Feliz espírito, faminto do pão da justiça e que arde por tal
bebida. Na verdade não teria disso nenhuma cobiça, se não lhe houvesse provado
a doçura. Ouvindo o espírito profético que lhe diz: Provai e vede como é suave
o Senhor (Sl 33,9), tomou uma porção da altíssima doçura e inflamou-se pelo
amor das castíssimas delícias. Abandonando todo o criado, acendeu-se-lhe o
desejo de comer e beber a justiça e experimentou a verdade do primeiro
mandamento: Amarás o Senhor Deus de todo o teu coração, com toda a tua mente,
com todas as tuas forças (Dt 6,5; cf. Mt 22,37). Porque não são coisas
diferentes amar a Deus e amar a justiça.
Por fim, como o interesse pelo próximo se une ao amor de
Deus, também aqui o desejo da justiça é acompanhado pela virtude da
misericórdia, e se diz: Bem-aventurados os misericordiosos porque deles terá
Deus misericórdia (Mt 5,7).
Reconhece, ó cristão, a dignidade de tua sabedoria e entende
de que modo engenhoso foste chamado ao prêmio. A misericórdia te quer
misericordioso, a justiça, justo, para que em sua criatura transpareça o
Criador e no espelho do coração do homem refulja a imagem de Deus expressa
pelas linhas da imitação. Firme é a fé dos que assim agem, teus desejos te
acompanham e daquilo que amas gozarás sem fim.
Já que pela esmola tudo se faz puro para ti, chegas à
bem-aventurança que é prometida como consequência. Diz o Senhor:
Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus (Mt 5,8). Imensa
felicidade, caríssimos, para quem se prepara tão grande prêmio. Que é, então,
ter o coração puro? Entregar-se às virtudes acima descritas. Que inteligência
poderá conceber e que língua proclamar quão grande seja a felicidade de ver a
Deus? E, no entanto, isto acontecerá quando a natureza humana for transformada,
de sorte que não mais em espelho ou enigma, mas face a face (1Cor 13,12), verá aquela
Divindade que homem algum pôde ver tal qual é. E obterá o que os olhos não
viram, nem os ouvidos ouviram, nem subiu ao coração do homem (1Cor 2,9), pelo
gáudio indizível da eterna contemplação.
São
Leão Magno (400/461)
Papa e Doutor da
Igreja
Do Sermão sobre as
Bem-aventuranças
Fonte: Liturgia das horas
Foto retirada da internet
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