A nova lei - Reflexão 6º Domingo Comum “A” - São Mateus

A nova lei


Jesus não veio abolir a lei, mas levá-la à plenitude, dar-lhe algo "mais" que a faz superar como lei e aceitá-la como opção interior. De fato, a justiça do fariseu se limita à observância dos artigos da lei. A justiça do cristão não depende em primeiro lugar da sua observância da lei, mas de se terem realizado em Jesus os últimos tempos, porque ele veio para ser o primeiro a obedecer à lei em comunhão com Deus. Cristo estabelece um novo critério de avaliação moral: a intenção pessoal. 

O "mais" da nova lei

É no coração que se decide a atitude mais verdadeira e mais radical do homem, é para aí que devemos dirigir a atenção e a escolha: esta é a exigência superior (o "mais") da lei, com a qual Cristo a cumpre e aperfeiçoa. Não basta, portanto, não matar; é necessário não se irritar (Mt 5,21s). Não basta não cometer adultério; é preciso não desejar a mulher dos outros (Mt 5,27s). Não basta lavar as mãos antes das refeições; é preciso "purificar" o interior do homem (Mc 7,1-23). Não basta erguer monumentos aos profetas; é preciso não os fazer calar matando-os (Mt 23,29ss). Não basta dizer: "Senhor, Senhor"; é necessário 'fazer a vontade do Pai que está nos céus’ (Mt 7,21). Não basta dizer inúmeras palavras na oração; é necessário ter fé na bondade de Deus (Mt 6,7). Não basta o sacrifício; de nada servem ato de culto e a observância dos preceitos menores, se não se põem em primeiro lugar, na própria vida moral, a justiça, a misericórdia e a fé (Mt 9,13; 12,7; 23,23).

A lei é imposta ao homem, de fora. Se Jesus só se limitasse a espiritualizar a lei, seria um aperfeiçoamento incompleto.

A "nova" contribuição de Cristo é outra: se Jesus exige um "mais", a motivação está no "mas eu vos digo". Quem impõe é Cristo, ele foi o primeiro a dar o exemplo. Tornou-se possível ao cristão amar os inimigos, suportar o sofrimento e a perseguição, porque foi solicitado e realmente ajudado pelo modelo que tem diante de si. O cristão não só obedece a uma lei; segue as pegadas de Cristo que o precede e que se torna para ele modelo-lei-instância e suprema força interior para o dom do Espírito (Mt 3,11), prêmio-amor beatificante.

Um passo adiante na fraternidade

As palavras de Jesus convidam o cristão a algo "mais", a dar um passo adiante na fraternidade. Não basta não matar o irmão, importa respeitá-lo, ter consideração para com ele, não se achar superior a ele. Pode-se matar com palavras, com um julgamento severo, com uma atitude de desprezo. Pode-se matar o irmão deixando-o de lado, fazendo extinguir-se seu entusiasmo e seus bons projetos, não lhe permitindo expressar-se livremente. Os marginalizados, os anciãos dos asilos, os débeis mentais, os afastados são mortos por nosso cruel desinteresse, por nosso distanciamento, por nossa língua afiada... Não se pode honrar a Deus se o irmão é desonrado, pois Deus não está só no céu, mas também em cada irmão que encontramos, especialmente nos pobres, nos pequenos, nos humildes desprezados, naqueles que nós, às vezes, chamamos de cretinos...

Um passo adiante no amor

O amor do homem e da mulher não é desejo e busca egoístas da própria satisfação. O amor é querer o bem do amado, é encontro livre e libertador. A atração física sem amor é sinal de alienação e imaturidade profunda, é a negação da liberdade e da dignidade da pessoa, é tentativa de destruir o outro para fazer dele coisa, objeto.

Um amor verdadeiro, com raiz na totalidade da pessoa, se insere na corrente única de amor que é Deus, Amor que dá o Filho: dom total, porque Cristo deu sua vida por nós. A família deve viver estas características de amor, que a marcam profundamente e solidificam a unidade. Dom total. O amor no matrimônio ou é assim ou não existe. Total até dar-se, sacrificar-se completamente.

Um passo adiante na sinceridade

As palavras não foram feitas para que os homens delas se sirvam enganando-se mutuamente, mas para que levem seu pensamento ao conhecimento dos outros. Enganar os outros significa deturpar o sinal da palavra, torná-la sinal de divisão e confusão, em lugar de comunhão e limpidez. Cristo supera, portanto, a lei judaica quando proíbe a mentira em qualquer circunstância, tornando assim inútil o juramento.

·        Primeira Leitura: Livro do Eclesiástico 15,16-21 (Gr.15-20)
·        Salmo: 118,1-2.4-5.17-18.33-34 (R.1)
·        Segunda Leitura: Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 2, 6-10
·         Evangelho: de Jesus Cristo segundo Mateus 5,17-37

Fonte: Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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2 comentários:

  1. Quem tem os manamentos e os observa é que ama a eus,lina mensagem

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  2. Deus seja louvado.
    Palavras de grande Sabedoria.
    Precisamos aprender mais sempre mais sobre tudo que Jesus nos deixou com muito amor.
    Obrigada por esta Missão que Deus lhes confiou.

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