As notícias sobre a vida deste santo, popularíssimo na
Europa central, chegaram até nós por meio de uma biografia escrita cinco
séculos depois de sua morte, com os inevitáveis embelezamentos legendários.
Leonardo, de nobre estirpe franca, - nasceu na Gália no
tempo do imperador Anastácio (491-518) -, teve o rei Clóvis como padrinho. Com
tal apoio teria facilitada qualquer carreira, mas Leonardo preferiu militar sob
o estandarte do santo bispo Remígio.
Valeu-se de qualquer modo da amizade do rei para ter um
privilégio, do qual fez amplo uso porque inspirado na caridade - qual seja, o
de poder conceder a liberdade a todos os prisioneiros que encontrasse pelo
caminho. É lastimável que Leonardo tenha escolhido viver como eremita no meio
de um denso bosque, no qual poucos prisioneiros teriam transitado...
Mas a santidade tem muitos outros recursos. Assim, espalhado
o rumor sobre este santo eremita e sobre suas capacidades taumatúrgicas,
bastava aos prisioneiros invocar seu nome para que as correntes caíssem de seus
pulsos e tornozelos.
Bem no meio da floresta de Pavum, perto de Limoges, onde o
eremita havia fixado a sua morada, passou, em vez dos prisioneiros, o casal
real com todo o seu séquito de cortesãos para uma partida de caça. Inútil
perguntar o que foi fazer aí a rainha no último mês de gravidez. Para lá foi
ela, narra o autor da Vita sancti Leonardi, por um desígnio providencial. Com
efeito, a nobre soberana, colhida pelas dores do parto, teve a assistência do
santo e, graças sobretudo as suas orações, o evento foi verdadeiramente alegre.
O rei mostrou-se reconhecido e prometeu doar-lhe o terreno
para que construísse um mosteiro. Que área? Toda aquela que ele conseguisse
delimitar percorrendo-a no dorso de um asno, em um só dia, obviamente.
Leonardo, já rodeado de muito discípulos, alguns dos quais tinham sido
libertados das cadeias por sua intercessão, construiu um primeiro oratório e aí
escavou um poço; depois os devotos estabeleceram-se ao lado do mosteiro com
suas famílias, dando origem à aldeia que leva seu nome:
Saint-Leonard-de-Noblac. E o santuário continua ainda hoje a ser lugar de
peregrinações.
São Leonardo morreu em 6 de novembro de 545. O santo é
invocado como padroeiro dos prisioneiros, mas também dos fabricantes de
cadeias, de cepos, de fechos e afins. É invocado contra os bandidos, os quais,
por sua vez, postos sob cadeias, poderiam recorrer a seu generoso patrocínio.
Mas o invocam sobretudo as parturientes para ter um parto indolor.
ORAÇÃO: Ó
Senhor Deus, fazei que a exemplo dos santos saibamos apresentar-nos diante de
Vós como uma oferenda agradável e pura, agora e na hora de nossa morte. Amém.
São Leonardo de Noblac, rogai por nós.
Fonte (com adaptações):
paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=470#ixzz3qNClTwZq
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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