
Na verdade, poderemos designar com o nome de morte o
mistério que se realizou em Vós, oh Maria? [...]
Uma vez que, quando Vos tornastes Mãe, vossa virgindade permaneceu incólume, vosso
corpo foi preservado da decomposição ao emigrar deste mundo, ficando
transformado num tabernáculo mais ilustre e excelso, não mais sujeito à morte,
mas destinado a perdurar pelos séculos sem fim. [...] Não chamaremos de morte o vosso sagrado
trânsito, mas dormição ou emigração e, com mais propriedade ainda, o
designaremos como permanência na pátria, pois, ao deixar este mundo, obtendes
uma morada muito mais excelente.
Os anjos e arcanjos Vos trasladaram. Ante vosso trânsito, os
espíritos imundos que voam pelos ares, estremeceram-se de espanto. Com vossa
passagem, o ar ficou abençoado e o éter santificado. O Céu, com gozo, recebe
vossa alma [...].