O filho mais novo vai embora
de casa. Ao voltar, o pai não se mostra ressentido pela grave ofensa mas, ao
contrário, tem somente sentimentos de alegria por recuperar o filho perdido.
Isso, nos ensina que a nossa condição de filhos de Deus não depende dos nossos
erros ou acertos, mas é fruto do amor do coração do Pai.
Amor
incondicional
Penso nas mães e nos pais apreensivos quando veem os filhos
se afastarem por estradas perigosas. Penso nos párocos e nos catequistas que,
às vezes, se perguntam se o seu trabalho foi em vão. Mas
penso também em quem se encontra na prisão e pensa que sua vida acabou; aos que
fizeram escolhas erradas e não conseguem olhar para o futuro; a todos aqueles
que têm fome de misericórdia e de perdão e acreditam não merecê-la… Em
qualquer situação da vida, não devo esquecer que jamais deixarei de ser filho
de Deus, de um Pai que me ama e aguarda o meu retorno.
Já o filho mais velho se
vangloria de ter ficado ao lado do pai e tê-lo servido; mas não viveu com
alegria esta proximidade. Mostra que a lógica da recompensa nos faz ignorar que
não permanecemos na casa do pai para que se obtenha algum benefício, mas por
termos a dignidade de filhos que compartilham as responsabilidades do pai.
Lógica de
Cristo
O filho menor pensa que
merece um castigo por causa dos próprios pecados, já o filho maior esperava uma
recompensa pelos seus serviços. Os dois irmãos não falam entre si, vivem
histórias diferentes, mas raciocinam ambos segundo uma lógica estranha a Jesus:
comportando-se bem, recebe um prêmio, comportando-se mal, é punido. “Esta não é
a lógica de Jesus”.
Esta lógica é subvertida
pelas palavras do pai: é preciso fazer festa porque teu irmão voltou. Sem o
menor, também o filho maior deixa de ser um “irmão”. “A maior alegria de um pai
é ver que os seus filhos se reconhecem irmãos”:
Os filhos podem decidir se
unirem-se à alegria do pai ou rejeitar. E a parábola termina deixando o final
suspenso: não sabemos o que o filho maior decidiu. E este é um estímulo para
nós. Este Evangelho nos ensina que todos necessitamos entrar na casa do Pai e
participar da sua alegria, da festa da misericórdia e da fraternidade. Abramos
o nosso coração, para ser “misericordiosos como o Pai!”
Papa Francisco
Fonte: Rádio
Vaticano
(Trechos
extraídos da matéria “Papa: ao errar, não deixamos de ser filhos de Deus)
br.radiovaticana.va/news/2016/05/11/papa_ao_errar,_n%C3%A3o_deixamos_de_ser_filhos_de_deus/1228932
Foto retirada da internet
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