Foi a primeira
festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das
dádivas (strenae) e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931
era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso
passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus,
oito dias após ter nascido.
Num certo sentido,
todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade, começando pela
solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria
concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio
aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu
na noite de Belém.
Ela assumiu para si
a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria
também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome
da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto
de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos
tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente
"racionalismo espiritualista", como registram alguns autores.
A comemoração de
Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia
encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno
onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que
personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar
Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos
tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.
Oração: Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a
salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos
trouxe o autor da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém. Santa Mãe Maria, rogai por nós!
11 DE FEVEREIRO - NOSSA
SENHORA DE LOURDES
Em 11 de fevereiro,
a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora de Lourdes, relembrando as aparições
da Mãe de Deus em Lourdes, uma pequena cidade francesa localizada nos Pirineus,
quase na fronteira com a Espanha. A história das aparições de Nossa Senhora em
Lourdes é inseparável da vida de Santa Bernadete Soubirous. A família
Soubirous, formada por Francisco, o pai, Luísa, a mãe, Bernadete, Toinette,
João Maria e Justino, os filhos, eram os mais pobres da região. Por isso,
Bernadete apanhou asma, com que sofreu até morrer.
Em 11 de fevereiro
de 1858, a pedido da mãe, Bernadete, sua irmã Toinette e uma vizinha Jeanne
Abadie, foram até as margens do rio Gave apanhar lenha para o fogão. Ao chegar
às margens do canal que trazia a água dos moinhos, perto da gruta Massabiele,
Toinette e Jeanne o atravessaram logo porque a água estava rasa. Bernadete
hesita um pouco por causa da temperatura da água e das recomendações de sua
mãe, que lhe dissera para tomar cuidado por causa de sua asma. Resolve seguir
as companheiras e se abaixa para tirar as meias. Ouve, então, um ruído como um
sopro de um vento impetuoso.
Olhando para as
árvores, vê que galhos e folhas não se mexiam e volta a abaixar-se para retirar
as meias quando escuta novo barulho de vento. Mais uma vez levanta os olhos e
percebe o brilho de uma luz, dentro de um buraco na parede, logo acima de uma
roseira brava. Havia, dentro da luz, uma jovem maravilhosa, com os braços
abertos numa atitude de acolhimento, como se a estivesse chamando. Usava um
longo cinto azul na cintura, um véu transparente sobre os cabelos e tinha,
sobre cada pé, descalço uma rosa dourada.
Em 18 de janeiro de
1862, depois de quatro anos de reflexão acerca desses fatos, de pesquisá-los e
de interrogar seus protagonistas, o Sr. Bispo da Diocese de Tarbes reconheceu
oficialmente as aparições da Virgem Mãe de Deus declarando: Julgamos que a Mãe
de Deus, a Imaculada, realmente apareceu a Bernadete Soubirous na Gruta
Massabiele, perto da cidade de Lourdes, em 11 de fevereiro e nos dias
seguintes, por dezoito vezes, e que esta aparição tem características da
verdade.
ORAÇÃO (Papa Pio XII): Dóceis ao convite
de vossa voz maternal, Ó Virgem Imaculada de Lourdes, acorremos a vossos pés
junto da humilde gruta onde vos dignastes aparecer para indicar aos que se
extraviam, o caminho da oração e da penitência, e para dispensar aos que
sofrem, as graças e os prodígios da vossa soberana bondade.
Recebei, Rainha compassiva, os louvores e as súplicas que os povos e as
nações oprimidos pela amargura e pela angústia elevam confiantes a vós. Ó
resplandecente visão do paraíso, expulsai dos espíritos - pela luz da fé - as
trevas do erro. Ó místico rosário com o celeste perfume da esperança, aliviai
as almas abatidas. Ó fonte inesgotável de água salutar com as ondas da divina
caridade, reanimai os corações áridos.
Fazei que todos nós, que somos vossos filhos por vós confortados em
nossas penas, protegidos nos perigos, sustentados nas lutas, nos amemos uns aos
outros e sirvamos tão bem ao vosso doce Jesus que mereçamos as alegrias eternas
junto a vosso trono no céu. Amém.
