Naquele tempo, disse Jesus:
"Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos
animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: 'Vem depressa
para a mesa'? Pelo contrário, não
vai dizer ao empregado: 'Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu
como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?' Será que vai
agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o
que vos mandaram, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer"'.
- Palavra da Salvação.
A parábola que
Jesus nos apresenta encontra-se enraizada na cultura da “escravidão”, onde pessoas são
donas de pessoas, onde o escravo não tem direito algum, a não ser servir de sol
a sol o seu senhor. Uma ótica que deprecia o ser humano, reduzindo-o a um mero
instrumento de trabalho que se usa e depois se joga no canto.
Amado (a) antes de
mergulharmos no ensinamento de Jesus, vale refletir sobre uma realidade que
ainda acontece nos nossos dias. Sabemos que o tempo da escravidão já passou, e
que as pessoas são livres para ir e vir, cada uma com o seu valor, com a sua
dignidade. Bem, a pergunta que gostaria de fazer é a seguinte: “Será que as
pessoas sabem aproveitar essa liberdade”? Tem outra, “Será que as
pessoas entendem o que é liberdade”?
Hoje o que mais
vemos são pessoas cada vez mais prisioneiras dos seus medos, cada vez mais
pessoas rastejando diante das suas misérias, pessoas mendigando amor e atenção.
Quando será meu irmão (a) que vamos entender, que só seremos verdadeiramente libertos
quando nos entregarmos ao “senhorio de Jesus”.
E é justamente desse “Senhorio” que hoje vamos falar.
No mundo temos duas
escolhas; a primeira sermos escravos do inimigo, e isso quer dizer sermos
escravos do pecado, do vício, onde teremos que dispor de nós mesmos para
servi-lo de uma forma rastejante, sem direito algum, sem descanso e ainda por
cima sendo tratado como um farrapo humano.
A segunda é nos
colocar a mercê do Pai das Misericórdias, Daquele que nos faz sentar a mesa e
Ele próprio vem lavar os nossos pés, Aquele que nos resgatou com o preço do Seu
Sangue. Agora eu pergunto: “Quem você quer para ser o seu Senhor”? Eu
prefiro o segundo.
Acontece que tudo
na vida tem seu preço, e as coisas verdadeiramente boas são caras, para
adquirirmos o direito de sentar a mesa de Cristo, é preciso primeiro ser um outro
Cristo. Se quisermos ser servidos, temos que primeiro servir, se almejamos o
primeiro lugar temos que inicialmente colocar o irmão acima das nossas
necessidades.
Temos que nos
colocar a serviço do Reino de Deus sem exigências, sem barganhas, sem impor condições,
como São Paulo falava, basta para nós saber que “combatemos o bom combate e guardamos a
nossa fé”. Se o peso vier sobre nós, lembrar sempre que o Seu “julgo é leve”,
se a dor nos oprime devemos ter em mente que “como bom soldado do Cristo, temos de
assumir a nossa parte de sofrimento” (2Tm 2,3).
Em tudo o quanto fizermos
nunca devemos buscar a glória do mundo, para esse mundo basta a nós dizermos: “Somos servos inúteis; fizemos o que
devíamos fazer".
A palavra rema de
hoje é: “RENUNCIA”,
devemos sim amado (a) renunciar a tudo que é reluzente neste mundo, pois nem
tudo que reluz é ouro, e o verdadeiro tesouro está em servir a Deus sem exigir
pagamento.
A nossa reflexão
pessoal vem através das palavras de Santa Terezinha do Menino Jesus: “É incrível como
parece grande o meu coração quando considero os tesouros da terra, pois, todos
juntos não o poderiam contentar.”
Foto retirada da internet
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Fique com Deus e sob a proteção da
Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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