6ª Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória e Creio - Cor: Verde - Ano “A”
Mateus
Antífona: Salmo
30,3-4 Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que me salva. Sois
minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso nome, vós me conduzis e
alimentais.
Oração do Dia: Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e
retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do
Eclesiástico 15,16-21 (Gr.15-20)
Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se
confias em Deus, tu também viverás. Diante de ti ele colocou o fogo e a água;
para o que quiseres, tu podes estender a mão. Diante do homem estão a vida e a
morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir. A sabedoria do Senhor é
imensa, ele é forte e poderoso e tudo vê continuamente. Os olhos do Senhor
estão voltados para os que o temem. Ele conhece todas as obras do homem. Não mandou
a ninguém agir como ímpio a ninguém deu licença de pecar. -
Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: A lei é a sabedoria. “Falamos, sim, da
misteriosa sabedoria de Deus.... Sabedoria escondida que desde a eternidade
Deus a destinou para nossa glória” (1Cor 2,6-7). A revelação de Deus para nós
não é uma comunicação de verdades, mas participação de sua Sabedoria. Sem ela
não entendemos a novidade de Jesus e continuamos repetindo os mesmos erros do
passado. Jesus tem a autoridade para levar a lei à perfeição, purificá-la e
instaurar a sabedoria de Deus. A nova lei é a sabedoria de Deus em nosso meio.
Nossa sabedoria é viver o mandamento no íntimo do coração. O pecado não é
solução para nosso coração. O livro do Eclesiástico ensina que Deus não mandou
ninguém agir como o ímpio e a ninguém deu licença para pecar (Eclo 15,20). Há
pessoas que se fazem donos da verdade e criam costumes que obscurecem a
sabedoria de Jesus. Não podemos ficar às margens e nas práticas sem fundamento.
Podem ser ótimas suas ideias, mas primeiro vem o mandamento de Deus. O pecado
não se justifica em nenhuma hipótese. É sempre prejudicial ao ser humano. É o
que vemos pelo mundo. O fruto do pecado destrói nações inteiras. (Pe. Luiz Carlos de Oliveira/Redentorista)
Salmo: 118,1-2.4-5.17-18.33-34
(R.1)
Feliz o homem
sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Feliz o homem sem pecado em seu caminho
que na lei do Senhor Deus vai progredindo! Feliz o homem que observa seus
preceitos e de todo coração procura a Deus!
Os vossos mandamentos vós nos destes, para
serem fielmente observados. Oxalá, seja bem firme a minha vida em cumprir vossa
vontade e vossa lei!
Sede bom com vosso servo e viverei e guardarei
vossa palavra, ó Senhor. Abri meus olhos e então contemplarei as maravilhas que
encerra a vossa lei.
Ensinai-me a viver vossos preceitos;
quero guardá-los fielmente até o fim! Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei e
de todo coração a guardarei.
Segunda Leitura: Primeira Carta de
São Paulo aos Coríntios 2, 6-10
Irmãos: Entre os perfeitos nós falamos de sabedoria, não da
sabedoria deste mundo nem da sabedoria dos poderosos deste mundo, que, afinal,
estão votados à destruição. Falamos, sim, da misteriosa sabedoria de Deus,
sabedoria escondida, que desde a eternidade Deus destinou para nossa glória. Nenhum
dos poderosos deste mundo conheceu essa sabedoria. Pois, se a tivessem
conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito,
“o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os
ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu”. A nós Deus revelou esse
mistério através do Espírito. Pois o Espírito esquadrinha tudo, mesmo as
profundezas de Deus. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: “A nós Deus revelou esse mistério através do
Espírito. Pois o Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus” (1Cor
2,10). Recebemos a sabedoria de Deus pelo Espírito que nos foi dado. Os que
vivem esta sabedoria podem perceber “o que Deus preparou para os que O amam, é
algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais
pressentiu” (1Cor 2,9). Recebemos o convite para purificar nossa fé de tudo
aquilo que fere a beleza do mandamento e a nova lei de Jesus. Por isso, em cada
Eucaristia, ouvimos a Palavra que nos instrui na sabedoria. Rezamos: “Feliz o
homem sem pecado, que na lei de Deus vai progredindo. Feliz o homem que observa
seus preceitos e de todo o coração procura a Deus” (Sl 118). (Pe. Luiz Carlos de Oliveira/Redentorista)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,17-37
Naquele tempo,
disse Jesus a seus discípulos: Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos
digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula
serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja,
e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos
Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos
Céus. Porque eu vos digo: Se a
vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus,
vós não entrareis no Reino dos Céus.
