Prefácio comum ou dos santos - Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano “C” Lucas
Antífona: Jeremias 3,15 Eu vos darei pastores segundo o meu
coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria.
Oração do Dia: Ó Deus, Pai de
misericórdia, que fizestes do santo Antônio de Santana Galvão um instrumento de
caridade e de paz no meio dos irmãos, concedei-nos, por sua intercessão,
favorecer sempre a verdadeira concórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Carta de São Paulo
aos Efésios 5,21-33
Irmãos, vós, que
temeis a Cristo, sede solícitos uns para com os outros. As mulheres sejam
submissas aos seus maridos como ao Senhor. Pois o marido é a cabeça da mulher,
do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. Mas
como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos
seus maridos.
Maridos, amai as
vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. Ele quis
assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. Ele
quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga nem defeito algum,
mas santa e irrepreensível. Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como
ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém
jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de
cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; e nós somos membros do seu corpo!
Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois
serão uma só carne. Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a
Cristo e à Igreja. Em todo caso, cada um, no que lhe toca, deve amar a sua
mulher como a si mesmo; e a mulher deve respeitar o seu marido. - Palavra do Senhor.
Comentário: "Um fato mostra bem o
vigor e a solidez da instituição matrimonial e familiar: as profundas
transformações da sociedade contemporânea, apesar das dificuldades que
originaram, fazem aparecer com muita frequência, de vários modos, a verdadeira
natureza desta instituição" (GS 47). O sacramento do matrimônio faz dos
cônjuges profetas. E um verdadeiro carisma que fermenta seu testemunho de amor
a ponto de torná-lo símbolo da presença de Cristo na Igreja. Poderíamos hoje
valorizar com ênfase esse testemunho, numa sociedade pluralista. Uma família
estável, construída "por dentro", na descoberta da mensagem
evangélica, é anúncio fortíssimo para os que vivem a seu redor. Amando-se, os
esposos tornam-se "testemunhas do mistério de amor que o Senhor revelou ao
mundo com sua morte e ressurreição" (GS 52). viver o sacramento é uma forma
essencial de evangelização. (Missal Cotidiano)
Salmo: 127 (128),1-2. 3.
4-5 (R. 1a)
Felizes
todos que respeitam o Senhor!
Feliz és tu se
temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem!
A tua esposa é uma
videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de
oliveira ao redor de tua mesa.
Será assim
abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia
de tua vida.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Lucas 13,18-21
Naquele tempo, Jesus dizia: “A que é semelhante o
Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? Ele é como a semente de mostarda,
que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande
árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. Jesus disse ainda: “Com
que poderei ainda comparar o Reino de Deus? Ele é como o fermento que uma
mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
- Palavra da Salvação.
Comentários:
Muitas
vezes falamos que o Reino de Deus é sobrenatural, mas queremos que ele se
manifeste em coisas naturais grandiosas. Isto demonstra que na verdade vemos a
sua grandiosidade, mas não percebemos a sua natureza, o que faz com que a
grandiosidade seja vista a partir da materialidade, o que é um erro, e não a
partir da grandiosidade que Deus faz a partir do pequeno, do grão de mostarda
ou da levedura do fermento, ou seja, das pequenas coisas que surpreendem os que
olham com o olhar da fé a realidade. Deus escolhe as coisas pequenas do mundo
para revelar o Reino, e nos mostra a força do seu braço a partir das
transformações que os pequenos realizam no dia a dia. (CNBB)
A
caminho de Jerusalém, Jesus alertou os discípulos a respeito do que estavam
para enfrentar, servindo-se de duas pequenas parábolas. Assim, oferecia a seus
seguidores elementos para interpretarem a paixão e a morte de cruz, e, também,
os convidava a não nutrir falsas expectativas a respeito do Mestre. O grão de
mostarda que, de insignificante, se torna uma árvore frondosa serve como
símbolo das dimensões iniciais modestas do Reino anunciado e vivido por Jesus e
o destino glorioso que lhe está reservado. Não é possível, portanto, atingir a
glória, sem experimentar a derrota, a cruz e a morte. Seria ilusório esperar
que Jesus implantasse o Reino de Deus, fazendo-o entrar na história humana de
maneira esplendorosa, sem passar pelo crivo do sofrimento. Mas, também, a cruz
não deveria levar os discípulos a perder suas esperanças. Ela era uma etapa
necessária de um processo muito maior. A pitada de fermento usada por uma
mulher para fermentar uma grande quantidade de farinha apontava para o modo
como o Reino atuava na História. Sua dimensão pequenina e seu escondimento
seriam compensados pela intensidade de seu efeito. O pré-requisito para atuar
consistia em perder-se. Aí o Reino revelaria sua verdadeira grandeza. Não a que
vem da imposição de si mesmo sobre as pessoas, mas a que as transforma por
dentro. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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