Primeira Leitura: Livro da Sabedoria
18,14-16; 19,6-9
Quando um tranquilo
silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso, a tua
palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se,
como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como
espada afiada, levava teu decreto irrevogável; defendendo-se, encheu tudo de
morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu. Então, a criação
inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de
seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo. Apareceu a nuvem
para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o
mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas se transformaram
em campo verdejante, por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos
por tua mão, contemplando coisas assombrosas. Como cavalos soltos na pastagem e
como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu
libertador. - Palavra do Senhor.
Comentário: O equilíbrio cósmico tem por
fim o bem do homem; a natureza está a seu serviço. Homem e natureza estão
indissoluvelmente unidos para conseguir a salvação que envolve todo o criado.
“Eis que eu crio novos céu e uma nova terra” (Is 65,17). “Eis que faço novas
todas as coisas” (Ap 21,5): salvação última que renovará o mundo, segundo o
primitivo desígnio de Deus. O povo de Israel, que transpõe o mar Vermelho, é
figura de toda a humanidade que entra em uma nova dimensão, a salvação de que
participa toda a criatura. Não seremos privados do mundo, da natureza, do
corpo, mas finalmente reconciliados com Deus, conosco, com as criaturas,
alcançaremos o fim para que todo ser foi criado. O centro dessa reconciliação e
comunhão é Jesus, pelo qual passamos da escravidão do pecado à libertação de
filhos de Deus. (Missal Cotidiano)
Salmo: 104 (105),2-3.
36-37. 42-43 (R. 5a)
Lembrai
sempre as maravilhas do Senhor!
Cantai, entoai salmos
para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é
santo, exulte o coração que busca a Deus! Matou na própria terra os
primogênitos, a fina flor de sua força varonil. Fez sair com ouro e prata o
povo eleito, nenhum doente se encontrava em suas tribos. Ele lembrou-se de seu
santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo
o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,1-8
Naquele tempo, Jesus contou aos discípulos uma
parábola, para
mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: “Numa cidade havia um juiz que não temia
a Deus, e não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que
vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’
Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus,
e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe
justiça, para que ela não venha agredir-me!’” E o Senhor
acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus
escolhidos, que dia e noite gritam por ele?
Será
que vai fazê-los esperar? Eu vos
digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que
ainda vai encontrar fé sobre a terra?” - Palavra da Salvação.
Comentário: A parábola da viúva corajosa,
disposta a fazer valer os seus direitos contra tudo e contra todos, visa a
instruir os discípulos a rezar sempre, sem desanimar jamais. Qual é a imagem de
Deus e a imagem do ser humano orante, nela veiculadas? De acordo com a tradição
bíblica, Deus é o defensor dos pobres e injustiçados, seus eleitos. O
Deuteronômio proclama que "Deus faz justiça ao órfão e à viúva; e ama o
estrangeiro, dando-lhe alimento e veste". Embora sua justiça tarde em
manifestar-se, ela se manifestará na certa. O orante é, fundamentalmente, o
indigente, privado de qualquer apoio externo, e que conta somente com a
proteção divina, de maneira resoluta, mas sem fatalismo nem acomodação. Sabe o
que espera de Deus e tem plena certeza de que obterá. Posicionando-se contra
todas as forças adversas, o orante vai em frente, sem deixar sua fé esmorecer.
Antes, a adversidade torna-o cada vez mais obstinado em alcançar o fim almejado.
Para a comunidade perseguida, a parábola era um incentivo para seguir adiante,
embora a intervenção divina tardasse a acontecer. O silêncio de Deus não pode
ser tomado como omissão ou desprezo por seus eleitos. No momento oportuno, a
justiça será feita. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo - 18 de
Novembro
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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