Prefácio da Quaresma - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Cor: Roxo - Ano “A” Mateus
Antífona: Salmo 16,6.8 Eu vos chamo, meu
Deus, porque me atendeis; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a
pupila dos olhos à sombra das vossas asas abrigai-me.
Oração do Dia: Ó Deus, que a vossa graça não nos abandone, mas nos
faça dedicados ao vosso serviço e aumente sempre em nós os vossos dons. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Profecia de Daniel
3,25.34-43
Naqueles dias: Azarias parou e, de pé,
começou a rezar; abrindo a boca no meio do fogo, disse: Oh! não nos desampares
nunca, nós te pedimos, por teu nome, não desfaças tua aliança nem retires de
nós tua benevolência, por Abraão, teu amigo, por Isaac, teu servo, e por
Israel, teu Santo, aos quais prometeste multiplicar a descendência como estrelas
do céu e como areia que está na beira do mar. Senhor, estamos hoje reduzidos ao
menor de todos os povos, somos hoje o mais humilde em toda a terra, por causa
de nossos pecados; neste tempo estamos sem chefes, sem profetas, sem guia, não
há holocausto nem sacrifício, não há oblação nem incenso, não há um lugar para
oferecermos em tua presença as primícias, e encontrarmos benevolência; mas, de
alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos, e como nos holocaustos
de carneiros e touros e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos,
assim se efetue hoje nosso sacrifício em tua presença, e tu faças com que te
sigamos até o fim; não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança. De
agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-te, temer-te, buscar tua
face; não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo
a tua imensa misericórdia; liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna
teu nome glorificado, Senhor. - Palavra do Senhor.
Comentário: Deus educou progressivamente
seu povo para passar dos sacrifícios cruentos e materiais ao sacrifício de
oblação espiritual que envolve o oferente. Depois da reação dos profetas, mesmo
estéril, o tempo do exílio favorece uma expressão mais marcada dos sentimentos
de humildade e de pobreza e a consciência de que o sentimento pessoal constitui
o essencial do sacrifício. O sacrifício do Sérvio sofredor torna-se o tipo do
sacrifício futuro; a oração do perseguido vale tanto quanto os sacrifícios de
cabritos e cordeiros. Cristo insere-se nesta visão. Sua obediência, sua pobreza
e total disponibilidade constituem a matéria de seu sacrifício. Por sua vez o
sacrifício cristão se insere no sacrifício de Cristo: uma vida de obediência e
de amor que adquire seu valor litúrgico por sua associação a Cristo. Um culto
que não fosse a expressão de semelhantes “sacrifício espiritual” perderia
radicalmente seu sentido. (Missal Cotidiano)
Salmo: 24, 4bc-5ab. 6-7.
8-9 (R. 6a)
Recordai,
Senhor, a vossa compaixão!
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e
fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação.
Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura
e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois
misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!
O Senhor é piedade e retidão, e reconduz
ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres
ele ensina o seu caminho.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,21-35
Naquele
tempo: Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo
perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: Não
te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é
como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou
o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não
tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto
com a mulher e seus filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O
empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e prostrado, suplicava: ‘Dá-me um
prazo! e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o
empregado e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair dali,
aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem
moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O
companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’.
Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que
pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram
muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou
chamá-lo e lhe disse: ‘Servo perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque
tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como
eu tive compaixão de ti?’ O patrão indignou-se e mandou entregar aquele
empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que meu
Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu
irmão. - Palavra
da Salvação.
Comentários:
O
Evangelho nos surpreende muitas vezes ao usar determinados termos que, à
primeira vista, nos parecem totalmente descabidos em relação a Deus. O texto de
hoje nos mostra Deus indignado por causa da falta de perdão. Como pode Deus
indignar-se, o Altíssimo ter a sua dignidade ferida? Este texto nos mostra uma
realidade muito profunda: se o pecado fere a dignidade humana, a ausência do
perdão fere a dignidade divina. Por quê? Porque Deus é amor, é misericórdia, e
negar o amor e a misericórdia é negar o próprio Deus na sua essência. Negar o
perdão é negar que Deus é amor e misericórdia e impedir que ele aja com amor e
misericórdia em relação a nós mesmos, e impedir a ação misericordiosa de Deus é
causar-lhe indignação. (CNBB)
Conviver
é uma arte. Não basta boa vontade e paciência para que o relacionamento
interpessoal seja perfeito. Embora com todas as precauções, é grande a
possibilidade de desentendimento entre pessoas amigas, e até mesmo entre
cristãos convictos. Entretanto, a questão não reside na ruptura, e sim, na
disposição a refazer os laços de amizade rompidos. Ninguém pode garantir que
uma única reconciliação seja suficiente para cimentá-los, para sempre. É
possível que outras rupturas aconteçam, pelo mesmo motivo. A tendência humana é
impor limites bem definidos a esta situação. "A paciência tem limite"
- assim justificamos a ruptura definitiva. O discípulo de Jesus defronta-se com
a lição de perdoar, toda vez que for ofendido. É exortado a fazer frente a uma
tendência humana muito forte, a de não perdoar. O motivo apresentado pelo
Mestre é inquestionável: é assim que somos perdoados pelo Pai. Quem se julga
tão fiel a Deus a ponto de estar seguro de jamais correr o risco de pecar? Só
um insensato poderá ter tal pretensão. Todos somos pecadores e precisamos do
perdão de Deus. Da mesma forma, quando alguém precisar do nosso perdão, por
respeito a Deus somos obrigados a concedê-lo. Trata-se de dar o que também
recebemos. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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