Memória Obrigatória: JOSAFÁ
KUNCEWICZ - Bispo e Mártir
Oração do Dia: Suscitai, ó Deus, na vossa Igreja o Espírito que
impeliu o bispo São Josafá a dar a vida por suas ovelhas, e concedei que, por
sua intercessão, fortificados pelo mesmo Espírito, estejamos prontos a dar a
nossa vida pelos nossos irmãos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Terceira Carta de
São João 5,8
Caríssimo Gaio, é
muito leal o teu proceder, agindo assim com teus irmãos, ainda que
estrangeiros. Eles deram testemunho da tua caridade diante da Igreja. Farás bem
em provê-los para a viagem de um modo digno de Deus. Pois, por amor do Nome,
eles empreenderam a viagem, sem aceitar nada da parte dos pagãos. A nós,
portanto, cabe acolhê-los, para sermos cooperadores da Verdade. - Palavra do Senhor.
Comentário: A hospitalidade, como forma
de caridade, é "obra de fé". Faz daqueles que ajudam os missionários
"cooperadores de Deus na verdade". A ajuda fraterna a quem anuncia o
evangelho faz-nos participantes de seu testemunho. Ainda hoje o apostolado missionário
da Igreja tem absoluta necessidade do apoio moral e material de todos os
membros da comunidade. Cumpre "infundir nos católicos, desde a mais tenra
idade, um espírito realmente universal e missionário, para favorecer uma
adequada colheita de auxílios em favor de todas as missões e segundo a
necessidade de cada uma". (AG 38) "É obra verdadeiramente divina
cooperar na salvação das almas", diz são João Crisóstomo; e Agostinho não
receia afirmar que "quem ajuda a salvar uma alma garante sua eterna salvação".
(Missal Cotidiano)
Salmo: 111 (112),1-2.
3-4. 5-6 (R. 1)
Feliz aquele
que respeita o Senhor!
Feliz o homem que
respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte
sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
Haverá glória e
riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto,
generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.
Feliz o homem
caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais
vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!
Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas 18,1-8
Naquele tempo, Jesus contou aos discípulos uma
parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir,
dizendo: “Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava
homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz,
pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ Durante muito tempo, o juiz
se recusou. Por fim, ele pensou:
‘Eu não temo a
Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou
fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’”
E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este
juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite
gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará
justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai
encontrar fé sobre a terra?” - Palavra
da Salvação.
Comentários:
A
parábola do juiz iníquo nos mostra, como o próprio São Lucas nos diz, a
necessidade da oração constante e da confiança em Deus que sempre ouve as
nossas preces. Porém devemos ver qual a preocupação de Jesus no que diz
respeito ao conteúdo da oração. O juiz não quer fazer justiça para a viúva e
depois a faz por causa da insistência dela. A partir disso, Jesus nos fala
sobre a justiça de Deus, ou seja, que o Pai fará justiça em relação aos que a
suplicam. Deste modo, vemos que Jesus exige que a nossa oração não seja
mesquinha, desejando apenas a satisfação das necessidades temporais, mas sim a
busca dos verdadeiros valores, que são eternos. (CNBB)
A
parábola da viúva corajosa, disposta a fazer valer os seus direitos contra tudo
e contra todos, visa a instruir os discípulos a rezar sempre, sem desanimar
jamais. Qual é a imagem de Deus e a imagem do ser humano orante, nela
veiculadas? De acordo com a tradição bíblica, Deus é o defensor dos pobres e
injustiçados, seus eleitos. O Deuteronômio proclama que "Deus faz justiça
ao órfão e à viúva; e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e veste".
Embora sua justiça tarde em manifestar-se, ela se manifestará na certa. O
orante é, fundamentalmente, o indigente, privado de qualquer apoio externo, e
que conta somente com a proteção divina, de maneira resoluta, mas sem fatalismo
nem acomodação. Sabe o que espera de Deus e tem plena certeza de que obterá.
Posicionando-se contra todas as forças adversas, o orante vai em frente, sem
deixar sua fé esmorecer. Antes, a adversidade torna-o cada vez mais obstinado
em alcançar o fim almejado. Para a comunidade perseguida, a parábola era um
incentivo para seguir adiante, embora a intervenção divina tardasse a
acontecer. O silêncio de Deus não pode ser tomado como omissão ou desprezo por
seus eleitos. No momento oportuno, a justiça será feita. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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