A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) celebrou na manhã desta terça-feira (28), durante a última reunião do
ano do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), a abertura do Ano Nacional do
Laicato. Iniciado oficialmente na Igreja
no Brasil, no domingo, 26, dia da Festa de Cristo Rei, se estenderá até 25 de
novembro de 2018.
O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, cardeal
Sergio da Rocha, deu início ao Ano Nacional do Laicato na CNBB com louvor e
gratidão a Deus e agradecendo aos leigos e leigas que já tem sido sujeitos na
Igreja em saída.
“Nós temos um longo caminho a percorrer para que, cada vez
mais, os fieis leigos e leigas possam ser de fato sujeitos na Igreja em saída e
sal da terra e luz do mundo”, disse.
Com o tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em
saída’, a serviço do Reino” e o lema “Sal da terra e luz do mundo”, o Ano do
Laicato é uma ocasião para toda Igreja no Brasil vivenciar intensamente, por
meio de orações, celebrações e reflexões. Além de motivar uma participação
maior dos leigos e leigas na vida da Igreja e da sociedade.
O bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal
Especial para o Ano do Laicato, dom Severino Clasen, disse há uma mobilização
positiva em relação ao Ano Nacional do Laicato.
“Chegou a hora dos leigos. Como disse o papa Francisco a um
cardeal ‘Não deixemos o relógio parar’. Nessa abertura, queremos externar toda
a gratidão a Deus pelo dom da vocação que Ele nos dá: a santidade”.
Emocionada, a presidente do Conselho Nacional do Laicato do
Brasil, Marilza Schuina, recordou o Concílio Vaticano II, que reconhece a comum
dignidade dos cristãos batizados filhos e filhas de Deus. Todos profetas, sacerdotes
e reis.
“A Igreja no Brasil, com o documento 105 da CNBB e a
proclamação do Ano Nacional do Laicato, tem como uma das suas razões
fundamentais essa eclesiologia do Vaticano II, ‘Leigo é Igreja’, no dizer do
documento 105 ‘É sujeito eclesial’, no dizer do papa Francisco, ‘É sujeito
eclesial primordial’. Que nós não deixemos passar desapercebido algo tão
simples que é o reconhecimento da vocação, identidade e missão do cristão leigo
e leiga, sujeito na Igreja e na sociedade”, ressaltou.
Representando o secretário executivo da Comissão Brasileira
de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Moura, o diretor executivo da Cáritas
Brasileira, Luiz Cláudio Lopes da Silva, Mandela, disse que, atualmente no
Brasil, são mais de 15 mil leigos e leigas que abraçaram parte do serviço que a
Igreja no Brasil promove enquanto missão evangélica que é o serviço de
organizar a solidariedade e a caridade que liberta.
“Que a gente possa nesse ano se aproximar cada vez mais. O
sonho da pastoral de conjunto na paróquia, na comunidade de base, na diocese se
concretize. Que esse ano possibilite muitos encontros de reflexão de
envolvimento, de abertura para o diálogo, de compreensão das várias identidades
que as pastorais e os organismos tem em cada paróquia, diocese e que a gente
consiga sair desse ano cada vez mais unido e comprometido com essa ação da
pastoral de conjunto”, declarou.
No final, o cardeal deu a benção e lembrou que o grande
desafio é ser uma presença maior, um testemunho cristão mais efetivo nos
diversos ambientes e situações da sociedade, como o mundo da polícia, do
trabalho, economia e cultura.
“Nós temos a esperança de, terminado o Ano do Laicato, poder
realmente ter essa presença reforçada e valorizada através de ações concretas.
O desafio seja de uma presença comunitária, organizada dos leigos e leigas na
própria sociedade”.
Fonte: CNBB - Foto: CNBB
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