Jesus promete o Espírito de verdade a quem observa seus
mandamentos. Só quem faz o que agrada ao amigo pode dizer que está verdadeiramente
em comunhão com ele. Como Cristo sempre fez o que agradava ao Pai, aceitando
sem reservas o plano de salvação e executando-o com livre obediência, e assim
se manifestou como o "filho bem-amado", também quem crê em Cristo
entra na mesma corrente de amor, porque responde à escolha e à predileção do
Pai. O Espírito de Cristo ilumina agora os que creem para que continuem em sua
vida a atitude filial de Cristo. Não no sentido de que todos os pormenores
sejam codificados como mais importantes, mas no de que o amor filial escolha da
maneira mais justa em todas as circunstâncias, com liberdade e fidelidade.
Ainda não é cristão quem pratica os dez mandamentos, código elementar de comportamento
moral e religioso, mas quem é fiel ao único mandamento do amor, até dar a vida
em plena liberdade. Este amor faz passar da morte para a vida.
Os profetas do amor
Esse amor é também o melhor testemunho da novidade de vida
trazida por Cristo, porque é de outra ordem: não só o respeito da alteridade e
da liberdade dos outros, da sua dignidade de homens, mas o reconhecimento de
uma fraternidade baseada na adoção filial. Esse amor "teologal" dá
uma dimensão mais profunda ao esforço, comum aos não cristãos, de promoção e
libertação do homem, de construção de um mundo justo e pacífico. Essa lúcida
fidelidade ao homem, esse esforço incansável e desinteressado, é para o cristão
uma participação do amor criador de Deus, da páscoa do Senhor. Assim,
"santifica o Senhor Deus em seu coração" e responde a quem lhe
pergunta a razão da sua esperança (2ª leitura), remetendo, para além de sua
pessoa, Àquele que é a fonte do amor.
Vede como se amam
O amor dos cristãos dá testemunho do Cristo ressuscitado, de
dois modos. Primeiramente, o amor dos cristãos entre si. "Vede como se
amam diziam os pagãos sobre os primeiros cristãos. Hoje, os novos pagãos
pós-cristãos poderão dizer o mesmo ao olhar-nos? Ou o nosso comportamento só
levará a menosprezar e desconfiar do cristianismo e de sua insistência sobre o
amor? Certamente, falamos demais de amor, dele fazendo quase um gênero
literário; mas não o vivemos sinceramente entre nós, divididos como somos por
preconceitos, sectarismos, guetos diversos. Em segundo lugar, o amor dos
cristãos pelo mundo. Em cada época da história, a Igreja é chamada a dar uma
contribuição específica. Nos séculos passados empenhou-se em salvaguardar e
difundir a cultura, entregou-se às obras assistenciais em beneficio dos pobres
e indigentes, fundou hospitais, cuidou da instrução do povo, criou os primeiros
serviços sociais. Hoje tudo isso é em geral assumido pelo Estado, e a obra que
a Igreja ofereceu durante séculos tende a terminar. O Estado deve preocupar-se
com a difusão da cultura, com a instrução, a escola, a assistência e todo tipo
de serviço social.
Liberada dessas tarefas, cabe agora à Igreja oferecer à
humanidade sua contribuição original e única: o sentido e o valor construtivo
do amor.
Que pede o mundo de hoje
ao cristão?
A mais importante exigência a que devemos atualmente
responder não está acaso em contribuir para suprimir as divisões entre os
homens e lutar contra todos os ódios? Se a humanidade que não crê mais em Deus,
se o homem racional e ateu está mais avançado em outros pontos, não estará
talvez menos avançado neste?
O Estado assistencial poderá criar estruturas perfeitas. Mas
de que servirão se os homens que as devem animar não forem movidos por um
profundo amor pelo homem? Esta é a ação dos cristãos, engajados ao lado dos
outros homens no esforço por criar um mundo novo, mais justo e com mais
respeito pelo homem. Lembrar que o motor de todo verdadeiro progresso é o amor
e só o amor. Sem amor o próprio progresso pode se voltar contra o homem e
destruí-lo ou aliená-lo. Procura-se um amor que salve o homem todo: sua
dignidade, sua liberdade, sua necessidade de Deus, seu destino ultra terreno.
Um amor concreto, que se interesse pelos que estão perto e a quem se pode
prestar algum auxílio. Um amor que vai até onde nenhum outro pode ir.
·
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 8,5-8.14-17
·
Salmo: 65,1-3a.4-5.6-7a. 16.20 (R.1.2a)
·
Segunda Leitura: Primeira Carta de
São Pedro 3,15-18
·
Evangelho: de Jesus Cristo segundo João
14,15-21
Fonte:
Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet
caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.
DEIXE SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja
Católica
Se
desejar receber nossas atualizações de uma forma rápida e segura, por favor,
faça sua assinatura, é grátis.
Acesse nossa pagina: https://ocristaocatolico.blogspot.com.br/ e cadastre seu e-mail para recebimento automático,
obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude-nos a melhorar nossa evangelização, deixe seu comentário. Lembre-se no seu comentário de usar as palavras orientadas pelo amor cristão.
Revista: "O CRISTÃO CATÓLICO"
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica