Alegrai-vos! A libertação está próxima - Reflexão 3º Domingo Advento “A” - São Mateus

Alegrai-vos! A libertação está próxima

Alegria da volta à pátria, alegria da saúde readquirida, alegria pela liberdade reconquistada, através da qual se é reintegrado na vida civil e religiosa do povo: eis o fruto da intervenção de Deus que salva. Anunciada pelos profetas (1ª Leitura) como novo êxodo, a volta do exílio é vista como um ato de poder e do amor exclusivo de Deus pelo seu povo, embora depois, na realidade, tinha favorecido apenas a um pequeno resto de deportados, e não correspondido totalmente às suas expectativas. Mas o anúncio permanece sempre válido porque voltado para um tempo em que terá seu pleno acabamento. Cristo vem como aquele que guia, em sua volta para Deus, a humanidade perdida, desanimada e extenuada. Mas essa volta se explicitará no decorrer das gerações; a libertação exige tempo e fadiga; a alegria é antes, a de quem venceu uma das etapas, o que mantém viva sua esperança de atingir a meta final. 

Expectativa paciente e operosa

Por isso, é muito atual a exortação de Tiago (2ª leitura) à paciência e à perseverança. Dirige-se a seus “irmãos” (v. 7), os pobres, pedindo-lhes a paciência à espera da vinda do Senhor. (VV. 8-11).

O apóstolo Tiago exige deles a paciência. Não os incita à revolta. A paciência não é resignação; é fruto do amor, é vontade de descobrir o outro e ajudá-lo de todos os modos a libertar-se do que aliena – inclusive o dinheiro. Isso exige tempo. A paciência que Tiago pede de seus irmãos, os pobres, consiste em medir os ricos com a medida do tempo que o amor emprega para amar. Que ao menos o amor tenha tempo para amar, antes que a autodestruição dos ricos e poderosos tenha terminado sua tarefa! E a paciência de quem sabe que o reino de Deus se constrói lentamente, embora os profetas o prevejam com clareza e o anunciem próximo.

E quando, como aconteceu com João Batista (evangelho), há um momento de desânimo, de obscuridade e dúvida (“és tu o que há de vier ou devemos esperar outros?”), a evocação da Palavra de Deus e dos sinais que acompanharam sua presença eficaz basta para restituir a confiança.

O processo de libertação das escravidões e condicionamentos interiores e exteriores do homem, ameaça fazer-nos perder de vista a esperança ultima, de tal modo é urgente o dever de revolucionar as estruturas desumanizantes, de conscientizar os homens e de lhes restituir a dignidade e a autonomia de pessoas.

Por outro lado, com muita frequência, a indolência e o egoísmo dos cristãos obscurecem e debilitam o anúncio da libertação de Jesus, cujos sinais estão, hoje, na dedicação aos pobres, aos marginalizados, às minorias; na defesa dos direitos da consciência, no partilhar realmente e até o fim a sorte dos que não têm esperança.

Não há evangelização que não leve a uma libertação. O alegre anúncio do Cristo libertador só é digno de fé se seus mensageiros sabem vivenciá-lo e ser testemunhas da alegria.

Deus, fonte de alegria

Deus quer a felicidade dos homens, seu bom êxito.

Os cristãos devem saber que a boa nova da salvação é uma mensagem de alegria e libertação. Os cristãos dispõem de muitos modos para comunicar a alegria que os anima, embora estejam expostos às contradições e a serem julgados absurdos por alguns; trata-se de uma alegria extraordinariamente realista e que exprime a certeza de que, apesar das dificuldades e aparentes contradições, o futuro da humanidade está sendo construído; certeza essa baseada na vitória de Cristo.

A alegria mais profunda.

As alegrias mais espontâneas no homem são as provenientes das seguranças da vida cotidiana, recebidas como bênçãos de Deus: as alegrias da vindima  e da colheita, as do trabalho bem ou do merecido repouso, a de uma refeição fraterna, a de uma família unida, a do amor, de um nascimento; tanto as alegrias ruidosas das festas como as alegrias íntimas do coração. Mas existe uma alegria ainda mais profunda: a daqueles que se fazem pobres diante de Deus e tudo esperam dele e da fidelidade à sua lei. Nada pode, então, diminuir essa alegria, nem mesmo a provação. A alegria de Deus é força. A alegria da Igreja (do cristão) em sua condição terrestre é a alegria própria do tempo de construção.

A celebração eucaristia, em torno das duas mesas, a da Palavra e a do Pão, constitui um dos terrenos privilegiados em que se deve comunicar e experimentar, de certo modo, a verdadeira alegria.

·        Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 35,1-6a.10
·        Salmo: 145,7.8-9a.9bc-10 (R. Cf. Is 35,4)
·        Segunda Leitura: Carta de São Tiago 5,7-10
·        Evangelho: de Jesus Cristo segundo Mateus 11,2-11

Fonte: Missal Dominical (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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