Liturgia Diária Comentada 28/01/2017 sábado TOMÁS DE AQUINO

3ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Memória: SÃO TOMÁS DE AQUINO - Presbítero e Doutor
Prefácio comum ou dos pastores - Ofício da memória
Cor: Branco - Ano “A” Mateus

Antífona: Daniel 12,3 Os sábios refulgirão como esplendor do firmamento; e os que ensinaram a muitos a justiça brilharão como estrelas para sempre.

Oração do Dia: Ó Deus, que tornastes Santo Tomás de Aquino um modelo admirável pela procura da santidade e amor à ciência sagrada, dai-nos compreender seus ensinamentos e seguir seus exemplos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Carta aos Hebreus 11,1-2.8-19

Irmãos, a fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem. Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia. Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os coerdeiros da mesma promessa. Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor.

Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa. É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”. Todos estes morreram na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, e se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá.

Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, do qual havia sido dito: “É em Isaac que uma descendência levará o teu nome”. Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho – o que é também um símbolo. - Palavra do Senhor.

Comentário: A fé é fundamento das coisas que se esperam e prova das que não se veem. Em outras palavras: a fé consiste em estar firmemente agarrado àquilo que se espera (que se aceita), em estar convencido daquilo que não se vê. É, portanto, “um voltar-se para o futuro, para o invisível. Tendo como fundamento a palavra de Deus, constitui um penhor da felicidade do céu e uma prova do mundo invisível. Este versículo famoso, que se tornou definição teológica da fé, coloca momentaneamente o acento na segurança do crente, que já goza de posse antecipada das realidades celestes (cf 2Cor 1,22; 5,5; Ef 1,4), e na solidez de suas convicções. Aquele que crê participa desde agora das forças do mundo que virá e apega-se ao que espera e ama” (C. Spicq). Os exemplos apresentados no decurso do capítulo 11 mostram que a fé é uma atitude global, que compreende a esperança e a caridade, a coragem e a constância na provação; mais do que adesão intelectual a verdades, é adesão vital à pessoa de Deus, que fala e promete . Deste tipo é a fé de Abraão e dos patriarcas, de Jesus e dos mártires, isto é, da Igreja de todos os tempos. (Missal Cotidiano)

Salmo: Lc 1,69-70. 71-72. 73-75 (R. Cf. 68)
Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

Fez surgir um poderoso salvador na casa de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos.

Para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa aliança.

E o juramento a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4,35-41

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher.

Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O ventou cessou e houve uma grande calmaria. Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” - Palavra da Salvação.

Comentários:

Existem muitas coisas na nossa existência que nos deixam com medo, desde coisas simples, como o medo de insetos inofensivos, até coisas verdadeiramente terríveis, que podem em questão de segundos aniquilar a nossa vida, como é o caso de terremotos ou guerras nucleares. Além disso, temos os nossos fantasmas que criamos e que nos metem medo, como por exemplo o medo de escuro ou de almas do outro mundo. Mas existem pessoas que possuem também um medo muito grande do próprio Deus, e isso acontece porque não foram capazes de descobri-lo como amor e de buscarem um relacionamento amoroso com ele, fazendo do próprio Deus um fantasma a mais nas suas próprias vidas. (CNBB)

A vida do discípulo de Jesus é tecida de tribulações e dificuldades. Quem quiser viver a fidelidade radical ao Reino se verá às voltas com perseguições. Na comunidade cristã, desde o início, estas situações eram corriqueiras. Nos momentos de prova, a primeira tentação foi a de desesperar-se. O sentimento de abandono transformou-se em sentimento de impotência. E os discípulos acabaram entregando os pontos. Só lhes restava morrer! Este desespero denuncia a carência de uma fé sólida no Senhor. A fé comporta a certeza da presença do Senhor, junto a seus discípulos, mormente nos momentos de provação. Quando se pensa que o Senhor está ausente, então é que ele está mais próximo. É preciso não duvidar da sua presença. Sabendo-se acompanhado pelo Senhor, não há porque temer. Ele é quem dá segurança e muda as tempestades da vida em bonança. Transforma o medo em coragem. Recupera a confiança no Senhor e, por conseguinte, impulsiona o discípulo a continuar. A falta de fé profunda é uma atitude censurável no discípulo. E pode, até mesmo, redundar numa negação da condição do discípulo. Se está certo de ter o Senhor junto de si, não há porque duvidar, nem temer se tragado pelas tempestades da vida. A qualquer momento, o Senhor virá em seu socorro e não o deixará perecer.  (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Só a titulo de esclarecimento: o “Mar da Galiléia” também é conhecido como “Mar de Tiberíades” ou “Logo de Genesaré”, tem 19km de comprimento e 13km de largura. Marcos apresenta Jesus como Senhor de tudo e de todos. “Passemos para o outro lado” (v.35). No outro lado do lago de Genesaré ficava a Decápole, um local considerado impuro pelos judeus por ser habitado por pagãos, acreditava-se que era território sob o domínio do demônio. O mar enfurecido representava para os discípulos a investida das forças do mal, diante da presença ameaçadora do poder de Deus. Agora, estando na companhia de Jesus porque os discípulos ficam apavorados e se irritam com a tranquilidade de Jesus? Pedro e alguns outros eram pescadores, com certeza estavam acostumados a esse tipo de tempo já que era comum tempestades no lago de Genesaré. Ou não estariam? Será que antes de conhecer Jesus eles nunca tinham se aventurado a águas tão profundas? Será que Pedro e seus companheiros nunca tinham ultrapassado os 3km iniciais que era sua zona de segurança? Acredito que temos aqui o primeiro desafio feito por Jesus a todos aqueles que desejam servir ao Reino de Deus, a necessidade de se aventurar no desconhecido tendo a certeza que o poder Daquele que acalma o mar, que subjuga os demônios, irá ser nosso porto seguro não importando onde estejamos. “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?” (v.40). Se prestarmos atenção, podemos observar que antes da pergunta vem uma exclamação, ou seja, Jesus fica surpreso, o espanto não vem da atitude dos discípulo, mas de notar até que ponto a alienação e o medo escraviza o ser humano. Para sermos seguidores fieis temos que nos libertar das amaras do pecado e do preconceito. “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” (v.41) Não devemos nos perguntar como Jesus operou o milagre, mas permitir que sejamos o canal para o milagre acontecer. (Ricardo Feitosa)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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