19ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio Comum ou das Virgens - Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano “C” Lucas
Antífona: Salmo 23,5-6 Estes são os santos que
receberam a bênção do Senhor e a misericórdia de Deus, seu salvador. É a
geração dos que buscam a Deus.
Oração do Dia: Ó Deus, que na vossa misericórdia atraístes Santa Clara ao amor
da pobreza, concedei, por sua intercessão, que, seguindo o Cristo com um
coração de pobre, vos contemplemos um dia em vosso Reino. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Profecia de
Ezequiel 12,1-12
A palavra do Senhor
foi-me dirigida nestes termos: “Filho do homem, estás morando no meio de um
povo rebelde. Eles têm olhos para ver e não veem, ouvidos para ouvir e não
ouvem, pois são um povo rebelde. Quanto a ti, Filho do homem, prepara para ti
uma bagagem de exilado, em pleno dia, à vista deles. Emigrarás do lugar onde
estás, à vista deles, para outro lugar. Talvez percebam que são um povo
rebelde. Deverás tirar a bagagem em pleno dia, à vista deles, como se fosse a
bagagem de um exilado. Mas deverás sair à tarde, à vista deles, como quem vai
para o exílio.
À vista deles
deverás cavar para ti um buraco no muro, pelo qual sairás; deverás carregar a
bagagem nas costas e retirá-la no escuro. Deverás cobrir a face para não ver o
país, pois eu fiz de ti um sinal para a casa de Israel”. Eu fiz assim como me
foi ordenado. Tirei a bagagem durante o dia, como se fosse a bagagem de
exilado; à tarde, abri com a mão um buraco no muro. Saí no escuro, carregando a
bagagem às costas, diante deles.
De manhã, a palavra
do Senhor foi-me dirigida nestes termos: “Filho do homem, não te perguntaram os
da casa de Israel, essa gente rebelde, o que estavas fazendo? Dize-lhes: Assim
fala o Senhor Deus: Este oráculo refere-se ao príncipe de Jerusalém e a toda a
casa de Israel que está na cidade. Dize: Eu sou um sinal para vós. Assim como
eu fiz, assim será feito com eles: irão cativos para o exílio. O príncipe que
está no meio deles levará a bagagem às costas e sairá no escuro. Farão no muro
um buraco para sair por ele. O príncipe cobrirá o rosto para não ver com seus
olhos o país. - Palavra do Senhor.
Comentário: Deportações mais ou menos
violentas e clamorosas, fruto do pecado, acontecem de contínuo, também hoje:
obrigação de emigrar em busca de trabalho, tráfico de mão de obra de países
pobres para países ricos, intelectuais constrangidos a refugiar-se no
estrangeiro... Há nisso uma erradicação de pessoas, rupturas de família,
chocantes inospitalidades, falta de educação para as novas gerações, meios que
esmagam o homem... Não basta denunciar estas coisas, é preciso agir: pôr às
costas o fardo do exilado, fazê-lo aspirar a uma libertação integral levada até
à libertação interior; desmascarar os egoísmos, as espoliações, os delitos;
trabalhar por uma humanidade mais conforme à vontade de Deus. “Levai os fardos
uns dos outros, assim cumprireis a lei de Cristo”. (Gl 6, 2) (Missal Cotidiano)
Salmo: 77(78),56-57.
58-59. 61-62 (R. Cf.7c)
Das obras do
Senhor não se esqueçam
Mesmo assim, eles
tentaram o Altíssimo, recusando-se a guardar os seus preceitos. Como seus pais,
se transviaram, e o traíram como um arco enganador que volta atrás;
Irritaram-no com
seus lugares altos, provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. Deus ouviu e
enfureceu-se contra eles, e repeliu com violência a Israel.
Entregou a sua arca
ao cativeiro, e às mãos do inimigo a sua glória; fez perecer seu povo eleito
pela espada, e contra a sua herança enfureceu-se.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus 18,21-19,1
Naquele tempo, Pedro
aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu
irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não te digo até sete
vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que
resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto,
trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse
com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a
mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.
O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e,
prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o
patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair dali, aquele empregado
encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o
agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro,
caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. Mas o
empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que
pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram
muitos tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Servo
perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias
tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’
O patrão indignou-se e mandou
entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.
É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar
de coração ao seu irmão”. Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galiléia
e veio para o território da Judéia além do Jordão. -
Palavra da Salvação.
Comentários:
Nós
não temos como pagar a Deus para obtermos o perdão dos nossos pecados, de modo
que merecemos a paga pelos mesmos que é a morte. Mas o amor misericordioso de
Deus não permite que nenhum dos seus filhos e filhas seja entregue à morte, de
modo que a verdadeira paga pelos nossos pecados foi a obediência de Jesus,
amando-nos até o fim e, assim, apesar dos nossos pecados, temos a eterna
aliança com ele. Desse modo, Deus nos dá o exemplo do verdadeiro perdão, nos
ensinando que tudo devemos fazer para restaurar a unidade perdida por causa dos
males que as pessoas comentem contra nós. (CNBB)
A
parábola evangélica visava desmascarar a intransigência de certos líderes da
comunidade cristã primitiva, por demais severos, quando se tratava de perdoar
as faltas alheias. Quiçá, o contraponto desta atitude fosse uma condescendência
com os próprios pecados, para os quais fechavam os olhos. Tais líderes são
comparados com o servo desalmado que, após ter sido perdoado de uma dívida
incalculável, mostra-se sem compaixão para com o companheiro que lhe devia uma
quantia insignificante. A quantia exagerada que o primeiro servo devia - dez
mil talentos - sublinha que, por maior que fosse o perdão concedido aos membros
faltosos, sempre seria inferior ao perdão que Deus concedia à liderança da
comunidade. Em última análise, o perdão concedido deveria corresponder a um
gesto de reconhecimento pelo perdão recebido de Deus. O senhor da parábola foi
inclemente com o servo incapaz de ser misericordioso, uma vez que tinha sido,
por primeiro, objeto de misericórdia. A lição é evidente. Quem não perdoa, não
será perdoado. Quem não corresponde à misericórdia de Deus, sendo
misericordioso com seu próximo, receberá o castigo divino. Quem não demonstra
para com o próximo a mesma paciência que recebeu de Deus, será vítima da cólera
divina. Portanto, quem se sabe infinitamente perdoado, tem a obrigação de estar
sempre disposto a perdoar. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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