Clara ao amor da pobreza, concedei, por sua intercessão, que,
seguindo o Cristo com um coração de pobre, vos contemplemos um dia em vosso
reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Santa Clara, filha de Favorino
Offreducci e Ortolana nasceu
em Assis no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana,
muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais queria era seguir
os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a
entusiasmar-se com o ideal franciscano. Sua família, entretanto, era
contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu
propósito.
No dia 18 de março de 1212, aos dezenove anos de idade, fugiu de casa e,
humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada
por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que
vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza,
castidade e obediência.
Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino
de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum.
Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de
sangue, juntou-se a ela.
Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São
Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando
ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de
vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas",
depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como
sempre serão chamadas, de "Clarissas".
Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem
as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio
da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano.
O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de
suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado,
ingressando também na nova Ordem fundada por ela.
A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco
de Assis morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela.
Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam
acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de
visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio e pôde assistir ao
santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas
visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada
Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.
Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais vinte e sete anos,
dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de
Clara ocorreu em
1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de
Assis do ataque do exercito dos turcos muçulmanos.
No dia 11
de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das
mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica,
deixando, assim, as suas "Irmãs Clarissas" asseguradas. Foi
canonizada em 15 de agosto de 1255 pelo Papa Alexandre IV e sua festa litúrgica
é celebrada em 11 de agosto. Em 1958 foi proclamada pelo Papa Pio XII padroeira da
televisão.
“Se olhares para Deus, o que tanto te
preocupa vai parecer insignificante”.
Fonte:
Edições Paulinas - Missal Cotidiano
Foto retirada da internet
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