25 DE MARÇO - ANUNCIAÇÃO DE
NOSSA SENHORA
A visita do Arcanjo
Gabriel à Virgem Maria, quando esta se encontrava em Nazaré, cidade da
Galiléia, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do
Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova.
Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na
boca e no coração de todos os católicos: a Ave Maria.
Maria era uma jovem
simples, noiva de José, um carpinteiro descendente direto da linhagem da casa
de Davi. A cerimônia do matrimônio daquele tempo, entretanto, estabelecia que
os noivos só teriam o contato carnal da consumação depois de um ano das
núpcias. Maria, portanto, era virgem.
Maria perturbou-se
ao receber do anjo o aviso que fora escolhida para dar a luz ao Filho de Deus,
a quem deveria dar o nome de Jesus, e que Ele era enviado para salvar a
Humanidade e cujo Reino seria eterno. Sim porque Deus, que na origem do Mundo
Criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu depender da palavra
de um frágil ser humana, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do
Redentor da Humanidade.
Por isso a data de
hoje marca e festeja este evento que se trata de um dos mistérios mais sublimes
e importantes da História do homem na Terra: a chegada do Messias, profetizada
séculos antes no Antigo Testamento. Episódio que está narrado em várias
passagens importantes do Novo Testamento. A festa da Anunciação do Anjo à
Virgem Maria, Lc 1,26-38, é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir
do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal, só é transferida quando
coincide com a Semana Santa.
Oração: Ó Deus, quisestes que vosso Verbo, se fizesse homem no seio da Virgem
Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém. Santa Mãe
de Deus, rogai por nós!
02 DE ABRIL - NOSSA SENHORA DO
DESTERRO
Este título de
Nossa Senhora tem fundamento bíblico. Afirma o evangelista Mateus que, após a
partida dos Reis Magos, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a São José e
disse: "Levanta, toma o menino, a sua Mãe e foge para o Egito; permanece
lá até que eu te avise, porque Herodes procura o menino para o matar.
Levantando-se de noite, ele tomou o menino e a mãe, e partiu para o
Egito". (Mt 2,13-14)
Nossa Senhora do
Desterro é muito venerada na Itália como a "Madonna degli Emigrati",
sendo padroeira daqueles que foram obrigados a deixar sua pátria para se
refugiarem ou a fim de procurar trabalho no estrangeiro. Ela tem sido a Mãe
Amorosa para todos os que, saudosos de sua terra natal, imploram cheios de fé e
de amor o auxílio da Virgem do Desterro a fim de encontrarem compreensão e
simpatia na terra adotiva.
ORAÇÃO: Ó Bem-aventurada Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo
Salvador do Mundo, Rainha do Céu e da Terra, advogada dos pecadores,
auxiliadora dos cristãos, protetora dos pobres, consoladora dos tristes, amparo
dos órfãos e viúvas, alívio das almas penantes, socorro dos aflitos,
desterradora das indigências, das calamidades, dos inimigos corporais e
espirituais, da morte cruel dos tormentos eternos, de todo bicho e animal
peçonhentos, dos maus pensamentos, dos sonhos pavorosos, das cenas terríveis e
visões espantosas, do rigor do dia do juízo, das pragas, dos incêndios,
desastres, bruxarias e maldições, dos malfeitores, ladrões, assaltantes e
assassinos.
Minha amada mãe, eu
prostrado agora aos vossos pés, com piedosíssimas lágrimas, cheio de
arrependimento das minhas pesadas culpas, por vosso intermédio imploro perdão a
Deus infinitamente bom. Rogai ao vosso Divino Filho Jesus, por nossas famílias,
para que ele desterre de nossas vidas todos estes males, nos dê perdão de
nossos pecados e nos enriqueça com sua divina graça e misericórdia.
Cobri-nos com o
vosso manto maternal, ó divina estrela dos montes. Desterrai de nós todos os
males e maldições. Afugentai de nós a peste e os desassossegos.
