Liturgia Diária Comentada 03/07/2017 13ª segunda-feira do Tempo Comum


Primeira Leitura: Carta de São Paulo aos Efésios 2,19-22

Irmãos, já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo Santo no Senhor. E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito. - Palavra do Senhor. 

Comentário: Nota-se logo a diferença entre a atitude do turista e a do habitante que conhece cada ângulo, e para quem cada roto é familiar. A quem se quisesse passar, na Igreja-comunidade de pessoas a mentalidade  “desligado” do visitante. Paulo lembra que esta é a família da Santíssima Trindade. Quem se sente desambientado, julga-se de fora e mantém distância, não é capaz de compreender, sob o arcabouço das estruturas institucionais, “também nós somos edificados em Cristo para nos tornarmos habitação de Deus no Espírito.” É a família das três Pessoas, em que nos sentimos de casa. O tempo passado com Jesus em oração ao Pai, no Espírito, é o tempo verdadeiro, tempo da realidade, em que estamos “em casa”. O outro tempo, o das ocupações ordinárias, toma daqui seu estilo. (Missal Cotidiano)

Salmo: 116(117),1-2 (R. Mc 16,15)
Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o! Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!

Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,24-29

Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir à marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” - Palavra da Salvação.

Comentário: A incredulidade de Tomé chama a atenção para os bloqueios para se chegar à fé. Ele estava bloqueado pelo materialismo, exigindo tocar, com o próprio dedo, nas marcas da crucificação deixadas no Ressuscitado. Existiam, porém, outros tipos de bloqueios. De tipo filosófico: o pensamento grego pregava a morte como um ideal. Falar em ressurreição, seria um contrassenso por significar a volta a um tipo de vida desprezível. De tipo religioso: Deus não podia ressuscitar uma pessoa submetida à morte dos malditos. De tipo sociológico: que importância tinha a vida do carpinteiro galileu, a ponto de merecer tal atenção de Deus? O aspecto mais importante da incredulidade consiste nas suas consequências práticas. Quem não acredita na ressurreição, dificilmente crê na possibilidade da vitória da vida sobre a morte, mesmo em algumas experiências simples. Não acredita no valor da vida em comunidade e no valor da união, em vista de lutar pela construção por um mundo melhor. Não acredita que, afinal, a violência não tem sentido e é importante criar uma sociedade baseada no respeito e no entendimento entre todos. Pensando noutra direção: os incrédulos dobram-se diante da maldade, da opressão e da injustiça, e capitulam quando se veem desafiados a fazer-lhes frente. A ordem de Jesus a Tomé - "Não sejas incrédulo, mas tenha fé" - vai além da simples denúncia de uma incredulidade teórica, e questiona seu modo de viver, ao se recusar a aceitar que o Mestre estava vivo. Portanto, a conversão do discípulo incrédulo passava, necessariamente, por uma mudança radical do seu agir. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

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