Prefácio próprio - Ofício da Solenidade – Glória e Creio
Cor: Branco - Ano “C” Lucas
Antífona: Com grande
alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me
revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas joias.
Oração do Dia: Ó Deus, todo - poderoso, ao rendermos culto à Imaculada
Conceição de Maria, mãe de Deus e senhora nossa, concedei que o povo
brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um
dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro de Ester
5,1b-2; 7,2b-3
Ester revestiu-se
com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real,
frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do
trono, frente à entrada. Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para
ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester
aproximou-se para tocar a ponta do cetro. Então, o rei lhe disse: “O que me
pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu
reino, ela te seria concedida”. Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas
graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida - eis o meu pedido! -
e a vida do meu povo - eis o meu desejo!” -
Palavra do Senhor.
Comentário: A 1ª leitura lembra a
intercessão da rainha Ester junto ao rei Assuero em favor do povo judeu, ao
qual ela mesma pertencia. Ao mesmo tempo, menciona-se a graciosa beleza desta
“flor de seu povo”. Se é verdade que Deus encarna seu amor, deve encarná-lo também
na realidade que é uma nação. No Antigo Testamento, a consciência da encarnação
do amor de Deus praticamente não ultrapassava as fronteiras de Israel. Um dos
momentos em que se notificou esse amor encarnado na proteção da nação foi a
atuação da rainha Ester, judia que, graças às suas reais qualidades e à
presença de Deus em sua vida, conseguiu proteção para o povo dominado. Esse
tema pode ser interpretado como um símbolo do amor que Deus dedica a qualquer
povo que expressa sua confiança nele e toma sua vontade e justiça como rumo de
seu caminho. Para a liturgia de hoje, a “rainha” por excelência é Maria,
mediadora junto a Jesus e a Deus, e solidária com o povo. Como Ester, ela reza:
“Salva meu povo”. (Pe. Johan Konings, sj)
Salmo: 44(45),11-12a.12b-13.
14-15a.15b-16 (R. 11.12a)
Escutai,
minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
Escutai, minha
filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se
encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
O povo de Tiro vos
traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores. Majestosa, a
princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro.
Em vestes vistosas
ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa
e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”.
Segunda Leitura: Livro do Apocalipse
de São João 12,1.5.13a.15-16a
Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol,
tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. E ela
deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de
ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. Quando viu que
tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que
tinha dado à luz o menino. A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás
da mulher, a fim de a submergir. A terra, porém, veio em socorro da mulher. -
Palavra do Senhor.
Comentário: A 2ª leitura é a mesma da
festa da Assunção. O texto litúrgico se compõe de recortes do capítulo 12 do
Apocalipse, que põe em cena a Mulher-Povo de Deus. Ela dá à luz o Messias e é
perseguida pelo Dragão, que representa o anti-Reino. Da alegoria da Mulher-Povo
de Deus (Ap 12) utilizam-se, na interpretação litúrgica, aqueles versículos que
sublinham a grandeza e a realeza da Mulher-Maria (Mãe do Messias), como também
a solidariedade da “terra” com sua luta (12,16a). Destaca-se o papel protetor
que a Mulher exerce com relação ao Filho messiânico. Se, no sentido primeiro, a
Mulher é a Igreja-povo de Deus, a intuição da fé, aplicando essa leitura a
Maria, percebe-se a analogia entre o papel da Igreja e o de Maria. Gerar e
levar o Salvador ao mundo, e presenciar sua vitória, eis o que Maria e a Igreja
têm em comum. Destacando a figura de Maria, a Igreja assume, até certo grau, o
que foi a obra de Maria. Isso vale também com relação à proteção do povo, que
não é algo mágico, mas algo que se realiza mediante as nossas mãos: nosso
empenho por uma sociedade melhor, mas justa, mais conforme à vontade de Deus. (Pe.
Johan Konings, sj)
Evangelho de Jesus
Cristo segundo João 2,1-11
Naquele tempo, houve um casamento em Caná da
Galiléia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham
sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus
lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que
dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam
servindo: “Fazei o que ele vos disser”.
Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a
purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou
menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de
água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao
mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água que se tinha
transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo
sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água.
O mestre-sala chamou então o
noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os
convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o
vinho bom até agora!” Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em
Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. - Palavra da Salvação.