Vós ouvistes o que
foi dito aos antigos: 'Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal'. Eu,
porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo;
quem disser ao seu irmão: 'patife!' será condenado pelo tribunal; quem chamar o
irmão de 'tolo' será condenado ao fogo do inferno. Portanto, quando tu
estiveres levando a tua oferta para o altar, e aí te lembrares que teu irmão
tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta aí diante do altar, e vai
primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. Procura
reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal.
Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça,
e tu serás jogado na prisão. Em verdade eu te digo: daí não sairás, enquanto
não pagares o último centavo.
Ouvistes o que foi
dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar
para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu
coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o
para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu
corpo ser jogado no inferno. Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado,
corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus
membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno.
Foi dito também:
'Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio'. Eu, porém,
vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de
união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher
divorciada comete adultério.
Vós ouvistes também o que foi dito aos antigos: 'Não jurarás falso, mas
cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor'. Eu, porém, vos digo: Não jureis
de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é
o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do
Grande Rei. Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar
branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso 'sim': 'Sim', e o vosso
'não': 'Não'. Tudo o que for além disso vem do Maligno. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
diferença que fez Jesus não foi revogar a Lei, mas levá-la à plena realização.
Jesus não era contra a Lei de Deus, mas contra as interpretações que dela
faziam. Ensina que a nova justiça aprofunda o sentido dos mandamentos. Há um desenvolvimento
do conhecimento da Palavra de Deus. Jesus ensina, pois ele é a Sabedoria do
Pai. As propostas de Jesus propõem que façamos uma opção. É um caminho novo que
exige totalidade em nossa resposta. Não basta seguir os mandamentos na letra, é
preciso ir ao espírito e a seu sentido mais profundo dado por Jesus. No que se
refere ao quinto mandamento, não matarás, afirma o respeito à vida física, mas
também o amor ao próximo. A palavra pode ferir e matar. Pelo próximo, deve-se
até interromper o sacrifício iniciado para ir se reconciliar (Mt 5,23-24);
deve-se ceder ao inimigo para evitar que aumente o espiral da violência (25). O
adultério não é só uma atitude exterior, mas vai ao coração. Está unido à
fidelidade de Deus. Quanto ao juramento: Todo aquele que mente, fere a verdade
de Deus. Toda mentira é do maligno. A fidelidade à verdade não precisa de
documentos. Basta o sim, sim; o não, não. Notamos que Jesus interpreta o
mandamento no fundo do coração. O amor ao próximo deve ser total. Vai à
coerência do coração. Corremos o risco de dar mais valor às interpretações do
que à Lei Nova de Jesus que se funda na misericórdia e na caridade. Batemos o
pé em coisas secundárias, quando o importante ensinado por Jesus, é deixado de
lado. (Pe. Luiz Carlos de Oliveira/Redentorista)
O
elenco de antíteses, proclamadas por Jesus, tem um caráter polêmico, a começar
pela introdução: "Vocês ouviram o que foi dito (por Deus) aos
antigos". Ele se referia aos pais do povo hebreu mormente os que haviam
recebido a Lei no Sinai e fizeram a primeira tentativa de explicá-la para o
povo. Por conseguinte, Jesus não se referia aos rabinos de seu tempo e sim a
quem recebera de Deus o encargo de transmitir sua Lei ao povo. Este era o
ensinamento questionado por Jesus. Ensinamento de origem divina, cuja
autoridade era inquestionável. A ousadia do Mestre era patente! A este
ensinamento venerável e tradicional, Jesus pretendia contrapor outro mais
radical, também em conformidade com o querer divino. E não algo puramente
humano, sem transcendência. O ensinamento saído de sua boca, diferentemente
daquele dos mestres antigos, estava em perfeita sintonia com Deus. Jesus não se
colocou na contramão do Deus do Antigo Testamento. Tendo-lhe sido dado todo
poder, no Céu e na Terra, estava suficientemente autorizado para penetrar no
âmago dos mandamentos do Decálogo e extrair um sentido muito mais radical do
que até então se lhe atribuía. Seu ensinamento superava a materialidade da
letra dos mandamentos, revelando o espírito neles subjacente. Neste nível
profundo, Jesus revelava também o verdadeiro projeto de Deus para a humanidade.
(Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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