o mal, o sacerdote convidou toda a assembleia a rezar por aqueles que estavam prestes a receber o Batismo, invocando a intercessão dos santos. Era a primeira vez que, durante a nossa vida, nos concediam esta companhia de irmãos e irmãs “mais velhos” - os santos - que passaram pelo nosso próprio caminho, que conheceram as nossas mesmas dificuldades e vivem para sempre no abraço de Deus. A Carta aos Hebreus define esta companhia que nos circunda, com a expressão «multidão de testemunhas» (12,1). Assim são os santos: uma multidão de testemunhas. 

Deus arranja a maneira de entrar - Papa Francisco

É suficiente manter a porta do coração entreaberta que «Deus arranja a maneira de entrar», salvando-nos de acabar no exército dos «in-misericordi»: neologismo para definir aqueles que, sem misericórdia, põem em prática as bem-aventuranças ao contrário. Foi precisamente contra a tentação «narcisista da autorreferencialidade» - o oposto da «alteridade» cristã que «é dom e serviço».

Referindo-se ao trecho da segunda carta de São Paulo aos Coríntios (1,1-7), proposto pela liturgia como primeira leitura, o Pontífice observou que em apenas «19 linhas, Paulo fala 8 vezes de consolação, de se deixar consolar para consolar o próximo». Portanto, a consolação «é citada 8 vezes em 19 linhas: é demasiado forte, quer dizer-nos algo». E «por isso acho que esta é uma oportunidade, uma ocasião para refletir sobre a consolação: o que é a consolação da qual Paulo nos fala»? Mas «antes de tudo vejamos que a consolação não é autónoma, nem está fechada em si mesma». 

Oração do Dia: salvação para os justos

Chegamos ao meio da noite. Profética voz nos chamou
e exorta a cantarmos felizes de Deus Pai e Filho o louvor.

Que unidos no Espírito da Vida, são perfeita e santa Trindade,
igual numa só natureza, à qual honra, amor, majestade!

Recorda esta hora o terror de quando, nas terras do Egito,
um anjo matou os primogênitos, deixando o país todo aflito. 

Evangelho Comentado do Dia 25/06/2017 Domingo

12º Domingo do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória - Creio - Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 27,8-9 O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos.

Oração do Dia: Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Livro do Profeta Jeremias 20,10-13

Jeremias disse: Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: 'Denunciai-o, denunciemo-lo.' Todos os amigos observavam minhas falhas: 'Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele.' Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! O Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.  - Palavra do Senhor. 

Que eu entenda os teus sinais - Pe. Zezinho, scj

Que falas comigo, eu sei! Que me mandas sinais, eu sei. Eu só não sei ouvir a tua voz, nem ter certeza de que é ela a me falar. Tua voz ainda não soa aos meus ouvidos e eu não sou muito bom em distinguir vozes interiores nem saber se vem do Senhor ou da minha própria imaginação. A imaginação já enganou a muitos crentes que apostaram que era tua voz e não era.

Mas, que me dás sinais, eu sei que dás. Sou eu que, às vezes, não sei decifrá-los. Que te comunicas é certo. O problema sou eu, que nem sempre capto. Se posso pedir, - e sei que posso -, a graça que eu peço é que me ensines a ler os teus sinais e a ouvir as tuas vozes, as verdadeiras. Quero saber distinguir as vozes falsas que, na verdade são desejos meus, disfarçados em revelação. 

A Liberdade - Papa Leão XIII

“A liberdade só se aplica àquilo que é verdadeiro e que é bom. Se a pessoa adere às opiniões falsas e a vontade escolhe o mal e a ele se apega, ela decai da sua dignidade e se corrompe”

A liberdade de pensar e publicar os próprios pensamentos, subtraída a toda regra, não é por si um bem de que a sociedade tenha que se felicitar. É antes a fonte e a origem de muitos males. A liberdade - esse elemento de perfeição para o homem - deve aplicar-se ao que é verdadeiro e ao que é bom. 