Possamos, por vosso
intermédio, obter de Deus a cura de todas as doenças, encontrar as portas do
Céu abertas e convosco ser felizes por toda a eternidade. Amém.
13 DE MAIO - NOSSA SENHORA DE
FÁTIMA
No dia 5 de maio de
1917, o mundo ainda vivia os horrores da Primeira Guerra Mundial, então o papa
Bento XV convidou todos os católicos a se unirem em uma corrente de orações
para obter a paz mundial com a intercessão da Virgem Maria. Oito dias depois
ela respondeu à humanidade através das aparições em Fátima, Portugal.
Foram três humildes
pastores, filhos de famílias pobres, simples e profundamente católicas, os
mensageiros escolhidos por Nossa Senhora. Lúcia, a mais velha, tinha dez anos,
e os primos, Francisco e Jacinta, nove e sete anos respectivamente. Os três
eram analfabetos.
Contam as crianças
que brincavam enquanto as ovelhas pastavam. Ao meio-dia, rezaram o terço. Porém
rezaram à moda deles, de forma rápida, para poder voltar a brincar. Em vez de
recitar as orações completas, apenas diziam o nome delas: "ave-maria,
santa-maria" etc. Ao voltar para as brincadeiras, depararam com a Virgem
Maria pairando acima de uma árvore não muito alta. Assustados, Jacinta e
Francisco apenas ouvem Nossa Senhora conversando com Lúcia. Ela pede que os
pequenos rezem o terço inteirinho e que venham àquele mesmo local todo dia 13
de cada mês, desaparecendo em seguida. O encontro acontece pelos sete meses
seguintes.
As aparições só
começaram a ser reconhecidas oficialmente pela Igreja na última delas, em 13 de
outubro, quando sinais extraordinários e impressionantes foram vistos por todos
no céu, principalmente no disco solar. Poucos anos depois, os irmãos Francisco
e Jacinta morreram. A mais velha tornou-se religiosa de clausura, tomando o
nome de Lúcia de Jesus, e permaneceu sem contato com o mundo por muitos anos.
O local das
aparições de Maria foi transformado num santuário para Nossa Senhora de Fátima.
Em 1946, na presença do cardeal representante da Santa Sé e entre uma multidão
de católicos, houve a coroação da estátua da Santíssima Virgem de Fátima. Em 13
de maio de 1967, por ocasião do aniversário dos cinquenta anos das aparições de
Fátima, o papa Paulo VI foi ao santuário para celebrar a santa missa a mais de
um milhão de peregrinos que o aguardavam, entre eles irmã Lúcia de Jesus, a
pastora sobrevivente, que viu e conversou com Maria, a Mãe de Deus. O papa Pio
XII, consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria a 31 de Outubro de
1942.
Oração: Santíssima virgem que nos montes de Fátima Vos dignastes a revelar a
três humildes pastorinhos os tesouros de graças contidas na prática do vosso
Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço, em que devemos ter esta
devoção, para Vos tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da nossa
Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de seus preciosos frutos e
alcancemos a graça, que Vos pedimos nesta oração, se for para maior glória de
Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Amém. Nossa Senhora de Fátima,
rogai por nós!
27 DE JUNHO - NOSSA SENHORA DO
PERPÉTUO SOCORRO
Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro é um título conferido a Maria, mãe de Jesus, representada em
um ícone de estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus
da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão. Um homem que ganhava a vida como
comerciante roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV.
Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma
violenta tempestade quase fez o navio naufragar. Após chegar em Roma, ele
adoeceu. Arrependido, contou a um amigo sua história e pediu para que ele devolvesse
o ícone a uma Igreja para ser venerado
pelos fiéis. A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva,
Nossa Senhora apareceu a sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o
quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja, ou na Igreja de São
João Latrão ou na de Santa Maria Maior. No dia 27 de março de 1499 o ícone foi
entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos.
Um ícone célebre é
venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso, dos redentoristas, na
Via Merulana. Tendo vindo da ilha de Creta e estado antes na Igreja de S.
