Para anunciar a Deus, é preciso tê-lo "conhecido".
Para conhecer a Deus é necessário que ele se revele". Não podemos atingir
a Deus com nossos silogismos, encerrá-lo em nossos raciocínios. A revelação de
Deus é ato soberanamente livre, é iniciativa sua, totalmente gratuita. O homem
não tem poder sobre Deus. Ora, o profeta não anuncia uma doutrina abstrata,
meramente humana, mas o Deus vivo; ele só é profeta se Deus se lhe revela, se o
chama, se o envia. Revelação, vocação e missão estão estreitamente unidas.
Revelação, chamado para uma missão
As três leituras para este domingo propõem um idêntico
conceito de vocação. Isaías viu a glória de Deus antes de ser enviado em
missão; os apóstolos tiveram que ver o corpo do Cristo ressuscitado antes de
percorrer o mundo. Os doze, impressionados com a pesca milagrosa, abandonaram
as redes para se tornarem pescadores de homens. A vocação de Isaías é realmente
típica. Deus se revela como o "Santo", isto é, o totalmente
diferente. Diante dele, o homem toma consciência de ser pecador. (Também Pedro
diante da revelação de Jesus na pesca milagrosa, diz ao Cristo: "Afasta-te
de mim que sou pecador”, Lc5,8).
Ouve o "chamado" a anunciar a todos os homens a
santidade de Deus e vê a sua glória universal. Mas isto quer dizer pregar-lhes
a conversão para conformar-se à santidade de Deus e ao seu desígnio
universalista.
Deus se revela, chama e envia em Cristo
No Novo Testamento também é Deus que se revela e que chama,
mas esse chamado divino se efetua nos chamados repetidos que Jesus de Nazaré
dirige aos homens durante sua vida terrena (evangelho) e depois de ressuscitado
(2ª leitura). Nos lábios de Jesus, o chamado assume o verdadeiro significado.
Jesus chama para que o sigam. É ele o iniciador do Reino. É nele que os homens
atingem a condição de filhos e são libertados do pecado. Nele os homens se
tornam colaboradores de Deus na obra da salvação. Em torno dele, como pedra
angular, organiza-se o êxito da aventura humana. Por isso, mais do que nunca o
chamado divino está ligado a uma missão. Mas toda missão confiada por Deus está
unida à missão pessoal de Jesus e só nessa encontra seu verdadeiro sentido.
Desde o princípio as comunidades cristãs se chamaram igrejas". O termo
grego ekklesia quer dizer "reunião, assembleia", pessoas convocadas,
chamadas.
Segundo Paulo, os discípulos do Senhor devem estar convictos
de terem sido chamados por Deus em Jesus Cristo. Chamados para um serviço, uma
tarefa a desempenhar na edificação do Reino; e é o reconhecimento, da parte da
assembleia, que constitui o critério privilegiado para o discernimento deste
chamado. As funções são diversas, mas "quem" chama e o fim para o
qual chama é único. Entre o chamado de Deus e a missão está a livre resposta do
homem. O chamado é uma livre proposta de Deus feita a homem livre.
A revelação, o "chamado" e a missão não são, na
Igreja, privilégio de alguns, mas um dom feito a todos. Assim, a
"missão" não se dirige só a alguns homens, mas a todos.
Missão como libertação total
A humanidade se encontra à beira de um abismo; basta muito
pouco para nele precipitar-se, tal é o seu egoísmo e seu gosto de poder. Hoje,
ser pescador de homens significa participar de todos os empreendimentos que
querem livrar o homem dessa perdição e que concorrem para arrancar a humanidade
do perigo que a ameaça, através de maior igualdade, paz mais estável, mais
ampla possibilidade de promoção para os pequenos. Uma Igreja jamais poderá fazer
crer na sua vocação de "pescar homens" se seus membros estiverem fora
desses movimentos de salvação, ou se se contentarem em intervir ao amanhecer,
sem se cansarem a noite toda junto com os outros homens. A Igreja só pode
revelar o amor de Deus partilhando este amor com os homens.
Neste contexto se revela mais claro o sentido da missão que
o evangelho manifesta com a expressão "pescadores de homens”.
O judeu considerava muitas vezes a água do mar como a
habitação das forças opostas a Deus; pescar homens queria também dizer
libertá-los do mal. Para Lucas, a Igreja é a instituição encarregada de salvar
a humanidade do naufrágio que a ameaça.
· Primeira
Leitura: Is 6,1-2a.3-8
· Salmo:
137,1-2a.2bc.4-5.7c-8 (R. 1c.2a)
· Segunda
Leitura: Cor 15,1-11
· Evangelho:
Lc 5,1-11
Fonte:
Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet
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