Evangelho Comentado do Dia 24/06/2017 sábado

11ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício da Solenidade – Glória e Creio
Cor: Branco - Ano “A” Mateus


Antífona: João 1,6-7; Lucas 1,17 - Houve um homem enviado por Deus: o seu nome era João. Veio dar testemunho da luz e preparar para o Senhor um povo bem disposto a recebê-lo.

Oração do Dia: Ó Deus, que suscitastes são João Batista a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei á vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi nossos passos no caminho da salvação e da paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Intimidade com Deus - Igreja Católica

Que a possamos ser mais íntimos de Deus e prosperar por toda vida, para estarmos em seus átrios de amor e da verdade.

Jesus nos quer junto d'Ele diante do Pai e para isso renunciemos todas as necessidades errôneas da matéria onde estamos fadados pelo pecado. Orienta-nos a sermos um com Ele em nossas atitudes de devoção, por que em nossas orações, somos induzidos à prática do convívio à santidade. Buscando o bem de nossos semelhantes, encontramos o nosso.

Esse gesto de intimidade com Deus nos fará conhecer a beleza e a pureza da sua majestade. Grande é o Senhor, quanto maior seja o nosso relacionamento com Ele, portanto criamos em nós uma força grandiosa no servi e no acolher. Teremos então um testemunho de uma vida separada naquilo que somos por sua vontade. Intimidade com Deus é algo a ser explorado, a ser desejado. 

São Francisco e a menina perdida - Questão de fé

Por volta do ano 1926, com apenas 4 anos de idade lá nas matas do amazonas, perdeu-se Maria Aparecida. Seus pais aflitos procuraram todos os dias sem parar e não encontraram. Então a mãe cearense fez uma promessa a São Francisco, que iria imediatamente em romaria à cidade franciscana se sua filha chegasse salva em casa.

Um ano passou a mãe já quase sem esperança de encontrá-la de repente foi surpreendida com a chegada da filha em sua casa. A menina não escondeu nada da mãe contou que um velhinho de barbas dava-lhe comida e água todos os dias e lhe protegia de todos os perigos existentes naquela mata. 

Sagrado Coração de Jesus - São Boaventura

Considera, ó homem redimido, quem é Aquele que por ti está pregado na cruz, qual a sua dignidade e grandeza. A sua morte dá vida aos mortos; na sua morte, choram os céus e a terra e fendem-se até os rochedos mais duros.

Para que do lado de Cristo morto na cruz se formasse a Igreja e se cumprisse a palavra da Escritura que diz: Hão de olhar para Aquele que trespassaram, a divina providência permitiu que um dos soldados Lhe abrisse com a lança o lado sacrossanto e dele fizesse brotar sangue e água. Este é o preço da nossa salvação, saído daquela divina fonte, isto é, do íntimo do seu Coração, para dar aos sacramentos da Igreja o poder de conferir a vida da graça e se tornar para aqueles que vivem em Cristo uma fonte de água viva que jorra para a vida eterna. 

Oração do Dia: Coração de Jesus

Coração, arca santa, guardando não a lei que aos antigos foi dada,
mas o dom duma nova Aliança, no perdão e na graça firmada.

Coração, sois o novo Sacrário da Aliança do céu com a terra,
Templo novo, mais santo que o velho, véu que o Santo dos Santos encerra.

Vosso lado por nós foi aberto, revelando ao olhar dos mortais
as raízes do amor invisível, da ternura com que nos amais. 

Evangelho Comentado do Dia 23/06/2017 sexta-feira

Liturgia Diária Comentada 23/06/2017 sexta-feira
11ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício da Solenidade
Glória e Creio - Cor: Branco - Ano “A” Mateus


Antífona: Salmo 32,11.19 - Eis os pensamentos do seu coração, que permanecem ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e conservar-lhes a vida em tempo de penúria.

