
Sem haver violência alguma em suas mãos, teve também que
sofrer aquele que não cometeu pecado e em cuja boca não se encontrou falsidade;
no entanto, pela nossa salvação, suportou o tormento da cruz. Foi ele o único
que elevou a Deus uma oração pura, pois mesmo em meio aos sofrimentos da paixão
orou por seus perseguidores, dizendo: Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que
fazem! (Lc 23,34).
Quem poderá dizer ou pensar uma oração mais pura do que esta
em que se pede misericórdia por aqueles mesmos que infligem a dor? Por isso, o
sangue de nosso Redentor, derramado pela crueldade dos perseguidores, se
transformou depois em bebida de salvação para os que nele acreditariam e o
proclamariam Filho de Deus.
Acerca deste sangue, continua com razão o texto sagrado: Ó
terra, não cubras o meu sangue, nem sufoques o meu clamor (Jó 16,18). E ao
homem pecador foi dito: És pó e ao pó hás de voltar (Gn 3,19).
A terra, de fato, não ocultou o sangue de nosso Redentor,
pois qualquer pecador, ao beber o preço de sua redenção, o proclama e louva e,
como pode, o manifesta aos outros.
A terra não cobriu também o seu sangue porque a santa Igreja
já anunciou em todas as partes do mundo o mistério de sua redenção.
Notemos no que se diz a seguir: Nem sufoques meu clamor. O
próprio sangue da redenção, por nós bebido, é o clamor de nosso Redentor. Por
isso diz também Paulo: Vós vos aproximastes da aspersão do sangue mais
eloquente que o de Abel (Hb 12,24). E do sangue de Abel fora dito: A voz do
sangue de teu irmão está clamando da terra por mim (Gn 4,10).
O sangue de Jesus é mais eloquente que o de Abel, porque o
sangue de Abel pedia a morte do irmão fratricida, ao passo que o sangue do
Senhor obteve a vida para seus perseguidores.
Assim, para que não nos seja inútil o sacramento da paixão
do Senhor, devemos imitar aquilo que recebemos e anunciar aos outros o que
veneramos.
O clamor de Cristo fica sufocado em nós, se a língua não
proclama aquilo em que o coração acredita. Para que esse clamor não seja
sufocado em nós, é preciso que, na medida de suas possibilidades, cada um
manifeste aos outros o mistério de sua vida nova.
São
Gregório Magno (540/604)
Papa e Doutor da
Igreja
Comentários sobre o livro de
Jó, de São Gregório Magno
Fonte: Liturgia das Horas
Foto retirada da internet
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