No Domingo de Ramos a Igreja Católica solenemente inicia a
semana santa chamando a todos para caminhar com Jesus até ao calvário, seguir
seus passos cada dia.
O Domingo de Ramos se reveste de uma profunda mística da
acolhida alegre do Rei que vem montado num jumentinho, filho de jumenta como
bem expressa o Evangelho. Olhando para esse gesto de Jesus apresentado pelo
Evangelista, somos convidados a nos colocar no lugar de Jesus para compreender
o grande mistério desta semana que chamamos de Santa.
É significativo olhar para cada acontecimento celebrado ao
longo da semana, escutar cada leitura e tentar traduzir para nossos dias, a fim
de que sejamos capazes de ouvir de novo o canto de louvação do povo ao acolher
Jesus em Jerusalém, Jesus está chegando para o confronto com o poder religioso
do templo, suas lideranças e revelar definitivamente a Verdade no alto da Cruz
na sexta-feira Santa.
Jesus é traído por um do seu grupo, Judas personifica aquele
que não se abre às surpresas de Deus, por isso se atreve trair o Mestre, vendendo-O
por trinta moedas...
Não nos esqueçamos de voltar nossa atenção ao ato supremo de
Jesus que se dignou a permanecer no meio dos seus, ao reunir os apóstolos para
a ceia derradeira, indicando no gesto de lavar os pés a sua missão: "Eu vim para servir"!
Ele se despoja, se abaixa para lavar os pés dos apóstolos, enfrentando a
resistência de Pedro que diz, Mestre, tu não me lavarás os pés... Pedro não
havia entendido a dinâmica do Reino, Jesus faz com que ele compreenda que só
poderá fazer parte do seu grupo aqueles que servem, que se rebaixam.
Jesus deixa um exemplo simples, mas que tem suas implicações
na vida concreta, servir, repetir os mesmos gestos do Mestre, faça o mesmo, eis
o que Ele nos diz! O Mistério da Eucaristia não se permite a conceitos
limitados, por isso, cabe olhar para este grande mistério sem recorrer a
qualquer conceito, jamais algum conceito irá alcançar a grandiosidade deste
mistério.
Na sexta-feira da Paixão, voltemos nosso olhar para o
Mistério da Cruz, o ápice da Eucaristia, aqui entendemos a missão de Jesus,
doar sua vida inteira em prol da humanidade ferida pelo pecado, pela dor, pela
injustiça, o justo morre pelos injustos.
Depois da dor da paixão, resta-nos a esperança da vitória,
até mesmo um dos centuriões romanos reconheceu que Ele realmente era o Filho de
Deus. No sábado santo, nossa liturgia solenemente canta o canto da passagem
pascal, fazendo todo o itinerário da ação libertadora de Deus na história. A
Vigília pascal, muito longa, mas muito bonita, é marcado pela narração da
história do povo de Deus em vários momentos de suas vidas, que sempre guardaram
e fidelidade mesmo em meio a algumas infidelidades, resistências e etc. Agora,
Deus faz uma aliança eterna na entrega seu filho, agora vamos entender o que
Jesus falava quando estava entre os seus... Os olhos começam a se abrir, os
corações começam a arder outra vez...
Ouve-se o canto do Aleluia recheado de uma esperança sempre renovada,
Deus é fidedigno não abandona seu filho, mas cumpre com sua palavra.
Que este tempo, não seja mais um tempo pascal, distante da
vida, descompromissado com o causa de Cristo. Podemos ter tomado parte de todos
os eventos até de forma solene, mas, podemos sem dúvida ter permanecido na
beleza encantadora dos ritos celebrados, dos incensos... Subido aos céus e ter esquecido
de retornar a realidade para viver a Páscoa na história concreta, em meio às
contradições existenciais lá onde a vida é negada, subjugado, desqualificada...
Viver a espiritualidade pascal e assumir as consequências do
Mistério Pascal, do Mistério da Cruz, entrar na dinâmica das chagas que
sinalizam a Paixão de Cristo em nossa vida, Ele ressuscitou, mas traz em si, as
marcas da Paixão.
Feliz páscoa para todos. Aproveitemos da experiência das
mulheres e de tantos que testemunharam com alegria que Ele vive, e saiamos ao
encontro dos irmãos e irmãs para levar a eles a mesma alegria que nós também
experimentamos, dizer aos outros, "não deixem que ninguém lhes roube o entusiasmo”
parafraseando o que o disse o Papa Francisco.
Frei Geraldo Bezerra de
Sousa, OC
Província Carmelitana
Pernambucana
Foto retirada da internet
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