Mateus, igualmente em Roma, onde tinha sido solenemente entronizado no ano de
1499, e do qual se contam muitos milagres e histórias. Em 19 de janeiro de
1866, o Papa Pio IX confiou o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos
missionários redentoristas, com a especial recomendação: “Fazei que todo o
mundo A conheça”. Para torná-lo conhecido e amado em todo o mundo outras cópias
seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção. Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas, cuja festa é
celebrada no dia 27 de junho.
Oração: Ó mãe do Perpétuo Socorro, nós vos suplicamos, com toda a força de
nosso coração, amparar a cada um de nós em vosso colo materno, nos momentos de
insegurança e sofrimento. Que o vosso olhar esteja sempre atento para não nos
deixar cair em tentação. Que em vosso silêncio aprendamos a aquietar nosso
coração e fazer a vontade do Pai. Intercedei junto ao Pai pela paz no mundo e
em nossas famílias. Abençoai todos os vossos filhos e filhas enfermos. Iluminai
nossos governantes e representantes, para que sejam sempre servidores do povo
de Deus. Concedei-nos ainda muitas e santas vocações religiosas, sacerdotais e
missionárias, para a maior difusão do Reino de vosso filho Jesus Cristo. Enfim
derramai nos corações de vossos filhos e filhas a Vossa Benção de amor e
misericórdia. Sede sempre o nosso Perpétuo Socorro na vida e principalmente na
hora da nossa morte. Amém. Mãe do Perpétuo Socorro, rogai por nós!
16 DE JULHO - NOSSA SENHORA DO
CARMO
A festa de Nossa
Senhora do Carmo é relacionada à Ordem Carmelitana, cuja origem é bem antiga.
Na Ordem Carmelitana tem-se a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo
aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria
nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos
de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação,
com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do
Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e
existido com o Título Servas de Maria.
Em 16 de julho de
1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe apareceu. Veio trazer-lhe
um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a Rainha do céu - eis o
escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de
privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo.
Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do
inferno". Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário
e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos.
Oração: Ó bendita e imaculada Virgem Maria,
honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem
traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o
manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder,
iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé,
a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a
tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me
na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima
Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e
bendizer-vos por toda a eternidade. Amém! Nossa Senhora do Carmo, rogai por
nós!
15 DE AGOSTO - NOSSA SENHORA DO
ASSUNÇÃO
No decorrer do ano
litúrgico a Igreja celebra três grandes festa a Virgem Maria: 1º de janeiro -
Maria Mãe de Deus, 15 de agosto – Assunção de Nossa Senhora (devido não ser
feriado transfere-se para o domingo seguinte), e 08 de dezembro – Imaculada
Conceição de Nossa Senhora.
Não há maior glória
do que a que recebeu Maria, escolhida para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus.
De seu ventre virginal nasceu o Salvador da humanidade. Por isso, Deus lhe
reservou a melhor das recompensas. Terminado seu tempo de vida terrestre, Maria
foi "assunta", isto é, levada ao céu em corpo e alma. O que a
tradição cristã diz é que Ela nem mesmo morreu, apenas "dormiu".
Narra também que foram os anjos Gabriel e Miguel que A levaram ao céu. Deus
queria conservar a integridade do corpo daquela que gerou seu Filho.
A solenidade da
Assunção da Virgem Maria existe desde os primórdios do catolicismo. No início
era celebrada a Dormição de Nossa Senhora. Esta festa veio a ser oficializada
para os católicos orientais no século VII com um edito do imperador bizantino
Maurício. No mesmo século a festa da Dormição foi introduzida também em Roma
pelo Papa Sérgio I, de origem oriental. Foi em 687, quando, em procissão, foi
até a basílica de Santa Maria Maior, celebrar o Santo Ofício. Mas foi preciso
transcorrer outro século para que o nome "dormição" cedesse o lugar
àquele mais explicito de assunção", usado até os nossos dias.