Oração do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela Solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de graças. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Títulos e Celebrações de Nossa Senhora

01/01 - Santa Mãe de Deus
11/02 - Nossa Senhora de Lourdes
25/03 - Anunciação de Nossa Senhora       
02/04 - Nossa Senhora do Desterro
08/04 - Nossa Senhora da Penha
26/04 - Nossa Senhora do Bom Conselho
13/05 - Nossa Senhora de Fátima
24/05 - Nossa Senhora Auxiliadora

Depois do pão, pedimos o perdão dos pecados - São Cipriano de Cartago

Continuando a oração, fazemos o pedido: O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Pode-se entendê-lo tanto espiritual como naturalmente. De ambos os modos Deus se serve para nossa salvação. Cristo é o pão da vida e este pão não é de todos, é nosso. Assim como dizemos Pai nosso, por ser Pai dos que entendem e creem, assim dizemos pão nosso, porque Cristo é o pão dos que comem o seu corpo. Pedimos a dádiva deste pão, todos os dias; não aconteça que nós, que estamos em Cristo e diariamente recebemos sua eucaristia como alimento de salvação, sobrevindo alguma falta mais grave, nos abstenhamos e sejamos privados de comungar o pão celeste e venhamos a nos separar do corpo de Cristo, porque são suas as palavras: Eu sou o pão da vida, que desci do céu. Se alguém comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo. 

Oração do Dia: Deus o justo juiz

A noite escura apaga da treva toda a cor.
Juiz dos corações, a vós nosso louvor.

E para que das culpas lavemos nossa mente,
ó Cristo, dai a graça que os crimes afugente.

A nós, que vos buscamos, tirai do mal escuro.
Já dorme a mente ímpia que o fruto morde impuro. 

Evangelho Comentado do Dia 22/06/2017 quinta-feira

Liturgia Diária Comentada 22/06/2017 quinta-feira
11ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 26,7.9 - Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!

Oração do Dia: Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Adolescência é fase difícil, mas não é uma doença! - Papa Francisco

“Uma cultura sem raízes, uma família sem raízes é uma família sem história, sem memória”.

A oração em ‘romanesco’

O Congresso diocesano deste ano tem como tema “Acompanhar os pais na educação dos filhos adolescentes”. Dirigindo-se às famílias, o Papa disse: “Vocês vivem as tensões desta grande cidade: o trabalho, a distâncias, o tempo reduzido, o dinheiro que nunca é suficiente. Por isso, para simplificar, rezem em dialeto, pensando nas suas famílias e em como formar seus filhos no âmbito desta realidade”. 

A Igreja vive da Eucaristia - Ecclesia de Eucharistia 1ª Parte

Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia 1ª Parte
Do Sumo Pontífice João Paulo II aos Bispos, aos Presbíteros e Diáconos, às pessoas Consagradas e a todos os fiéis leigos sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja.

INTRODUÇÃO

1. A Igreja vive da Eucaristia.

Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: « Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo » (Mt 28,20); mas, na Sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança.

O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é « fonte e centro de toda a vida cristã ». (1) Com efeito, « na Santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo ». (2) Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor.

2. Durante o Grande Jubileu do ano 2000

Pude celebrar a Eucaristia no Cenáculo de Jerusalém, onde, segundo a tradição, o próprio Cristo a realizou pela primeira vez. O Cenáculo é o lugar da instituição deste santíssimo sacramento. Foi lá que Jesus tomou nas suas mãos o pão, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: « Tomai, todos, e comei: Isto é o meu Corpo que será entregue por vós » (cf. Mt 26,26; Lc 22,19; 1Cor 11,24). Depois, tomou nas suas mãos o cálice com vinho e disse-lhes: « Tomai, todos, e bebei: Este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados » (cf. Mc 14,24; Lc 22,20; 1Cor 11,25). Dou graças ao Senhor Jesus por me ter permitido repetir no mesmo lugar, obedecendo ao seu mandato: « Fazei isto em memória de Mim » (Lc 22,19), as palavras por Ele pronunciadas há dois mil anos.

Teriam os Apóstolos, que tomaram parte na Última Ceia, entendido o significado das palavras saídas dos lábios de Cristo? Talvez não. Aquelas palavras seriam esclarecidas plenamente só no fim do Triduum Sacrum, ou seja, aquele período de tempo que vai da tarde de Quinta-feira Santa até a manhã do Domingo de Páscoa. Nestes dias, está contido o mysterium paschale; neles está incluído também o mysterium eucharisticum. 