Comentários:
O
evangelho de hoje é escolhido em função da ideia da intercessão de Maria, como
aparece no “milagre do vinho”, nas bodas de Caná. Maria é apresentada aí como a
“senhora mãe” (é o que significa, na linguagem bíblica, o termo de tratamento
“mulher”). Ela se sente responsável pelo que diz respeito à sua família: a
presença de seu filho Jesus e de seus amigos faz com que se preocupe com a
falta de vinho na festa. Conhecendo seu filho, intercede junto a ele para
apontar essa situação. Quando Jesus, então, pergunta pelo sentido dessa
situação (“Que significa para ti e para mim, mulher?”) e observa que “ainda não
chegou sua hora” (para sua grande obra) (Jo 2,4), Maria confia os serventes à
providência dele (“Fazei tudo o que ele vos disser”, cf. Gn 41,55, a respeito
de José do Egito). Talvez às cegas, mas confiante no projeto de Deus e no filho
que Deus lhe deu, Maria assume sua missão de confiar o mundo a ele. A partir
daí, Jesus vai realizar não um simples “milagre”, mas um “sinal”, como João
gosta de dizer – um sinal de sua missão, sinal de que Deus está com ele,
sinal-símbolo do dom que ele mesmo é. Pois a história que João conta, como todo
seu evangelho, não é propriamente mariológico, mas cristológico. Mostra Jesus
dando início (2,11) aos sinais da sua grande obra, antes que se realize a sua
“hora” (2,4), que á a hora da cruz (cf. 12,23.27; 13,1; 17,1). Nessa hora
aparecerá na cena, pela segunda e última vez no evangelho de João, a “mãe de
Jesus”, sendo chamada com o mesmo título de 2,4: “Mulher” (19,26). A “mulher,
mãe de Jesus” emoldura, assim, toda a “obra” dele, desde o “início dos sinais” (2,11)
até a obra “consumada” (19,30). Alguns Santos Padres interpretaram isso no
sentido de que, em Maria, o povo do Antigo Testamento, representado pela imagem
da mulher, passa para a comunidade do Novo Testamento, quando a “Mulher-Mãe” é
amparada pelo Discípulo por excelência, que “a acolheu no que era seu” (Jo 19,27).
A abundância de vinho é um sinal de que Jesus vem cumprir a missão messiânica
(cf. a abundância de vinho no tempo messiânico, Am 9,13-14 etc.), mas esta
missão só é levada a termo na “hora” da morte e glorificação (cf. Jo 13,1ss;
17,5 etc.). (Pe. Johan Konings, sj)
Embora
as atenções do texto evangélico se concentrem em Jesus, não se pode subestimar
o papel de Maria, co-protagonista no primeiro sinal que ele realizou, como
manifestação do amor misericordioso de Deus derramado sobre a humanidade. Sua
condição de “mãe de Jesus”, sua maternidade e os vínculos de dependência com o
seu filho passam para um segundo plano. Destaca-se, sim, sua adesão pessoal e
sua confiança radical em Jesus. Por sua intervenção, o Messias antecipou a
“hora” de se manifestar ao mundo. A transformação da água em vinho de excelente
qualidade simboliza os tempos messiânicos, tempo de festa e de alegria pela
salvação operada por Deus. Por outro lado, Maria conduz os discípulos à fé em
Jesus: “Façam tudo o que ele mandar!”. Ela os estimula a assumir uma postura de
acolhida obediente em relação aos ensinamentos de Jesus, desempenhando uma
função pedagógica e orientadora. Ensina-os a serem servidores e amigos de
Jesus, perfeitamente sintonizados com ele. A postura de Maria é uma luz para a
comunidade empenhada viver com perfeição o discipulado cristão. Sua dupla
atenção, a Jesus e ao que acontecia a seu redor, permitiu-lhe intervir a favor
de um casal de noivos em apuros. Assim se comporta o discípulo no seu esforço
de coadunar fé (adesão a Jesus) e vida (profunda atenção às necessidades do
próximo). Como Maria, o discípulo deve ajudar as pessoas a abrirem o coração
para a fé. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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obrigado.
Agradeço muito pelos comentários sobre o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,1-11. Simples e claro. Deixo registrada a minha gratidão a Maria, minha maravilhosa mãe intercessora para todas as graças que recebo de Cristo. Mariam
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