A morte como caminho para a vida - 12º Domingo Comum “C” Lucas

A morte como caminho para a vida

Cristo tem uma identidade pessoal que salva e revela; e uma missão a cumprir. Para revelar sua identidade e cumprir sua missão, para salvar a verdade da sua vida, está ele disposto a tudo, até a perder a vida física. A decisão “incondicional” e absoluta de ser ele mesmo e cumprir a sua missão a “qualquer preço” é o ato supremo de fidelidade (obediência) a Deus.

Uma identidade a revelar  e uma missão a cumprir

Perder a própria vida física (morrer) é o “sinal”, o teste, a “prova” absoluta da fidelidade à própria identidade e à missão recebida do Pai; é, portanto, o ato pelo qual a vida é salva.


Ora, qual é a identidade de Cristo? Ele é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Jesus nos salva por aquilo que ele “é”. É a “reconciliação” entre o homem e Deus, a comunhão “perfeita” do homem com Deus. Mas é preciso acrescentar imediatamente: Jesus nos salva com aquilo que “faz”. E o que faz (a missão) depende da aceitação ou recusa da parte dos outros.

Jesus incita os apóstolos a dizer o que pensam dele, de sua identidade e missão (evangelho). Pedro responde: “Tu és o Cristo de Deus!” Os apóstolos, que refletem a mentalidade corrente, entendem o Messias de modo diferente de como entende Jesus. Eles pensam no Messias como poder. Jesus, como amor. Se Deus é amor, abertura, comunhão, não há outro caminho para ele, Homem-Deus, senão o do amor. Só um homem-amor pode ser a revelação do Deus-amor.

Rigorosamente falando, Jesus poderia ter reconduzido o homem a Deus, realizado a obra de “pacificação” do homem com Deus e dos homens entre si, também através do poder usado por amor. Mas o Homem-Jesus prefere cumprir a sua missão pelo amor “puro”, isto é, unicamente pelo amor, o apelo às consciências, a doação, o serviço, a paciência, a mansidão, os meios pobres. Porque este é o único caminho para a transformação dos corações.

Um amor fiel ao Pai e aos irmãos

Jesus jamais poderá aceitar ser o que seus compatriotas querem que ele seja. Será o que o Pai quer, a verdadeira imagem de Deus e a verdadeira imagem do homem, a verdadeira face de Deus e a verdadeira face do homem.

Jesus sabe que a fidelidade a esta decisão, de realizar o plano do Pai, num mundo dominado pelo pecado, lhe causará muito sofrimento, a recusa da parte do poder (anciãos, sumos sacerdotes e escribas) e, enfim, morte violenta.

Aceita livremente esta consequência da sua decisão, para não trair o amor fiel ao Pai e ao homem.

Pode-se imaginar o drama de consciência do Cristo; encarrega-se de realizar uma vocação messiânica, pretende levá-la a termo na mansidão e com meios pobres, e vê que não poderá levar até o fim a sua obra porque verá a morte antes da sua realização. E então? Sem dúvida Deus quer que se realize a missão messiânica de Jesus para além da morte. Deus não o abandonará na morte.

A morte violenta do Cristo tem duas faces; por um lado, revela a força do pecado, e por outro, a força do amor mais forte do que a morte. Paradoxalmente, a morte violenta de Cristo, enquanto ato de amor absoluto, é também a revelação de Deus ao homem e do homem a si mesmo.

A morte de Cristo é a ressurreição do homem

A morte de Cristo, enquanto ato de amor absoluto, é a “ressurreição do homem”, é a fonte da vida. Porque a vida tem suas raízes no amor. Uma fonte que a humanidade, consciente ou inconscientemente, atinge.

Cristo é o homem totalmente aberto, no qual os muros da existência são derrubados, de tal modo que ele é integralmente “passagem” (páscoa)... O futuro do homem depende da cruz, a redenção do homem é a cruz. E ele não se encontrará verdadeiramente a sim mesmo de outro modo, senão permitindo o derrubamento dos muros da própria existência, voltando o olhar para o “transpassado” (1ª leitura) e seguindo aquele que na condição de transpassado, de homem com o lado aberto, abriu o caminho para o futuro (J. Ratzinger)

·       Primeira Leitura: Profecia de Zacarias 12,10-11;13,1
·       Salmo: 62,2.abcd. 2e-4.5-6.8-9 (R. 2ce)
·       Segunda Leitura: Carta de São Paulo aos Gálatas 3,26-29
·       Evangelho: Lucas 9,18-24

Fonte: Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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