3. Do mistério pascal nasce a Igreja.

Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial. Isto é visível desde as primeiras imagens da Igreja que nos dão os Atos dos Apóstolos: « Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão, e às orações » (2,42). Na « fração do pão », é evocada a Eucaristia. Dois mil anos depois, continuamos a realizar aquela imagem primordial da Igreja. E, ao fazê-lo na celebração eucarística, os olhos da alma voltam-se para o Tríduo Pascal: para o que se realizou na noite de Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, e nas horas sucessivas. De fato, a instituição da Eucaristia antecipava, sacramentalmente, os acontecimentos que teriam lugar pouco depois, a começar da agonia no Getsémani. Revemos Jesus que sai do Cenáculo, desce com os discípulos, atravessa a torrente do Cedron e chega ao Horto das Oliveiras. Existem ainda hoje naquele lugar algumas oliveiras muito antigas; talvez tenham sido testemunhas do que aconteceu junto delas naquela noite, quando Cristo, em oração, sentiu uma angústia mortal « e o seu suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra » (Lc 22,44). O sangue que, pouco antes, tinha entregue à Igreja como vinho de salvação no sacramento eucarístico, começava a ser derramado; a sua efusão completar-se-ia depois no Gólgota, tornando-se o instrumento da nossa redenção: « Cristo, vindo como Sumo Sacerdote dos bens futuros [...] entrou uma só vez no Santo dos Santos, não com o sangue dos carneiros ou dos bezerros, mas com o seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eterna » (Heb 9, 11-12).

4. A hora da nossa redenção.

Embora profundamente turvado, Jesus não foge ao ver chegar a sua « hora »: « E que direi Eu? Pai, salva-Me desta hora? Mas por causa disto é que cheguei a esta hora! » (Jo 12,27). Quer que os discípulos Lhe façam companhia, mas deve experimentar a solidão e o abandono: « Nem sequer pudestes vigiar uma hora Comigo. Vigiai e orai para não cairdes em tentação » (Mt 26,40-41). Aos pés da cruz, estará apenas João ao lado de Maria e das piedosas mulheres. A agonia no Getsémani foi o prelúdio da agonia na cruz de Sexta-feira Santa. A hora santa, a hora da redenção do mundo. Quando se celebra a Eucaristia na basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, volta-se de modo quase palpável à « hora » de Jesus, a hora da cruz e da glorificação. Até àquele lugar e àquela hora se deixa transportar em espírito cada presbítero ao celebrar a Santa Missa, juntamente com a comunidade cristã que nela participa.

« Foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia ». Estes artigos da profissão de fé ecoam nas seguintes palavras de contemplação e proclamação: Ecce lignum crucis in quo salus mundi pependit. Venite adoremus - « Eis o madeiro da Cruz, no qual esteve suspenso o Salvador do mundo. Vinde adoremos! » É o convite que a Igreja faz a todos na tarde de Sexta-feira Santa. E, quando voltar novamente a cantar já no tempo pascal, será para proclamar: Surrexit Dominus de sepulcro qui pro nobis pependit in ligno. Alleluia - « Ressuscitou do sepulcro o Senhor que por nós esteve suspenso no madeiro. Aleluia ».

5. Mysterium fidei! - « Mistério da fé ».

Quando o sacerdote pronuncia ou canta estas palavras, os presentes aclamam: « Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus! ».

Com estas palavras ou outras semelhantes, a Igreja, ao mesmo tempo que apresenta Cristo no mistério da sua Paixão, revela também o seu próprio mistério: Ecclesia de Eucharistia. Se é com o dom do Espírito Santo, no Pentecostes, que a Igreja nasce e se encaminha pelas estradas do mundo, um momento decisivo da sua formação foi certamente a instituição da Eucaristia no Cenáculo. O seu fundamento e a sua fonte é todo o Triduum Paschale, mas este está de certo modo guardado, antecipado e « concentrado » para sempre no dom eucarístico. Neste, Jesus Cristo entregava à Igreja a atualização perene do mistério pascal. Com ele, instituía uma misteriosa « contemporaneidade » entre aquele Triduum e o arco inteiro dos séculos.

