Prefácio dos Mártires - Ofício da Festa - Glória
Cor: Vermelho - Ano “C” Lucas
Antífona: Antífona: São Lourenço entregou-se a si mesmo ao
serviço da Igreja. Foi digno de sofrer o martírio e de subir com alegria para
junto do Senhor Jesus.
Oração do Dia: Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós,
brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio;
concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Segunda Carta de
São Paulo aos Coríntios 9,6-10
Irmãos, “Quem
semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com
largueza”. Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem
constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”. Deus é poderoso para vos
cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário
e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, como está escrito: “Distribuiu
generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”. Aquele que
dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará
as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça. - Palavra do Senhor.
Comentário: “Deus ama a quem dá com
alegria” (v.7). Dar, dar-se é o “trabalho” da Trindade: doação total, contínua,
na alegria plena, de que nossas pequenas alegrias são um pálido reflexo. Muitas
das tragédias pequenas ou grandes, conhecidas ou anônimas, que envolvem
continuamente o mundo, são no fundo lutas para roubar uma pequenina migalha de
alegria aparente, posta quiçá no dinheiro, no prazer ou no poder. Quer-se
tomar, sobretudo “tomar para si”. Ao contrário, diz-nos a Escritura que a
alegria está em dar, em dar-se. Dando, enriquecemo-nos. É uma alegra economia,
que não está descrita em nossas cotações de bolsa ou nos boletins das
transações comerciais, mas que acaba por dar a todos um valor, embora em outro
plano. A Bíblia nos apresenta novo modelo de desenvolvimento, que não teme
recessões nem inflações. Mas exige de cada um de nós e de nossa sociedade uma
mentalidade de administradores, não de senhores dos bens (materiais e
espirituais). (Missal Cotidiano)
Salmo: 111(112),1-2.5-6.7-8.9(R.5a)
Feliz o
homem caridoso e prestativo
Feliz o homem que
respeita o Senhor e que ama com carinho sua lei! Sua descendência será forte
sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
Feliz o homem
caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais
vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!
Ele não teme
receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro. Seu coração
está tranquilo e nada teme, e confusos há de ver seus inimigos.
Ele reparte com os
pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua
glória e seu poder.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo João 12,24-26
Naquele tempo disse Jesus a seus
discípulos: “Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na
terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz
muito fruto.
Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz
pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém me quer servir,
siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai
o honrará”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Hoje
em dia, mais do que nunca, o testemunho dos valores do Evangelho se faz
necessário até às últimas consequências. A partir daí percebemos uma das
maiores responsabilidades do discipulado: a vivência de forma radical dos
valores evangélicos e o testemunho da verdade anunciada por Jesus. Todas as
pessoas que assumem esta radicalidade do Evangelho mostram ao mundo que existe
a verdadeira esperança de superar todos os males que marcam o nosso tempo e
construir uma nova realidade, fundamentada nos valores evangélicos, que pode
trazer às pessoas humanas a verdadeira felicidade, e que, na sua busca, vale a
pena o sacrifício até mesmo da própria vida. (CNBB)
Após
sua entrada em Jerusalém, com a acolhida entusiástica da multidão de peregrinos
que também vinham à cidade, Jesus anuncia que é chegada a hora de sua
glorificação pelo seu cumprimento fiel da vontade do Pai, até o fim, sem temor
das ameaças de morte que sobre ele pairavam. Os Evangelhos sinóticos narram a
parábola da semente que cai na terra, germina e dá frutos. João usa a mesma
imagem. O grão que não morre fica só. É o individualismo e o terror da solidão.
O grão, para multiplicar-se em novos frutos, tem que cair na terra e morrer. É
a comunicação, a fraternidade e o serviço à vida. A morte não é o último ato
isolado da existência, mas é o termo de uma vida devotada ao amor. Apegar-se à
vida é querer afirmá-la em conformidade com os critérios da ideologia de
sucesso deste mundo sob controle dos poderosos, agentes da morte lenta ou
violenta. Guardar a vida na vida eterna supõe o desprezo desta ideologia de
sucesso e poder, que impõe a submissão pelo temor. Quem não teme a própria
morte está livre para colocar-se totalmente a serviço da vida. O seguimento de
Jesus se faz com o dom total de si mesmo, a favor da vida. Assim se estará onde
Jesus estiver, junto ao Pai, na união do eterno Amor. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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