Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos celebrar com alegria a festa
do apóstolo São Tomé, para que sejamos sempre sustentados por sua proteção e
tenhamos a vida pela fé no Cristo que ele reconheceu com Senhor. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Embora na nossa
memória a presença de São Tomé faça sempre pensar em incredulidade e nos lembre
daqueles que "precisam ver para crer", sua importância não se resume
a permitir a inclusão na Bíblia da dúvida humana. Ela nos remete, também, a
outras fraquezas naturais do ser humano, como a aflição e a necessidade de
clareza e pé no chão. Mas, e principalmente, mostra a aceitação dessas
fraquezas por Deus e seu Filho no projeto de sua vinda para nossa salvação.
São três as grandes
passagens do apóstolo Tomé no livro sagrado. A primeira é quando Jesus é
chamado para voltar à Judéia e acudir Lázaro. Seu grupo tenta impedir que se
arrisque, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado. Mas
ele disse que iria assim mesmo e, aflito, Tomé intima os demais: "Então vamos também e morramos
com ele!"
Na segunda
passagem, demonstra melancolia e incerteza. Jesus reuniu os discípulos no
cenáculo e os avisou de que era chegada a hora do cumprimento das determinações
de seu Pai. Falou com eles em tom de despedida, conclamando-os a segui-lo:
"Para onde eu vou vocês sabem. E também sabem o caminho". Tomé queria
mais detalhes, talvez até tentando convencer Jesus a evitar o sacrifício:
"Se não
sabemos para onde vais, como poderemos conhecer o caminho?". A
resposta de Jesus passou para a história: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém
vai ao Pai senão por mim".
E a terceira e
definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do apóstolo. Foi justamente
quando todos lhe contaram que o Cristo havia ressuscitado, pois ele era o único
que não estava presente ao evento. Tomé disse que só acreditaria se visse nas
mãos do Cristo o lugar dos cravos e tocasse-lhe o peito dilacerado. A dúvida em
pessoa, como se vê. Mas ele pôde comprovar tanto quanto quis, pois Jesus lhe
apareceu e disse: "Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos!... Não sejas
incrédulo, acredita!" Dessa forma, sua incredulidade tornou-se apenas mais
uma prova dos fatos que mudaram a história da humanidade.
O apóstolo Tomé ou
Tomás, como também é chamado, tinha o apelido de Dídimo, que quer dizer
"gêmeo e natural da Galiléia". Era pescador quando Jesus o encontrou
e o admitiu entre seus discípulos.
Após a crucificação
e a ressurreição, pregou entre os medos e os partas, povos que habitavam a
Pérsia. Há também indícios de que tenha levado o Evangelho à Índia, segundo as
pistas encontradas por São Francisco Xavier no século XVI. Morreu martirizado com uma lança no ano 72
em Madras / Índia, segundo a antiga tradição cristã. Sua festa é
comemorada em 3 de julho.
Fonte:
Edições Paulinas / Wikipédia / Missal Cotidiano
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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