Este pensamento suscita em nós sentimentos de grande e reconhecido enlevo. Há, no evento pascal e na Eucaristia que o atualiza ao longo dos séculos, uma « capacidade » realmente imensa, na qual está contida a história inteira, enquanto destinatária da graça da redenção. Este enlevo deve invadir sempre a assembleia eclesial reunida para a celebração eucarística; mas, de maneira especial, deve inundar o ministro da Eucaristia, o qual, pela faculdade recebida na Ordenação sacerdotal, realiza a consagração; é ele, com o poder que lhe vem de Cristo, do Cenáculo, que pronuncia: « Isto é o meu Corpo que será entregue por vós »; « este é o cálice do meu Sangue, [...] que será derramado por vós ». O sacerdote pronuncia estas palavras ou, antes, coloca a sua boca e a sua voz à disposição d'Aquele que as pronunciou no Cenáculo e quis que fossem repetidas de geração em geração por todos aqueles que, na Igreja, participam ministerialmente do seu sacerdócio.

6. É este « enlevo » eucarístico que desejo despertar com esta carta encíclica, que dá continuidade à herança jubilar que quis entregar à Igreja com a carta apostólica novo millennio ineunte e o seu coroamento mariano – a carta apostólica Rosarium Virginis Mariæ. Contemplar o rosto de Cristo e contemplá-lo com Maria é o « programa » que propus à Igreja na aurora do terceiro milênio, convidando-a a fazer-se ao largo no mar da história lançando-se com entusiasmo na nova evangelização. Contemplar Cristo implica saber reconhecê-Lo onde quer que Ele Se manifeste, com as suas diversas presenças mas sobretudo no sacramento vivo do seu corpo e do seu sangue. A Igreja vive de Jesus eucarístico, por Ele é nutrida, por Ele é iluminada. A Eucaristia é mistério de fé e, ao mesmo tempo, « mistério de luz ». (3) Sempre que a Igreja a celebra, os fiéis podem de certo modo reviver a experiência dos dois discípulos de Emaús: «Abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-No » (Lc 24,31). 

7. Desde quando iniciei o ministério de Sucessor de Pedro, sempre quis contemplar a Quinta-feira Santa, dia da Eucaristia e do Sacerdócio, com um sinal de particular atenção enviando uma carta a todos os sacerdotes do mundo. Neste vigésimo quinto ano do meu Pontificado, desejo envolver mais plenamente a Igreja inteira nesta reflexão eucarística para agradecer ao Senhor especialmente pelo dom da Eucaristia e do sacerdócio: « Dom e mistério ». (4) Se, ao proclamar o Ano do Rosário, quis pôr este meu vigésimo quinto ano sob o signo da contemplação de Cristo na escola de Maria, não posso deixar passar esta Quinta-feira Santa de 2003 sem me deter diante do « rosto eucarístico » de Jesus, propondo à Igreja, com renovado ardor, a centralidade da Eucaristia. Dela vive a Igreja; nutre-se deste « pão vivo ». Por isso senti a necessidade de exortar a todos a experimentá-lo sempre de novo.

