Paraíso, arrependimento e perdão - Papa Francisco

A via mestra para alcançar o tal lugar no Paraíso é, sem dúvida, a estrada do perdão.

Francisco recordando as palavras do Santo de Assis pronunciadas ali mesmo, perante os bispos e o povo: “Quero mandar-vos todos para o paraíso”.


Que poderia o Pobrezinho de Assis pedir de mais belo do que o dom da salvação, da vida eterna com Deus e da alegria sem fim, que Jesus nos conquistou com a sua morte e ressurreição?” Aliás, que é o paraíso senão o mistério de amor que nos liga para sempre a Deus numa contemplação sem fim?

Desde sempre a Igreja professa esta fé ao afirmar que acredita na comunhão dos santos. Na vivência da fé, nunca estamos sozinhos; fazem-nos companhia os Santos, os Beatos e também os nossos queridos que viveram com simplicidade e alegria a fé e a testemunharam na sua vida. Há um vínculo invisível - mas não por isso menos real - que, em virtude do único Batismo recebido, faz de nós «um só corpo» animados por «um só Espírito»”.

Indulgência

O Papa Francisco explica, que ao pedir ao Papa Honório III o dom da indulgência para quantos viessem à Porciúncula, talvez São Francisco tivesse em mente as palavras de Jesus aos seus discípulos, escritas no Evangelho de São João: «Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vou preparar-vos um lugar?”

“A via mestra a seguir para alcançar o tal lugar no Paraíso é, sem dúvida, a estrada do perdão. E aqui, na Porciúncula, tudo fala de perdão. Que grande presente nos deu o Senhor ao ensinar-nos a perdoar, para tocar quase sensivelmente a misericórdia do Pai!”.

“Porque deveríamos perdoar a uma pessoa que nos fez mal?”, “Porque antes fomos perdoados nós mesmo e infinitamente mais”.

Francisco explica, que quando nos ajoelhamos aos pés do sacerdote no confessionário, repetimos o mesmo gesto do servo da parábola narrada em Mateus, que tem uma grande dívida para pagar e que nunca conseguiria fazê-lo. Dizemos: «Senhor, tem paciência comigo!»

Perdão

“Na realidade, sabemos bem que estamos cheios de defeitos e muitas vezes recaímos nos mesmos pecados. E todavia Deus não se cansa de nos oferecer o seu perdão, sempre que o pedimos a Ele. É um perdão completo, total, dando-nos a certeza de que, não obstante podermos voltar a cair nos mesmos pecados, Ele tem piedade de nós e não cessa jamais de nos amar”.

Como o senhor da parábola Deus compadece-Se, isto é, experimenta um sentimento de piedade combinada com ternura: é uma expressão para indicar a sua misericórdia para conosco.

Este, é nosso Pai que sempre se compadece de nós quando estamos arrependidos, “mandando-nos voltar para casa de coração tranquilo e sereno dizendo que todas as coisas nos foram remidas e nos perdoou tudo”:
“O perdão de Deus não tem limites; ultrapassa toda a nossa imaginação e alcança toda e qualquer pessoa que, no íntimo do coração, reconheça ter errado e queira voltar para Ele. Deus vê o coração que pede para ser perdoado”.

Relações humanas

O problema surge, infelizmente quando nos encontramos com um irmão que nos fez uma pequena ofensa. A reação que ouvimos na parábola é muito expressiva: «Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: “Paga o que me deves!”» (Mt 18,28). Nesta cena temos todo o drama das nossas relações humanas:

“Quando estamos em dívida com os outros, pretendemos misericórdia; mas, quando são os outros em dívida conosco, invocamos justiça.

Esta não é a reação do discípulo de Cristo, nem pode ser este o estilo de vida dos cristãos. Jesus ensina-nos a perdoar, e a fazê-lo sem limites: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete»”.

Se nos detivermos na nossa pretensão de justiça não seríamos reconhecidos como discípulos de Cristo, “que obtiveram misericórdia ao pé da Cruz apenas em virtude do amor do Filho de Deus”.

Perdão no coração

Francisco exorta, neste sentido, a não esquecermos “as palavras severas com que termina a parábola: «Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração»”.

O perdão de que São Francisco se fez canal na Porciúncula – afirmou o Pontífice – “continua ainda a «gerar paraíso» depois de oito séculos. Neste Ano Santo da Misericórdia, torna-se ainda mais evidente como a estrada do perdão pode, verdadeiramente, renovar a Igreja e o mundo. Oferecer o testemunho da misericórdia, no mundo atual, é uma tarefa a que nenhum de nós pode subtrair-se”.

Humildade

“O mundo tem necessidade de perdão; demasiadas pessoas vivem fechadas no rancor e incubam ódio, porque incapazes de perdão, arruinando a vida própria e a dos outros, em vez de encontrar a alegria da serenidade e da paz. Peçamos a São Francisco que interceda por nós, para que nunca renunciemos a ser sinais humildes de perdão e instrumentos de misericórdia”.

Fonte: Rádio Vaticano
Excerto da matéria: Francisco em Assis: Perdão, caminho para o Paraíso
br.radiovaticana.va/news/2016/08/04/francisco_em_assis_perd%C3%A3o,_caminho_para_o_para%C3%ADso/1249325
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