A Assunção de Maria
é dogma católico solenemente definido através da Constituição
“Munificentissimus Deus” do 1º. de novembro de 1950 pelo Papa Pio Xll, que
proclama a elevação em corpo e alma da Virgem Maria ao céu. Liturgicamente é
celebrada na Igreja Católica no domingo subsequente ao dia 15 de agosto. A
crença na Assunção é tradicional na Igreja, mas foi, sobretudo no século XVII
que se tornou objeto de uma verdadeira construção teológica em reação contra o
Jansenismo. Maria é dita pelo anjo Gabriel “cheio de graça”. Este é quase o
nome próprio da Virgem – o anjo não a chama “Maria” mas “cheia de graça”. (Lc.
1,28). Isto quer dizer que Maria nunca esteve sujeita ao império do pecado. Em consequência,
não podia ficar sob o domínio da morte, que entrou no mundo através do pecado
(Rm 5, 12). Sendo assim, é lógico dizer que ela não conheceu a deterioração da sepultura,
sendo glorificado não somente em sua alma, mas também em seu corpo.
ORAÇÃO: Ó
dulcíssima soberana, Rainha dos Anjos, bem sabemos que, miseráveis pecadores,
não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas, mas sabemos também que
a vossa grandeza não vos faz esquecer a nossa miséria e, no meio de tanta
glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta cada vez mais para
conosco. Do alto desse trono em que reinas sobre todos os anjos e santos,
volvei para nós os vossos olhos misericordiosos; vede a quantas tempestades e
mil perigos estaremos, sem cessar, expostos até o fim de nossa vida! Pelos
merecimentos de vossa bendita morte obtende-nos o aumento da fé, da confiança e
da santa perseverança na amizade de Deus, para que possamos, um dia, ir beijar
os vossos pés e unir as nossas vozes às dos espíritos celestes, para louvar e
cantar as vossas glórias eternamente no céu. Amém. Nossa Senhora da Assunção,
rogai por nós!
15 DE SETEMBRO - NOSSA SENHORA
DAS DORES
A devoção às dores
de Maria foi a princípio mais popular do que litúrgica, difundida
particularmente pelos Servitas e os Passionistas. O culto à Mater Dolorosa
iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua
veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem
dos Servos de Maria (Ordem Servita). Foi o Papa Pio VII que introduziu na
liturgia a celebração das dores de Maria. A participação dolorosa da Mãe do
Salvador em sua obra de salvação (Lc 2,33-35) é atestada na hora da cruz por
João, que a recebeu por Mãe (Jo 19,25-27). Atualmente, esta Memória se
concentra melhor sobre ela e sobre o sacrifício de Cristo que ela própria
oferece com ele ao Pai. O Papa Pio X fixou a data definitiva de 15 de Setembro,
conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida
a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e
mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa.
As Sete Dores de
Maria Santíssima: Aflição diante da profecia do velho Simeão; Angústias por
ocasião da fuga e permanência no Egito; Agonia pela perda do Menino Jesus,
quando este discutia no Templo com os doutores da Lei; Consternação quando
deparou seu divino Filho carregando a Cruz; Martírio ao assistir a agonia do
Redentor da humanidade; Ferida que seu Imaculado Coração sofreu no momento em
que a lança transpassou o Sagrado Coração de Jesus; Amargura em face do
sepultamento do Deus humanado.
Oração: Nossa Senhora das Dores, eu te apresento todas as minhas necessidades,
mágoas, tristezas, misérias e sofrimentos. Ó Mãe das dores e rainha dos
mártires, que tanto sofreste ao ver Vosso Filho flagelado, escarnecido e morto
para me salvar, acolhei minhas preces. Mãe amável, concedei-me uma verdadeira
contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida. Nossa Senhora das
Dores, que estiveste presente no calvário de Nosso Senhor Jesus Cristo, esteja
também presente nos meus calvários. Eu vos suplico esta graça que tanto
necessito. Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a
minha alma na aflição e no combate espiritual que a todo momento estou sujeito
a travar. Nossa Senhora das Dores, quando as dores vierem e os sofrimentos chegarem,
não me deixe desanimar. Mãe das dores envolva-me em Teu sagrado manto e
ajuda-me a passar pelo vale de lágrimas. Amém. Nossa Senhora das Dores, rogai
por nós!