8. Quando penso na Eucaristia e olho para a minha vida de sacerdote, de Bispo, de Sucessor de Pedro, espontaneamente ponho-me a recordar tantos momentos e lugares onde tive a dita de celebrá-la. Recordo a igreja paroquial de Niegowić, onde desempenhei o meu primeiro encargo pastoral, a colegiada de S. Floriano em Cracóvia, a catedral do Wawel, a basílica de S. Pedro e tantas basílicas e igrejas de Roma e do mundo inteiro. Pude celebrar a Santa Missa em capelas situadas em caminhos de montanha, nas margens dos lagos, à beira do mar; celebrei-a em altares construídos nos estádios, nas praças das cidades... Este cenário tão variado das minhas celebrações eucarísticas faz-me experimentar intensamente o seu caráter universal e, por assim dizer, cósmico. Sim, cósmico! Porque mesmo quando tem lugar no pequeno altar duma igreja da aldeia, a Eucaristia é sempre celebrada, de certo modo, sobre o altar do mundo. Une o céu e a terra. Abraça e impregna toda a criação. O Filho de Deus fez-Se homem para, num supremo ato de louvor, devolver toda a criação Àquele que a fez surgir do nada. Assim, Ele, o sumo e eterno Sacerdote, entrando com o sangue da sua cruz no santuário eterno, devolve ao Criador e Pai toda a criação redimida. Fá-lo através do ministério sacerdotal da Igreja, para glória da Santíssima Trindade. Verdadeiramente este é o mysterium fidei que se realiza na Eucaristia: o mundo saído das mãos de Deus criador volta a Ele redimido por Cristo.

9. A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história. Assim se explica a cuidadosa atenção que ela sempre reservou ao mistério eucarístico, uma atenção que sobressai com autoridade no magistério dos Concílios e dos Sumos Pontífices. Como não admirar as exposições doutrinais dos decretos sobre a Santíssima Eucaristia e sobre o Santo Sacrifício da Missa promulgados pelo Concílio de Trento? Aquelas páginas guiaram a teologia e a catequese nos séculos sucessivos, permanecendo ainda como ponto de referência dogmático para a incessante renovação e crescimento do povo de Deus na sua fé e amor à Eucaristia. Em tempos mais recentes, há que mencionar três encíclicas: a encíclica Miræ caritatis de Leão XIII (28 de Maio de 1902), (5) a encíclica Mediator Dei de Pio XII (20 de Novembro de 1947) (6) e a encíclica Mysterium fidei de Paulo VI (3 de Setembro de 1965). (7)

O Concílio Vaticano II, embora não tenha publicado qualquer documento específico sobre o mistério eucarístico, todavia ilustra os seus vários aspectos no conjunto dos documentos, especialmente na constituição dogmática sobre a Igreja Lumen gentium e na constituição sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum concilium.

Eu mesmo, nos primeiros anos do meu ministério apostólico na Cátedra de Pedro, tive oportunidade de tratar alguns aspectos do mistério eucarístico e da sua incidência na vida daquele que é o seu ministro, com a carta apostólica Dominicæ Cenæ (24 de Fevereiro de 1980). (8) Hoje retomo o fio daquele discurso com o coração transbordante de emoção e gratidão, dando eco às palavras do Salmista: «Que darei eu ao Senhor por todos os seus benefícios? Elevarei o cálice da salvação invocando o nome do Senhor» (Sal 116/115, 12-13).

10. A este esforço de anúncio por parte do Magistério correspondeu um crescimento interior da comunidade cristã. Não há dúvida que a reforma litúrgica do Concílio trouxe grandes vantagens para uma participação mais consciente, ativa e frutuosa dos fiéis no santo sacrifício do altar. Mais ainda, em muitos lugares, é dedicado amplo espaço à adoração do Santíssimo Sacramento, tornando-se fonte inesgotável de santidade. A devota participação dos fiéis na procissão eucarística da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo é uma graça do Senhor que anualmente enche de alegria quantos nela participam. E mais sinais positivos de fé e de amor eucarísticos se poderiam mencionar. 

A par destas luzes, não faltam sombras, infelizmente. De fato, há lugares onde se verifica um abandono quase completo do culto de adoração eucarística. Num contexto eclesial ou outro, existem abusos que contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica acerca deste admirável sacramento. Às vezes transparece uma compreensão muito redutiva do mistério eucarístico. Despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa. Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial, que assenta na sucessão apostólica, fica às vezes obscurecida, e a sacramentalidade da Eucaristia é reduzida à simples eficácia do anúncio. Aparecem depois, aqui e além, iniciativas ecuménicas que, embora bem intencionadas, levam a práticas na Eucaristia contrárias à disciplina que serve à Igreja para exprimir a sua fé. Como não manifestar profunda mágoa por tudo isto? A Eucaristia é um dom demasiado grande para suportar ambiguidades e reduções.

