
No ano
de 439 nascia no vilarejo de Mutalasca, próximo a Cesaréia da
Capadócia, São Sabas. Ingressou no mosteiro fundado por Passarião em Jerusalém
no ano de 457 onde ficou pouco tempo. Desejando viver em profunda oração
isolou-se em uma caverna no Vale do Cedron, felizmente não durou mito tempo
pois, vários outros jovens resolveram juntar-se a ele. Sendo assim, organizou
esse grupo que passou a viver segundo as regras cenobita criadas por São
Pacâmio. São
Sabas é considerado “Padroeiro dos Órfãos”.
Os bárbaros godos são conhecidos, na história, por suas guerras de
conquista contra terras e nações cristãs. Pagãos, perseguiram e executaram
milhares de católicos, mas não puderam impedir a conversão de várias famílias.
Foi numa dessas que nasceu Sabas, no ano 439.
Nascido na Capadócia, Sabas teve uma infância difícil. A disputa dos
parentes por sua herança o levou a procurar ajuda num mosteiro, onde foi
acolhido apesar de ser ainda uma criança. Apesar de pouca instrução, tornou-se
um sábio na doutrina cristã.
Desde então, transcorreu sua longa vida entre os mosteiros da Palestina.
Experimentou a vida monástica cenobítica, ou seja, comunitária; depois passou
para o mosteiro dos anacoretas, onde os monges se nutrem na solidão, preferindo
esta última. Dividiu tudo o que herdou entre os cristãos pobres e doentes.
Trabalhou na conversão de seus conterrâneos e ajudando os cristãos perseguidos em
sua pátria. Era, antes de tudo, um caridoso e valente.
Naquela época, havia o decreto de que cristãos, para serem poupados,
deveriam comer a carne dos animais mortos aos deuses pagãos. Muitos se
utilizavam da estratégia de enganar os guardas, dando de comer aos familiares
carnes comuns, e não as desses sacrifícios, salvando os familiares do martírio.
Mas Sabas se recusava a mentir, chegando a protestar em público contra tal
prática.
Quando as perseguições se acentuaram, Sabas já gozava de muito prestígio,
pois tinha fundado uma grande comunidade de monges anacoretas no vale de
Cedron, na Palestina, chamada de "grande Laura". Ela começou
naturalmente, com os eremitas ocupando as cavernas ao redor daquela em que
vivia, isolado com os animais, e construíram um oratório. Foi assim que surgiu
o que seria no futuro o Mosteiro de São Sabas.
A fama dos prodígios que alcançava através das orações e também a grande
sabedoria sobre a doutrina de Cristo, que tão bem defendia, fizeram essa
comunidade crescer muito. A ele se atribui o fim de uma longa e calamitosa
seca. Ocupava uma posição de liderança importante dentro da sociedade e do
clero. A eloqüência da sua pregação do Evangelho atraía cada vez mais os pagãos
à conversão. Sabas, então, já incomodava o poder pagão como autoridade cristã.
Interferiu junto ao imperador, em Constantinopla, a favor dos mais
pobres, contra os impostos. Organizou e liderou um verdadeiro e próprio
exercito de monges anacoretas para dar apoio ao papa contra a heresia
monofisista que agitou a Igreja do Oriente.
Morreu em 5 de dezembro de 532, na Palestina, aos noventa e três anos
de idade. São Sabas está presente na relação dos grandes sacerdotes fundadores
do monaquismo da Palestina. A festa em sua honra ocorre no dia de sua morte.
Fonte: Edições Paulinas - Assoc.
do Senhor Jesus
Foto retirada da internet
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