Domingo de Ramos - Frei Geraldo Bezerra

No Domingo de Ramos a Igreja Católica solenemente inicia a semana santa chamando a todos para caminhar com Jesus até ao calvário, seguir seus passos cada dia.

O Domingo de Ramos se reveste de uma profunda mística da acolhida alegre do Rei que vem montado num jumentinho, filho de jumenta como bem expressa o Evangelho. Olhando para esse gesto de Jesus apresentado pelo Evangelista, somos convidados a nos colocar no lugar de Jesus para compreender o grande mistério desta semana que chamamos de Santa.


É significativo olhar para cada acontecimento celebrado ao longo da semana, escutar cada leitura e tentar traduzir para nossos dias, a fim de que sejamos capazes de ouvir de novo o canto de louvação do povo ao acolher Jesus em Jerusalém, Jesus está chegando para o confronto com o poder religioso do templo, suas lideranças e revelar definitivamente a Verdade no alto da Cruz na sexta-feira Santa.

Jesus é traído por um do seu grupo, Judas personifica aquele que não se abre às surpresas de Deus, por isso se atreve trair o Mestre, vendendo-O por trinta moedas...

Não nos esqueçamos de voltar nossa atenção ao ato supremo de Jesus que se dignou a permanecer no meio dos seus, ao reunir os apóstolos para a ceia derradeira, indicando no gesto de lavar os pés a sua missão: "Eu vim para servir"! Ele se despoja, se abaixa para lavar os pés dos apóstolos, enfrentando a resistência de Pedro que diz, Mestre, tu não me lavarás os pés... Pedro não havia entendido a dinâmica do Reino, Jesus faz com que ele compreenda que só poderá fazer parte do seu grupo aqueles que servem, que se rebaixam.

Jesus deixa um exemplo simples, mas que tem suas implicações na vida concreta, servir, repetir os mesmos gestos do Mestre, faça o mesmo, eis o que Ele nos diz! O Mistério da Eucaristia não se permite a conceitos limitados, por isso, cabe olhar para este grande mistério sem recorrer a qualquer conceito, jamais algum conceito irá alcançar a grandiosidade deste mistério.

Na sexta-feira da Paixão, voltemos nosso olhar para o Mistério da Cruz, o ápice da Eucaristia, aqui entendemos a missão de Jesus, doar sua vida inteira em prol da humanidade ferida pelo pecado, pela dor, pela injustiça, o justo morre pelos injustos.

Depois da dor da paixão, resta-nos a esperança da vitória, até mesmo um dos centuriões romanos reconheceu que Ele realmente era o Filho de Deus. No sábado santo, nossa liturgia solenemente canta o canto da passagem pascal, fazendo todo o itinerário da ação libertadora de Deus na história. A Vigília pascal, muito longa, mas muito bonita, é marcado pela narração da história do povo de Deus em vários momentos de suas vidas, que sempre guardaram e fidelidade mesmo em meio a algumas infidelidades, resistências e etc. Agora, Deus faz uma aliança eterna na entrega seu filho, agora vamos entender o que Jesus falava quando estava entre os seus... Os olhos começam a se abrir, os corações começam a arder outra vez...

Ouve-se o canto do Aleluia recheado de uma esperança sempre renovada, Deus é fidedigno não abandona seu filho, mas cumpre com sua palavra.

Que este tempo, não seja mais um tempo pascal, distante da vida, descompromissado com o causa de Cristo. Podemos ter tomado parte de todos os eventos até de forma solene, mas, podemos sem dúvida ter permanecido na beleza encantadora dos ritos celebrados, dos incensos... Subido aos céus e ter esquecido de retornar a realidade para viver a Páscoa na história concreta, em meio às contradições existenciais lá onde a vida é negada, subjugado, desqualificada...

Viver a espiritualidade pascal e assumir as consequências do Mistério Pascal, do Mistério da Cruz, entrar na dinâmica das chagas que sinalizam a Paixão de Cristo em nossa vida, Ele ressuscitou, mas traz em si, as marcas da Paixão.

Feliz páscoa para todos. Aproveitemos da experiência das mulheres e de tantos que testemunharam com alegria que Ele vive, e saiamos ao encontro dos irmãos e irmãs para levar a eles a mesma alegria que nós também experimentamos, dizer aos outros, "não deixem que ninguém lhes roube o entusiasmo” parafraseando o que o disse o Papa Francisco.

Frei Geraldo Bezerra de Sousa, OC
Província Carmelitana Pernambucana
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