Liturgia Diária Comentada 20/08/2016 sábado

20ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio Comum ou dos Santos - Ofício da memória
Cor: Branco - Ano “C” Lucas

Memória Obrigatória: BERNARDO DE CLARAVAL - Doutor

Antífona: Antífona: Salmo 36,30-31 - O justo medita a sabedoria e sua palavra ensina a justiça, pois traz no coração a lei de seu Deus.

Oração do Dia: Ó Deus que fizestes do abade são Bernardo, inflamado de zelo por vossa casa, uma luz que brilha e ilumina a Igreja, dai-nos por sua intercessão, o mesmo fervor para caminharmos sempre como filhos da luz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!


Primeira Leitura: Profecia de Ezequiel 43,1-7a

O homem conduziu-me até a porta da casa do Senhor que dá para o nascente, e eu vi a glória do Deus de Israel, vinda do oriente; um ruído a acompanhava, semelhante ao ruído de águas caudalosas, e a terra brilhava com a sua glória.

A visão era idêntica à visão que tive quando ele veio destruir a cidade, bem como à visão que tive junto ao rio Cobar; e eu caí com o rosto no chão. A glória do Senhor entrou no templo pela porta que dá para o nascente. Então o espírito raptou-me e me levou para dentro do pátio interno e eu vi que o templo ficou cheio da glória do Senhor.

Ouvi alguém falando-me de dentro do templo, enquanto o homem esteve de pé junto a mim. Ele me disse: “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, é o lugar em que coloco a planta dos meus pés, o lugar onde habitarei para sempre no meio dos israelitas”. - Palavra do Senhor.

Comentário: A restauração do povo de Deus está prestes a se realizar. Deus se manifesta entre os exilados, porque lá estão aqueles que viverão o acontecimento, e de lá Deus retorna gloriosamente ao “templo” renovado, purificado, espiritual (cf Ez 40). Esse novo templo é símbolo da nova comunidade de Israel e do culto espiritual, profundo que é fidelidade e obras de justiça (Ez 11,14-20). O templo verá a "glória", ou seja, a "presença" de Deus. Essa volta de Deus é descrita com elementos cósmicos, como numa nova criação; tudo tende à restauração messiânica, ao "culto em espírito e verdade" (Jo 4,21-24), em que o verdadeiro "templo" será Cristo (Jo 2,18-22), "cheio de graça e de verdade", do qual brotam "rios de água viva" (Jo 1,14; 7,37; 4,10-14; 19,34), e será templo eterno (Ap 21,22; cf Ez 11,16). Cristo, como dom do Espírito e da Eucaristia, faz dos cristãos "o templo vivo" de Deus (1 Cor 3,16s; 6,19s; 2Cor 6,16; Ef 2,21s) no qual é liturgia o testemunho da vida. (Missal Cotidiano)

Salmo: 84,9ab-10. 11-12. 13-14 (R. Cf 10b)
A glória do Senhor habitará em nossa terra

Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.

A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.

O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,1-12

Naquele tempo, Jesus falou às multidões e aos seus discípulos: ”Os mestres da lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de mestre. Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso mestre e todos vós sois irmãos. Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso guia, Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.  - Palavra da Salvação.

Comentários:

Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço. (CNBB)

Os mestres da Lei e os fariseus gozavam de grande estima no meio do povo, sendo tomados como modelo de piedade. Jesus, porém, colocou-os sob suspeita, alertando os discípulos sobre alguns aspectos da conduta deles. Sua santidade não tinha consistência, pois era apenas aparente: ensinavam uma coisa e praticavam outra. Jesus não suportava este descompasso entre ensinamento e prática. Os discípulos podiam ser influenciados por este desvio de conduta, e, como líderes de comunidade, corriam o risco de repetir o esquema farisaico, impondo pesadas obrigações às pessoas, enquanto praticavam apenas as exigências mínimas. Igualmente, podiam cair na tentação do exibicionismo e da vanglória estéreis. Urgia centrarem as atenções no único Mestre, Jesus, cujo modo de proceder em nada se assemelhava ao mau exemplo dos mestres da Lei e dos fariseus. Seu projeto de vida passava pelo serviço desinteressado e gratuito a todas as pessoas. Pouco lhe importava se para isso devesse sofrer humilhação e se abaixar. Suas palavras eram plenamente confiáveis por serem o parâmetro do seu agir. Antes de exigir algo de seus discípulos, ele próprio buscava colocá-lo em prática. Seu modo de viver era o modelo no qual os discípulos podiam se inspirar, com toda confiança. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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