12 DE OUTUBRO - NOSSA SENHORA
CONCEIÇÃO APARECIDA
Não bastasse ser um
dos maiores países católicos do planeta, o Brasil tem também um dos maiores
centros de peregrinação mariana da cristandade do mundo. Trata-se, é claro, do
Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo. A cidade foi batizada
com o nome da Senhora, "aparecida" das águas, mas o Brasil inteiro
também recebeu sua bênção desde o nascimento, graças aos descobridores e
colonizadores que a tinham como advogada junto a Deus nas desventuras das
expedições. A fé na Virgem Maria cresceu com os séculos e a confiança não
esmoreceu, só se fortaleceu.
Em 1717 três
pescadores, após frustrada tentativa de apanhar peixes no rio Paraíba do Sul
perto de Guaratinguetá/SP, colheram em suas redes o corpo de uma estátua de
Maria Santíssima e, depois, a cabeça da mesma. A este fato se seguiu farta
pescaria, que surpreendeu os três homens. Tendo limpado e recomposto a imagem,
expuseram-na à veneração dos fiéis em casas de família. Verificaram-se, porém,
alguns portentos, que chamaram a atenção do Padre José Alves Vilela, pároco de
Guaratinguetá. Este então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela capaz
de satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Tal capela foi
substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o
nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte). Em 1846 foi iniciada a
construção de templo mais vasto, que ainda hoje subsiste. No ano de 1980 foi
concluída monumental basílica, alvo de peregrinações numerosas durante o ano
inteiro.
Quanto ao amor do
nosso povo por Maria, em 1904 a imagem foi coroada, simbolizando a elevação da
Senhora como eterna "Rainha do Brasil", com todo o apoio popular. A
coroa foi oferecida pela princesa Isabel. Foi também por aclamação popular e a
pedido dos bispos brasileiros que, em 1930, o papa Pio XI proclamou solenemente
Nossa Senhora Aparecida a "padroeira oficial do Brasil". O dia de sua
festa, 12 de outubro, desde 1988 é feriado nacional.
Oração: Ó Incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus, Rainha dos
Anjos, Advogada dos Pecadores, Refúgio e Consolação dos Aflitos, livrai-nos de
tudo o que possa ofender-vos e a vosso Santíssimo Filho, meu Redentor e querido
Jesus Cristo. Virgem bendita dê proteção a mim e a minha família das doenças,
da fome, assalto, raios e outros perigos que possam nos atingir. Soberana
Senhora dirige-nos em todos os negócios espirituais e temporais. Livrai-nos das
tentações do demônio para que trilhando o caminho da virtude, pelos
merecimentos de vossa puríssima Virgindade e o preciosíssimo sangue de vosso
Filho, vos possamos ver, amar, e gozar da eterna glória, por todos os séculos.
Amem!
08 DE NOVEMBRO - NOSSA SENHORA
MEDIANEIRA
Nossa Senhora
Medianeira de Todas as Graças é a invocação da mediação de Maria Santíssima
sobre os cristãos. Os cristãos sempre compreenderam, desde o início da Igreja,
que Maria era medianeira, isto é, intercessora entre Deus e a humanidade. No
ano de 1921 o Papa Bento XV, instituiu a festa de Nossa Senhora, Medianeira de
Todas as Graças. É a confiança da Igreja na mediação de Maria Santíssima junto
a seu Filho Jesus Cristo Redentor, para todas as pessoas que a ela recorrem.
Por isso essa devoção se difundiu rapidamente por todo o mundo.
A Veneração a Nossa
Senhora Medianeira de Todas as Graças, Mãe de Jesus, vem dos tempos do início
do Cristianismo, pelo fato de Maria ter feito sempre a Vontade do Pai e de
sempre ter acompanhado seu Filho Jesus.
De estar sempre com os apóstolos, como disse o próprio Jesus a João Eis
ai tua Mãe. Portando essa devoção teve inicio no próprio evangelho. Maria, no
princípio, colaborou com o plano de Deus para a humanidade, na Encarnação de
Jesus e no final, em sua Redenção. Presente na hora da morte de Jesus, ela foi
o sustento que os Apóstolos necessitavam. Se tornando a Medianeira, a Mãe de
todas as horas, desde o início da Igreja no Cenáculo, quando todos receberam o
Espírito Santo.
