A revolução no coração do homem - Reflexão 31º Domingo Comum “C”

A revolução no coração do homem


A primeira leitura descreve o amor de Deus por suas criaturas. "Tens compaixão de todos, porque és todo-poderoso; e te esqueces dos pecados dos homens para que se convertam. Porque amas todos os seres, não desprezas nada do que criaste".

No evangelho Jesus atualiza as palavras proféticas da Sabedoria, comunica o amor gratuito de Deus ao pecador Zaqueu. E este se converte, abre o coração e as mãos.


O encontro com Cristo abre o coração e as mãos

O gesto exterior de dar, como todo gesto humano, é, por si, ambíguo. A oferta de um homem fechado em si mesmo, que se projeta na afirmação de si, é egoísmo camuflado. A beneficência  muitas  vezes  pode  ser  um  modo  de  ocultar a exploração, ou um meio para continuá-la. No entanto o gesto de Zaqueu, que restitui o quádruplo aos que havia defraudado e dá a metade de seus bens ''aos pobres'', nasce de ''conversão'' interior, de mudança de vida, provocada pelo encontro com Jesus.

Encontrando o Amor, descobrindo que é amado, torna-se alguém capaz de encontrar os outros. Capaz de olhá-los com olhos diferentes, não mais como objetos para seu gozo, mas como pessoas a quem amar. E isto porque, finalmente, conseguiu olhar-se a si mesmo e a sua vida com os olhos daquele para o qual havia sido injusto. Então, também o dinheiro muda de direção; o gesto de extorquir é substituído pelo de dar, livre e gratuitamente. E assim o dinheiro se transforma de objeto de posse em sinal de comunhão.

Cristo evangeliza a todos

Cristo, tornando-se hóspede de Zaqueu, esclarece essa transformação e a interpreta no sentido de graça e de libertação: "Hoje entrou a salvação nesta casa”.

Cristo é verdadeiramente o evangelizador de todos, pobres e ricos. Sua preferência é pelos pobres, os últimos: "Fui enviado a anunciar aos pobres uma alegre mensagem" (Lc 4,18).

A evangelização dos ricos exploradores inclui a denúncia corajosa de sua situação e o apelo a uma conversão efetiva. Os ricos também podem tornar-se cidadãos do reino, com a condição de procederem como Zaqueu.

Uma revolução não violenta

Hoje, porem, apresenta-se um problema grave, particularmente agudo em certas zonas: que fazer quando o rico não age como Zaqueu, não se converte, quando a falta de amor de alguns cai sobre muitos sob a forma de fome, subdesenvolvimento, opressão?

Será possível amar ao mesmo tempo a vítima e o carrasco? O amor dos pobres não impõe a eliminação violenta dos exploradores? "Ora, os que, por amor dos pobres, eliminam violentamente, estarão seguros de não agir depois por uma agressividade destrutiva? Uma vez eliminados com violência os pecadores, surgirá ”automaticamente" aquela geração de santos que saibam amar?

A experiência histórica e a razão dizem que não. O homem novo, o homem capaz de amar ainda será o resultado de uma 'conversão interior'".

Esse pecado será tanto mais verdadeiro e radical quanto mais surgir em quem pecou o desgosto por aquilo que fez, simultaneamente com a visão das graves consequências de suas más ações.

O evangelho não nos dá normas sobre "como fazer justiça". Isso não quer dizer que o cristão deva acomodar-se, aceitando as situações e a sociedade tal como é Paulo VI admoesta: "A situação presente deve ser enfrentada corajosamente, devem ser combatidas e vencidas as injustiças que ela comporta. O desenvolvimento exige transformações audazes, pro­fundamente inovadoras. Devem ser empreendidas, sem tardar, reformas urgentes. Que cada um tome generosamente sua parte

Em suma, o mandamento do amor exige uma ativa e radical transformação do mundo. Mas uma coisa é afirmar uma exigência revolucionária, outra é tomar o caminho que se exprime no recurso à violência.

·        Primeira Leitura: Livro da Sabedoria 11,22 - 12,2
·        Salmo: 144,1-2.8-9.10-11.13cd-14 (R.cf.1)
·        Segunda Leitura: 2ª Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 1,11 - 2,2
·        Evangelho: de Jesus Cristo segundo Lucas 19,1-10

Fonte: Missal Dominical (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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