Espero que esta minha carta encíclica possa contribuir eficazmente para dissipar as sombras de doutrinas e práticas não aceitáveis, a fim de que a Eucaristia continue a resplandecer em todo o fulgor do seu mistério.

Notas:
(1) Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 11.
(2) Conc. Ecum. Vat. II, Decr. sobre o ministério e a vida dos sacerdotes Presbyterorum ordinis, 5.
(3) Cf. João Paulo II, Carta ap. Rosarium Virginis Mariæ (16 de Outubro de 2002), 21: AAS 95 (2003), 19.
(4) Assim quis intitular um testemunho autobiográfico que escrevi por ocasião das Bodas de Ouro do meu sacerdócio.
(5) Leonis XIII Acta, XXII (1903), 115-136.
(6) AAS 39 (1947), 521-595.
(7) AAS 57 (1965), 753-774.
(8) AAS 72 (1980), 113-148.
(9) Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 47: « O nosso Salvador instituiu [...] o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o sacrifício da cruz ».
(10) Catecismo da Igreja Católica, 1085.

Fonte:
vatican.va/holy_father/special_features/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_20030417_ecclesia_eucharistia_po.html

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Misericórdia Divina - João Paulo II

A Igreja deve professar e proclamar a misericórdia divina em toda a sua verdade, tal como nos é transmitida pela Revelação. [...]

Na vida quotidiana da Igreja a verdade sobre a misericórdia de Deus, expressa na Bíblia, repercute-se como eco perene em numerosas leituras da Sagrada Liturgia. E o autêntico sentido da fé do Povo de Deus percebe-a bem, como atestam várias expressões da piedade pessoal e comunitária. Seria certamente difícil enumerá-las e resumi-las todas, dado que a maior parte delas está só gravada vivamente no íntimo dos corações e das consciências humanas. 

Oração do Dia: Livra-nos Senhor do sono que entorpece

Criastes céu e terra, a vós tudo obedece; 
livrai a nossa mente do sono que entorpece.

As culpas perdoai, Senhor, vos suplicamos; 
de pé, para louvar-vos, o dia antecipamos.

À noite as mãos e as almas erguemos para o templo: 
mandou-nos o Profeta, deixou-nos Paulo o exemplo.

As faltas conheceis e até as que ocultamos; 
a todas perdoai, ansiosos suplicamos.

A glória seja ao Pai, ao Filho seu também, 
ao Espírito igualmente, agora e sempre. 

Amém!

Fonte: Liturgia das Horas

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São Luís Gonzaga - 21 de junho

Deus, Pai de bondade, ouví hoje a minha prece. Fazei que pela intercessão de São Luís Gonzaga eu busque a Vossa face e Vos encontre nos irmãos doentes e necessitados. Despertai no íntimo do meu coração o desejo de Vos buscar, de Vos servir, de Vos amar. Sim, Senhor, porque em Vós reside o sentido de minha existência. Fazei que eu coloque em Vós toda a minha confiança. Amém.

Evangelho Comentado do Dia 21/06/2017 quarta-feira

Liturgia Diária Comentada 21/06/2017 quarta-feira
11ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio comum dos santos - Ofício da memória
Cor: Branco - Ano “A” Mateus

Memória: SÃO LUÍS GONZAGA - Religioso

Antífona: Salmo 23,4.3 O homem de coração puro e mãos inocentes é digno de subir à montanha do Senhor e de permanecer em seu santuário.

Oração do Dia: Ó Deus, fonte dos dons celestes, reunistes no jovem Luís Gonzaga a prática da penitência e a admirável pureza de vida. Concedei-nos, por seus méritos e preces, imitá-lo na penitência, se não o seguimos na inocência. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Rezar o Terço traz paz à Igreja e ao mundo - Papa Francisco

“Eu muitas vezes recito o Terço diante de um mosaico: um pequeno mosaico de Nossa Senhora com o Menino, onde parece que no centro está Maria, enquanto na verdade Ela, usando as suas mãos, torna-se uma espécie de escada através da qual Jesus pode descer até nós. O centro é sempre Jesus, que se abaixa para caminhar com nós homens, para que possamos subir ao céu com Ele”.

