Liturgia Diária Comentada 29/01/2017 Domingo

4ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio dos Domingos Comuns - Ofício do dia
Glória e Creio - Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 105,47 - Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor.

Oração do Dia: Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!


Primeira Leitura: Profecia de Sofonias 2,3; 3,12-13

Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; talvez achareis um refúgio no dia da cólera do Senhor. E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará. - Palavra do Senhor.

Comentário: O julgamento será uma destruição irreversível? Não! Diz o profeta. Será um momento grave de chamada à conversão. Aqueles que oprimem e exploram o povo são intimados a se converterem. Os pobres, isto é, os que são oprimidos e explorados por uma estrutura baseada na idolatria do dinheiro, colocam sua confiança em Deus. Conforme o profeta, esses pobres são a esperança de uma sociedade nova, baseada na fidelidade a Deus, único absoluto. Dessa forma, os pobres se tornam o exemplo de conversão para a classe dirigente. Deus, portanto, inverte a situação: os grandes devem aprender com os pequenos, os poderosos com os fracos e os ricos com os pobres. O centro do projeto de Deus é a aliança com o povo pobre e fiel, germe de uma nova sociedade. Negativamente, ser pobre e fiel significa deixar a soberba e o orgulho, que levam o homem a cultivar a si próprio e a praticar a injustiça e a mentira; positivamente, significa abrir-se para Deus, praticando a justiça e a verdade. O ideal de pobreza, de que fala Sofonias, não é a miséria material, mas a abertura para o projeto de Deus, que traz vida e liberdade para o homem. (deusunico.com)

Salmo: 145,7.8-9a.9bc-10 (R.Mt 5,3)
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

O Senhor abre os olhos aos cegos o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo, é o Senhor quem protege o estrangeiro.

Ele ampara a viúva e o órfão mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos!

Segunda Leitura: Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 26-31

Considerai vós mesmos, irmãos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que ninguém possa gloriar-se diante dele. É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”. - Palavra do Senhor.

Comentário: O discurso sobre a sabedoria humana e a sabedoria divina torna-se agora referência concreta à própria experiência da comunidade de Corinto. Esta, com efeito, aparece ao Apóstolo como exemplificação e concretização modelar da sabedoria divina, contrária à do mundo. A vocação cristã foi, de fato, dirigida a pessoas privadas de possibilidades e meios de que se pudessem gabar e nas quais pudessem confiar. São um exemplo de fraqueza e tolice aos olhos do mundo. Contudo, justamente a esses é que Deus chamou à fé. Porque as escolhas divinas seguem um critério alheio a toda possibilidade de autoglorificação e vaidade do homem em face de Deus. O homem permanece sempre criatura devedora diante do Criador; também no âmbito de sua salvação. (Missal Cotidiano)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,1-12a

Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.  - Palavra da Salvação.

Comentários:

A santidade é uma meta a ser atingida por todos os cristãos. Ninguém é excluído deste apelo nem pode eximir-se de dar sua resposta. Mas importa nutrir um ideal sadio de santidade, sem se deixar levar por falsas concepções. Ser santo é ser capaz de colocar-se totalmente nas mãos do Pai, contar com ele, sabendo-se dependente dele. Por outro lado, é colocar-se a serviço dos semelhantes, fazendo-lhes o bem, como resposta aos benefícios recebidos do Pai. O enraizamento em Deus desabrocha em forma de misericórdia para com o próximo. A santidade constrói-se no ritmo da entrega da própria vida nas mãos do Pai, explicitada no serviço gratuito e desinteressado aos demais, deixando de lado os interesses pessoais e tudo quanto seja incompatível com o projeto de Deus. Este ideal não é inatingível. E se constrói nas situações mais simples nas quais a pessoa é chamada a ser bondosa, a não agir com dolo ou fingimento, a criar canais de comunicação entre os desavindos, a superar o ódio e a violência, a cultivar o hábito da partilha fraterna, a ser defensor da justiça. Qualquer cristão, no seu dia-a-dia, tem a chance de fazer experiências deste gênero. Se o fizer, com a graça de Deus, estará dando passos decisivos no caminho da bem-aventurança. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Deles é o Reino dos céus... (Mt 5,1-12a) Deles, quem? Ora, segundo a estranha “receita de felicidade” apresentada por Jesus Cristo, o prêmio é exatamente para os perseguidos. Para aqueles que choram. Para os mansos. Para os que têm fome e sede de justiça. Para os que promovem a paz. Para os pobres em espírito. Então? A promessa exclui os violentos. Os que vivem na fartura. Os que nada têm a esperar, pois nada lhes falta. Como dar o presente a quem não espera recebê-lo? Sim, é a mão vazia que recebe a esmola... Não creio que se deva entender a promessa do Reino como uma “compensação”: você teve fome, agora tem um banquete. Você chorou, agora recebe um lenço. Você foi pobre, agora terá abundância, segurança, plano de saúde, cartão de crédito, casa de luxo. Nada disso! O Reino do céu não pode ser um prêmio de consolação. Então, que será? Ora, o Reino que Jesus anuncia para nós será um “preenchimento”, uma vida em plenitude, uma realização total e totalizante. E para quem será? Para quem esperava pelo Reino. Para quem sentia sua falta. Para quem não se distraía com as benesses do mundo e vigiava à espera do Reino... Naquele iate de Mônaco, ninguém esperava por nada. Já tinham tudo. Na casinha de pau-a-pique, Dona Maria debulhava as contas do rosário, pedindo a vinda do Senhor. A diferença essencial não está no contraste entre vidro fumê e barro, entre veludo e chita, entre foie-gras e farofa. Não. A diferença essencial está na expectativa: quem pensa que tem tudo, já não espera por nada; quem tem espaços vazios, este será preenchido. Na expressão de Hébert Roux, “a noção de recompensa não está ausente do Evangelho; só que ela está sempre subordinada a uma expectativa pela intervenção de Deus, e não constitui um direito que resultaria da prática de certas virtudes”. Está claro? Não se merece o Reino. Não se conquista o Reino. Ganha-se o Reino como presente, como dom, como Graça... Então, o rico poderia ganhar o Reino? Claro que sim, se ele espera pelo Reino. E se o rico de fato espera pelo Reino, não irá orientar sua vida pelo dinheiro, pelo lucro, pela acumulação, pelo esbanjamento. Certamente, na expectativa do Reino, darás muitas esmolas, criará muitos empregos, fará a experiência da partilha – sinais evidentes da espera pelo Reino de Deus! Pode até ocorrer que, enamorado pelo Reino – e apaixonado pelo Rei! -, o rico decida abrir mão de suas riquezas de modo a ter mais tempo livre para esperar por ele. Francisco de Assis fez assim. Charles de Foucauld também. Ignácio de Loyola também. Bem-aventurados! Mais alguém se habilita? (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Um comentário:

  1. Muito bom e esclarecedor das nossas dificuldades de entendimento da Palavra.

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