Confiança em Deus - Reflexão 8º Domingo Comum “A” - São Mateus

Confiança em Deus

O ensinamento do evangelho tem dois aspectos: por um lado, acentua a impossibilidade de se servir a dois senhores (os dois caminhos), e por outro, realça a atitude do cristão diante das preocupações e trabalhos da vida. Por um lado, o reino de Deus não admite divisões: por outro, a opção de tudo o mais. É um convite a arrancar-nos ao culto do dinheiro, que é uma idolatria, e a ter confiança em Deus, cuja ativa solicitude para com seus filhos nos é descrita. Esta mesma solicitude é expressa pelo profeta Isaías, na 1ª leitura, com uma linguagem de ternura comovente e ilimitada. 

Deus é fiel a seu plano de salvação

À base da confiança do homem está a certeza da fidelidade de Deus. Deus é a “rocha” de Israel (Dt 32,4); este nome simboliza a sua imutável fidelidade, a verdade de suas palavras, a firmeza de suas promessas, apesar das infidelidades do homem e de suas contínuas voltas à idolatria. As suas palavras não passam (Is 40,8), suas promessas serão mantidas (Tb 14,4). Deus não mente nem volta atrás (Nm 23, 19). Seu desígnio divino, desígnio de amor, se realizará infalivelmente (Sl 32,11; Is 25,1). O homem pode, portanto, confiar. Deus vela sobre o mundo (Gn 8,22), dando o sol e a chuva a todos, bons e maus (MT 5,45).

A fisionomia de Deus, na Bíblia, é a de Pai que vela sobre suas criaturas e provê às suas necessidades: “Dais a todos o alimento a seu tempo” (Sl 144,15; 103,27), tanto aos animais como aos homens. Mas a providência de Deus se manifesta principalmente na história; não como um destino rígido que sujeita o homem à sorte, anulando a liberdade, nem com uma intervenção mágica que impede a iniciativa do homem, mas como desígnio ou plano de salvação no qual se encontram e colaboram Deus e o homem.

Se o que conta é o homem, para que Deus?

Há os que esperam tudo de Deus, chuva ou bom tempo, bom resultado nos exames ou sucesso nos negócios. Rezam para obter dele alguma coisa, e o esperam tranquilamente. É um conceito errado de confiança. Não serve a Deus, mas se servem dele.

Há também os que nada esperam de Deus. Creem que a confiança em Deus impedimento ao progresso do homem.

Apresentamos aqui uma página que se pode definir de “anti-evangelho”, que leva a penetrar mais profundamente na riqueza de perspectivas da página evangélica:

“Crer! Para que crer? Vós, cristãos, esperais de Deus coisas que nós já conhecemos e de que vivemos sem ele. Outrora, quando tudo ia mal: e se lançavam contra Deus. Mas, mesmo blasfemando, reconheciam sua divindade... Hoje, Deus não pode mais enganar-nos, não se espera mais nada dele... Deus não é mais que uma ideia inútil...

Durante mais de 2.000 anos os homens rezaram, e no entanto tiveram que ganhar um pão insuficiente, com o suor de seu rosto. Rezaram, e encontraram muitas vezes a carestia e até a miséria. Agora, eles desviam o curso dos rios, irrigando assim imensas terras incultas; amanhã o trigo surgirá com tanta abundância que os homens não terão mais fome. A ideia de Deus é uma muralha que oculta o homem”.

Confiança plena, mas não passiva

O cristão, apoiado nas palavras de Jesus, evita a concepção ingênua e mágica dos que confiam em Deus passivamente e no quietismo, e também a pretensão orgulhosa de ateu que risca o nome de Deus do seu horizonte. A confiança do cristão em Deus é total e sem reservas, mas não passiva e alienante. Pelo contrário, desta confiança precisamente nasce sua atividade, porque sabe que seu trabalho é continuação da obra criadora de Deus. É colaborador de Deus e, como ele, “construtor para a eternidade”. Deus como se tudo dependesse de sua intervenção.

“O cosmos, animado por Deus com dinamismo inteiro e voltado para aperfeiçoamento crescente, cujo termo só Deus conhece, foi por ele dado ao homem para que o domine e extraia dele tudo o que seu gênio e sua criatividade o inspiram. O homem se descobre colaborador de Deus, artífice do próprio destino sobre a terra, porque tudo foi posto à sua disposição”. (RdC 121)

·        Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 49,14-15
·        Salmo: 61,2-3.6-7.8-9ab (R.6a)
·        Segunda Leitura: Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 4,1-5
·         Evangelho: de Jesus Cristo segundo Mateus 6,24-34

Fonte: Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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