Liturgia Diária Comentada 01/11/2017 30ª Quarta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Carta de São Paulo aos Romanos 8,26-30

Irmãos, também, o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, esses ele predestinou a ser conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou. - Palavra do Senhor. 

Comentário: Entre o confuso monossílabo balbuciado pela criancinha e o discurso do advogado de renome há boa diferença. Mas a mãe entende bem o balbucio do filhinho, porque o ama. O amor é o melhor intérprete. Deus nos ama; seu amor é tão forte que é o Espírito Santo. Ele é que dá sentido à pobre linguagem de nossa prece. Fá-lo em silêncio, com “gemidos indizíveis”, intraduzíveis em nossa linguagem cotidiana. O Espírito não opera na frequência de onda do fracasso humano. Temos necessidade de erradicar o verbalismo rumoroso de nossa oração. O silêncio é preferível à multiplicação de palavras. A retórica vazia faz mal especialmente quando se quer seriamente rezar: “Seja vossa linguagem: sim, sim; não, não. O que excede isso é mal”. Também na oração. (Missal Cotidiano)

Salmo: 12 (13),4-5. 6 (R. 6a)
Senhor, eu confiei na vossa graça!

Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me! Não deixeis que se me apague a luz dos olhos e se fechem, pela morte, adormecidos! Que o inimigo não me diga: “Eu triunfei!” Nem exulte o opressor por minha queda. Uma vez que confiei no vosso amor, meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 13,22-30

Naquele tempo, Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”. - Palavra da Salvação.

Comentário: Jesus recusa-se a entrar na discussão casuística sobre quem se salvará, por considerá-la inútil. Importante para ele era empenhar-se, com sinceridade, por viver uma vida agradável a Deus, e assim, ser acolhido por ele, no final da caminhada terrena. As palavras do Mestre são uma denúncia contra aqueles que se iludem pensando ter garantido uma vaga no céu, quando, de fato, estão vagando longe da salvação. "Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas praças" dizem os que se iludem pensando que, no Reino de Deus, tem valor evocar determinadas procedências étnicas, práticas religiosas ou formação cultural como privilégios para se ingressar nele. É a falsa segurança dos judeus, mormente, dos fariseus. Mas pode ser também a falsa segurança da comunidade cristã. Sem a prática da justiça e da caridade, sem um amor entranhado ao semelhante, de nada valerá evocar, diante de Deus, a condição de cristão para se ingressar no Reino. Se neste existem privilegiados, estes são os pobres, os marginalizados, os oprimidos, os desclassificados. Ou seja, os que estão reduzidos a uma condição tão deplorável, a ponto de não conseguirem voltar-se para Deus, a fim de exigir dele a salvação. Quiçá, no seu entender, a salvação esteja fora de seus horizontes. Para que preocupar-se com ela? Quem se considera privilegiado, não procurando vivenciar o amor, será expulso do Reino; ao passo que os últimos serão acolhidos pelo Senhor. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Dia de Todos os Santos - 1º de novembro - Solenidade

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Um comentário:

  1. Comentários riquíssimos, alimentam e aquietam o nosso espírito. Deus abençoe vocês queridos irmãos e irmãs que se doam na oferta te tão rico e indispensável alimento.

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