Deus vem, portador de salvação para todos. A mensagem que
acompanha sua vinda fala de paz e reconciliação. Isaías (1ª leitura) a
simboliza apresentando o que se passa entre inimigos "naturais" que
lutam pela sobrevivência; é real e simbólica ao mesmo tempo a mensagem
apresentada pelo Apóstolo (2ª leitura) entre inimigos "culturais",
que se opõem por diversidade de religião. A reconciliação, que se faz na comunidade
cristã, entre os que provêm do judaísmo e os do paganismo, está sempre sujeita
à precariedade, ao equilíbrio instável; existe no presente e se entrega à
esperança quanto ao futuro. É todavia o sinal de um mundo reconciliado em
Cristo, onde não se levam em conta os privilégios de raça ("somos filhos
de Abraão": evangelho) e tudo o que separa; só o que une é levado em
conta: a fé no único Senhor e Salvador.
Humanidade sem barreiras
Neste caso, a salvação significa romper todas as
barreiras, sair de
si para encontrar
os outros, abrir-se para a
revelação recíproca, perdoar-se e amar-se como pessoas humanas, como filhos de
Deus. Assim fez conosco o Senhor Jesus, respeitando as demoras e as possibilidades
de diálogo das pessoas: no passado, aproximando-se dos hebreus como realizador
da "fidelidade" de Deus, e dos pagãos como portador de um amor
gratuito; hoje e sempre, suscitando em cada pessoa, povo, geração, uma resposta
original que depois se torne riqueza comum.
Não é, pois, uma utopia, esperar uma humanidade reconciliada,
apesar das guerras e divisões atuais, dos desequilíbrios e discriminações;
porque a salvação definitiva é obra do Senhor que vem e que virá, e pede aos
seus amigos que colaborem para que seu plano se torne cada vez mais uma
realidade efetiva. Isto significa aceitar a mensagem do Batista, que hoje é a
da Igreja, do papa, dos homens mais lúcidos e engajados, que são os profetas do
nosso tempo, e produzir frutos de penitência e conversão.
Com nossas mãos preparamos o juízo que nos aguarda: o fogo inextinguível
destruirá tudo o que não tem solidez por não estar fundamentado sobre o único
Salvador.
Diálogo com os homens
Aceitar-nos reciprocamente é um convite que a Igreja nos
dirige. A coexistência dos cristãos de origem judaica com os de origem pagã nem
sempre foi fácil nas comunidades primitivas. Conhecemos a tentação de reserva
que os primeiros tinham em relação aos outros e as divisões suscitadas. Mas as
palavras de Paulo valem também para as nossas comunidades de hoje. O cristão,
com muita frequência, considera sua pertença ao povo de Deus como um privilégio
que o separa dos demais, uma espécie de marca de qualidade, muitos cristãos
pertencem a grupos sociológicos (burguesia, raça branca, organizações cristãs,
mundo ocidental) aos quais cabe fazer as maiores concessões a fim de que a
coexistência dos homens, dos blocos ideológicos, das raças e das classes
sociais se torne realidade.
A eucaristia proporciona aos cristãos a oportunidade de
provar seu universalismo e recusar uma separação entre "fracos" e
"fortes", uma vez que nesta mesa o Senhor se oferece por todos. É o
"vinculo da união”: união com os irmãos, união com Deus em Cristo.
O anuncio da libertação trazida por Cristo suscita uma
grande esperança. A nossa geração espera ansiosamente um futuro de liberdade,
apesar da fuga de muitos para um passado de recordações, ou para um presente de
alienações. O povo de Deus mantém viva no mundo esta esperança quando, com os
olhos no futuro, vive no presente de modo a merecer confiança, isto é, com fé,
caridade e firme esperança.
Diálogo com Deus
Nosso encontro com os outros deve ultrapassar os estreitos
limites da pura cortesia e da convivência social; do contrário se esvaziará. A
categoria social fundamental é a relação "eu-tu". Ora, o
"tu" do outro homem é o "tu" divino.
Cada "tu" humano é imagem do "tu"
divino. Em consequência, o caminho para os outros e o caminho para Deus
coincidem; trata-se de aceitar ou recusar. O relacionamento real (não só as
"boas maneiras") com o outro varia conforme o relacionamento com
Deus. Somente na comunidade eclesial, a dos que estão voltados para Deus, é que
se pode viver realmente o encontro com os outros, dentro de um mesmo amor.
·
Primeira Leitura: Livro
do Profeta Isaías 11,1-10
·
Salmo: 71(72),1-2.7-8.12-13.17
(R.cf 7)
·
Segunda Leitura: Carta
de São Paulo aos Romanos 15, 4-9
·
Evangelho: de
Jesus Cristo segundo Mateus 3, 1-12
Fonte:
Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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