Liturgia Diária Comentada 18/11/2017 32ª Sábado do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro da Sabedoria 18,14-16; 19,6-9

Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso, a tua palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se, como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como espada afiada, levava teu decreto irrevogável; defendendo-se, encheu tudo de morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu. Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo. Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas se transformaram em campo verdejante, por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos por tua mão, contemplando coisas assombrosas. Como cavalos soltos na pastagem e como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador. - Palavra do Senhor. 

Comentário: O equilíbrio cósmico tem por fim o bem do homem; a natureza está a seu serviço. Homem e natureza estão indissoluvelmente unidos para conseguir a salvação que envolve todo o criado. “Eis que eu crio novos céu e uma nova terra” (Is 65,17). “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5): salvação última que renovará o mundo, segundo o primitivo desígnio de Deus. O povo de Israel, que transpõe o mar Vermelho, é figura de toda a humanidade que entra em uma nova dimensão, a salvação de que participa toda a criatura. Não seremos privados do mundo, da natureza, do corpo, mas finalmente reconciliados com Deus, conosco, com as criaturas, alcançaremos o fim para que todo ser foi criado. O centro dessa reconciliação e comunhão é Jesus, pelo qual passamos da escravidão do pecado à libertação de filhos de Deus. (Missal Cotidiano)

Salmo: 104 (105),2-3. 36-37. 42-43 (R. 5a)
Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Matou na própria terra os primogênitos, a fina flor de sua força varonil. Fez sair com ouro e prata o povo eleito, nenhum doente se encontrava em suas tribos. Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,1-8

Naquele tempo, Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: “Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’” E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?- Palavra da Salvação.

Comentário: A parábola da viúva corajosa, disposta a fazer valer os seus direitos contra tudo e contra todos, visa a instruir os discípulos a rezar sempre, sem desanimar jamais. Qual é a imagem de Deus e a imagem do ser humano orante, nela veiculadas? De acordo com a tradição bíblica, Deus é o defensor dos pobres e injustiçados, seus eleitos. O Deuteronômio proclama que "Deus faz justiça ao órfão e à viúva; e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e veste". Embora sua justiça tarde em manifestar-se, ela se manifestará na certa. O orante é, fundamentalmente, o indigente, privado de qualquer apoio externo, e que conta somente com a proteção divina, de maneira resoluta, mas sem fatalismo nem acomodação. Sabe o que espera de Deus e tem plena certeza de que obterá. Posicionando-se contra todas as forças adversas, o orante vai em frente, sem deixar sua fé esmorecer. Antes, a adversidade torna-o cada vez mais obstinado em alcançar o fim almejado. Para a comunidade perseguida, a parábola era um incentivo para seguir adiante, embora a intervenção divina tardasse a acontecer. O silêncio de Deus não pode ser tomado como omissão ou desprezo por seus eleitos. No momento oportuno, a justiça será feita. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo - 18 de Novembro

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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