No século XIX, o
termo medianeira aparece na bula papal Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, e em
vários encíclicas sobre o rosário do Papa Leão XIII4 5 . O Papa Pio X utilizado
o termo na encíclica Ad Diem illum e o Papa Bento XV introduziu uma nova festa
Mariana em que ela é colocada como Medianeira de todas as graças (em 1921). O
Papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Mater afirma que Jesus é o mediador
entre Deus e o homem e Maria é a medianeira entre Deus e o homem.
Oração: Pelas mãos de Maria, Medianeira de todas as Graças, minha Mãe do Céu,
aceitai as minhas alegrias e dores, minhas esperanças e desenganos, minhas
folgas e meu trabalho, em remissão de meus pecados, para a felicidade do meu
próximo e pelas almas do purgatório. Fazei Senhor, que aumente em minha alma, o
amor de Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a mim mesmo. Faço a
intenção de lucrar todas as Indulgências aplicadas a meus atos de piedade nesse
dia, a fim de que a sinceridade e a bondade de meu coração caracterizem todos
os meus pensamentos, todas as minhas palavras e todas as minhas obras. Em nome
do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém. Nossa Senhora Medianeira de todas as
Graças, rogai por nós!
12 DE DEZEMBRO - NOSSA SENHORA
DE GUADALUPE
Nossa Senhora de Guadalupe também conhecida como “Virgem de Guadalupe”. Tudo se passou em 1531, no México, quando os
missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se
espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram
muito enraizados. O índio João Diogo pertencente à tribo
Nahua, havia se convertido e
era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim, foi o escolhido para ser o
portador de sua mensagem às nações indígenas.
A Virgem apareceu a
João Diogo pela terceira vez, quando ele caminhava em direção à capital por um
caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões aconteceram. O
índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a unção dos enfermos a um
tio seu, que agonizava. De repente, Maria apareceu à sua frente, numa visão
belíssima. Tranquilizou-os quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo
instante ele já estava curado. Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse
rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o
pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país
atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso, encontrou
muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a
Senhora ordenara, foi entregá-las ao bispo como prova de sua presença.
E assim fez o fiel
índio. Ao abrir o manto cheio de rosas, o bispo viu formar-se, impressa, uma
linda imagem da Virgem, tal qual o índio a descrevera antes, mestiça.
Espantado, o bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e este já estava de
pé, forte e saudável. Contou que Nossa Senhora "morena" lhe aparecera
também, o teria curado e renovado o pedido. Queria um santuário na colina de
Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa Maria de Guadalupe.
Foi declarada
padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como extremado
devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o santuário e consagrou,
solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.
ORAÇÃO:
Perfeita, sempre Virgem Santa Maria, Mãe do Verdadeiro Deus, por quem se
vive. Tu que na verdade és nossa Mãe Compassiva, te buscamos
e te clamamos. Escuta com
piedade nosso pranto, nossas
tristezas. Cura nossas penas, nossas misérias e dores. Tu que és nossa doce e amorosa Mãe, acolhe-nos no aconchego do teu manto, no carinho de teus braços. Que nada nos aflija nem perturbe nosso coração. Mostra-nos e manifesta-nos
a teu amado Filho, para
que Nele e com Ele encontremos nossa salvação e a salvação do mundo. Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, Faz-nos mensageiros teus, mensageiros
da Palavra e da vontade de
Deus. Amém. Virgem de
Guadalupe, rogai por nós!
Bibliografia:
Edições Paulinas – Comunidade Shalom – Canção Nova – Missal Cotidiano – Com
Amor – Cruz Terra Santa – Pe. Brendan Coleman – Lepanto – Revista Catolicismo –
Pe. Reginaldo Manzotti - Wikipédia
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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obrigado.
ela será sempre bem aventuraa em toas as gerações
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