“Rezando, nós levamos tudo a Deus: os cansaços, as feridas, os medos, mas também as alegrias, os dons, os entes queridos... tudo a Deus. Rezando, nós permitimos a Deus entrar em nosso tempo,  acolher e transfigurar tudo o que vivemos. Usem frequentemente este instrumento poderoso que é a oração do Terço, porque traz a paz aos corações, às famílias, à Igreja e ao mundo”. 

Os cristãos e seus desafios - Dom Alberto Taveira Corrêa

O cristianismo se difundiu a partir da experiência da primeira Comunidade de Jerusalém, conduzida pelo Espírito Santo, tendo à frente o grupo dos Apóstolos, sendo Simão Pedro sinal de unidade. A partir daí, as perseguições contribuíram para a positiva dispersão dos primeiros cristãos, fazendo com que a Semente da Boa Nova se espalhasse por toda parte (Cf. At 8,5-8.14-17). Fundamental foi a participação de São Paulo, a grande figura de convertido, cuja pregação, testemunho e viagens alargaram as fronteiras do Evangelho, já nos primeiros decênios.

Não foram pequenas as dificuldades encontradas pelos cristãos de todas as gerações. No entanto, desde o início, o Espírito Santo prometido e enviado por Jesus (Cf. Jo 14,15-21) consolida a fé em Jesus Cristo, fortalece para o martírio, ilumina as mentes para o testemunho coerente do Evangelho. E Como os cristãos de ontem e hoje se colocam diante dos desafios que se apresentam? 

Beata Margarida Ebner - 20 de Junho

Margarida pertencia à família Ebner, muito rica e respeitada, da aristocracia alemã. Nasceu no ano de 1291 em Donauworth, Baviera, Alemanha. Ela entrou no Mosteiro de Maria Santíssima em Medingen, da diocese de Augusta, e tinha apenas quinze anos de idade quando vestiu o hábito dominicano.

Depois, de 1314 até 1326, sofreu diversas e graves enfermidades, as quais quase a levaram ao fim da vida. Mais tarde, por causa da guerra, a comunidade monástica dispersou-se e Margarida voltou para a casa paterna, na qual continuou a viver totalmente reclusa, dedicada à oração e à penitência.

Quando tudo retornou ao normal, ela voltou para a clausura daquele mesmo mosteiro. Em 1332, conheceu o sacerdote Henrique Susso, hoje também santo, que logo se tornou o seu diretor espiritual. As duras provações físicas por que passou lhe proporcionaram adquirir os dons das revelações, das visões e das profecias. Tanto assim que ela escreveu em seu diário que no dia 1o de novembro de 1347 foi recebida em matrimonio espiritual por Jesus. 

Santificado seja o vosso nome - São Cipriano

Quanta indulgência do Senhor, quanta consideração por nós e quanta riqueza de bondade em querer que realizássemos nossa oração, na presença de Deus, chamando-o de Pai, e que, da mesma forma que Cristo é Filho de Deus, também nós recebamos o nome de filhos de Deus. Nenhum de nós ousaria chamá-lo Pai na oração, se ele próprio não nos permitisse orar assim. Irmãos diletíssimos, cumpre-nos ter sempre em mente e saber que, quando damos a Deus o nome de Pai, temos de agir como filhos: como a nossa alegria está em Deus Pai, também ele encontre sua alegria em nós.

Vivamos quais templos de Deus, para que se veja que em nós habita o Senhor. Não seja a nossa ação indigna do Espírito, pois se já começamos a ser espirituais e celestes, pensemos e façamos somente coisas celestes e espirituais, conforme disse o próprio Senhor Deus: Àqueles que me glorificam, eu os glorificarei e àqueles que me desprezam, os desprezarei. Também o santo Apóstolo escreveu em uma epístola: Não vos possuís, pois fostes comprados por alto preço. Glorificai e levai a Deus em vosso corpo.