
Todos os
textos sagrados são belos e ricos em ensinamentos, mas atrevo-me a dizer que
esse encabeça todos os demais, aqui Jesus nos apresenta um roteiro para a
santidade. Sem querer forçar, convido você a olhar para esse texto permitindo-se
ler as entrelinhas, lembre-se que a Palavra de Deus é viva e por isso se revela
pela ação do Espírito Santo.
Amado (a) nós sabermos quantos são os Mandamentos, “Dez”,
já parou para contar quantas são as Bem-aventuranças; se não contou, conte
agora, os pobres, os
aflitos, os mansos, os sedentos, os misericordiosos, os puros, os promotores da
paz, os perseguidos e os caluniados, e agora você me diz, contei e
são nove, e eu pergunto será? Lembre-se que na nossa reflexão também estamos
lendo as entrelinhas. Será amado (a) que quando Jesus falou: “Alegrai-vos e exultai, porque será
grande a vossa recompensa nos céus”, não podemos também ler: Bem-aventurados
os que se alegram e exultam no Senhor, porque será grande a vossa recompensa
nos céus.
Agora sim temos uma relação de “dez para dez”, mas não se
preocupe com essa relação, tudo foi apenas para chamar a nossa atenção para a
preocupação do Deus Pai e do Deus Filho para que tenhamos uma vida que nos leve
a imitá-Los, porque é da vontade tanto de um, como do outro, que alcancemos a “santidade”,
e aqui abro um parêntese para dizer que a palavra de ordem para o dia de hoje é
a “santidade”.
Tanto o Pai como o Filho, nos dão a mesma ordem: “Sedes Santos”.
Amado (a) para a nossa vida como seguidor de Cristo, santidade não é “opção”,
santidade tem de fazer parte do nosso respirar. Agora vem a pergunta: “O que estamos
fazendo para responder a esse chamado?”
São Tomás de
Aquino em sua oração “Em tudo a vontade do Pai” diz: “que eu chegue a Ti, Senhor,
por um caminho seguro e reto; caminho que não se desvie nem na prosperidade nem
na adversidade, de tal forma que eu te dê graças nas horas prósperas e nas
adversas, conserve em mim a paciência, não me deixando exaltar pelas alegrias, nem abater
pelas tristezas”.
Será amado (a) que já paramos para refletir o que vem a ser “em tudo fazer a
vontade do Pai”, se não convido você a gastar tempo hoje nessa
reflexão:
Bem-aventurados os pobres em espírito: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu
têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8,20).
Aqui Jesus não fala da pobreza material, mas de uma pobreza que deposita sua
vida nas mãos de Deus e confia na Sua providencia.
Bem-aventurados os aflitos: “Quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular,
também da à pessoa todos os carismas necessários para o exercício de sua missão”
(S. Bernardino de Sena). Jesus nos fala do desespero humano devido a falta de
fé.
Bem-aventurados os mansos: “Tomai sobre vós o meu jugo, porque sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso para vós” (Mt 11,29). O verdadeiro refrigério para a alma
está em depositar as nossas aflições sob o soberano amor do Pai.
Bem-aventurados os que têm fome e sede: “Se conhecesses quem é que te diz: ‘Dá-me de
beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” (Jo 4,10). Amado (a) Santo
Agostinho nos diz que “só amamos verdadeira a aquele que conhecemos na
intimidade”, para saciar definitivamente a nossa sede e saciar a
nossa fome, temos que mergulhar de cabeça na Palavra de Deus.
Bem-aventurados os misericordiosos: “Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou
muito amor” (Lc 7,47). Não precisa muito falar para dizer que se queremos a misericórdia
de Deus, também temos de agir com misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração: “O ideal seria ter um coração na cabeça e um cérebro no peito. Só assim,
pensaríamos com amor e amaríamos com sabedoria” (Mafalda). Amar com sabedoria é
amar incondicionalmente.
Bem-aventurados os que promovem a paz: “A primeira preocupação de um coração enamorado
por Cristo é a de levar seus irmãos para o céu” (João Paulo II). Amado (a) como
diz a Palavra a boca fala o que transborda do coração, e se queremos levar a
verdadeira paz ao mundo, temos que está enamorados por Cristo.
Bem-aventurados os que são perseguidos: “Há muros que só a paciência derruba, há
pontes que só o carinho constrói” (Cora Coralina). Só existe uma maneira de
converter os nossos perseguidores, é agindo com piedade.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem: “Eu vos envio como ovelhas para o meio de
lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas”
(Mt 10,16). Todo aquele que se põe a serviço do Reino deverá está preparado
para as armadilhas do inimigo.
Bem-aventurados os que se alegram e exultam no Senhor: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito,
alegrai-vos!” (Fl 4,4). Quanto Paulo pronunciou essas palavras não estava
vivendo um momento de festa, mas estava preso e abandonado pelos irmãos.
Acontece que ele sabia aonde tinha depositado a sua felicidade, e por isso
mesmo na dor era feliz.
Amado para a nossa reflexão pessoal quero antes dizer que
não podemos descuidar da nossa santidade, temos que lapidá-la a cada instante,
e é por isso que vamos ficar com as palavras de São Carlos Borromeu, pois ele
fala justamente de nós que somos servos de Deus, e na ânsia de salvar o mundo
esquecemos de nós mesmos, dizia ele:
Exerces a cura de almas? Não negligencies por isso o cuidado de ti mesmo,
nem dês com tanta liberalidade aos outros que nada sobre para ti. Com efeito, é
preciso te lembrares das almas que diriges, sem que isto te faça esquecer da
tua.
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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