Oração do Dia: Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que
estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Carta de São Paulo
aos Gálatas 5,1-6
Irmãos, é para a
liberdade que Cristo nos libertou. Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar
de novo ao jugo da escravidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que Cristo não será
de nenhum proveito para vós, se vos deixardes circuncidar. Mas uma vez, atesto
a todo homem circuncidado que ele está obrigado a observar toda a Lei. Vós que
procurais a vossa justificação na Lei, rompestes com Cristo, decaístes da
graça. Quanto a nós, que nos deixamos conduzir pelo Espírito, é da fé que
aguardamos a justificação, objeto de nossa esperança. Com efeito, em Jesus
Cristo, o que vale é a fé agindo pela caridade; observar ou não a circuncisão
não tem valor algum. - Palavra do
Senhor.
Comentário: “Acompanhá-los-ão as boas
obras” (Ap 14,13). Que obras? Responde Paulo: em Cristo Jesus as únicas obras
que importam são as que se fazem “pela fé na caridade”. No reino dos céus não
contam as alegrias nem as dores, as coisas grandiosas ou insignificantes, os
êxitos ou os malogros; o que importa, porém, é como vivemos tudo isso. Assim
Cristo “nos marca com a liberdade”, nos faz livres da servidão aos homens e às
circunstâncias. Liberta-nos de todas as formas de imaturidade religiosa, que
nos condicionam à aprovação dos outros ou de um regulamento, que nos podem dar
uma experiência ética (“tranquilidade de consciência”), mas não religiosa. (Missal
Cotidiano)
Salmo: 118(119),41. 43.
44. 45. 47. 48 (R. 41a)
Senhor, que
desça sobre mim a vossa graça!
Senhor, que desça
sobre mim a vossa graça e a vossa salvação que prometestes!
Não retireis vossa
verdade de meus lábios, pois eu confio em vossos justos julgamentos!
Cumprirei
constantemente a vossa lei; para sempre, eternamente a cumprirei!
É amplo e agradável
meu caminho, porque busco e pesquiso as vossas ordens.
Muito me alegro com
os vossos mandamentos, que eu amo, amo tanto, mais que tudo!
Elevarei as minhas
mãos para louvar-vos e com prazer meditarei vossa vontade.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Lucas 11,37-41
Naquele tempo, enquanto Jesus
falava, um fariseu convidou-o para jantar com ele. Jesus entrou e pôs-se à
mesa. O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tivesse lavado as mãos antes
da refeição. O Senhor disse ao fariseu:
“Vós fariseus,
limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e
maldades. Insensatos!
Aquele que fez o exterior não
fez também o interior? Antes, daí esmola do que vós possuís e tudo ficará puro
para vós”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
O
Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir da liturgia de hoje é
altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à nossa vivência
religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a prática exterior,
pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é uma expressão do
que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na insensatez:
celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores que não são
nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de nós
coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas
celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade. (CNBB)
Certas
atitudes dos fariseus deixavam Jesus irritado. Entre elas, a preocupação
exagerada com a pureza ritual, sem a correspondente pureza do coração. Nem o
dever de "boa educação" impedia o Mestre de denunciar esta perigosa
defasagem. Assim, o fariseu que o convidara para almoçar em sua casa recebeu a
merecida censura, por querer impor-lhe seus esquemas. O anfitrião considerou
grave o fato de Jesus não ter lavado as mãos, antes de pôr-se à mesa. Os
fariseus eram escrupulosos na observância desse rito. Procuravam evitar
qualquer contato contaminador, e multiplicavam as abluções para ver-se livres
de eventuais impurezas. No pensar de Jesus, esta preocupação toca apenas o
nível exterior, sem atingir o interior do ser humano, onde se decide a
salvação. De que adianta ter as mãos asseadas, e as louças e talheres bem lavados,
se o coração está cheio de maldade? A piedade baseada neste descompasso, de
forma alguma poderá agradar a Deus. É pura insensatez! Quem age assim,
ilude-se, pois, todos seus esforços de mostrar-se justo diante de Deus
tornar-se-ão inúteis. Na perspectiva de Jesus, o verdadeiro processo de
purificação começa no interior do ser humano, superando o egoísmo que o impede
de ser bondoso com os seus semelhantes, e crendo na fraternidade. Uma vez
purificado o coração, tudo o mais se torna puro. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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