Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la - Lucas 17,26-37

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”. - Palavra da Salvação. 

Você está lembrado da terceira lei de Newton, diz ela: “A toda ação sempre há uma reação de mesma intensidade e direção, porém em sentidos opostos”. Pois é, assim também acontece com nossa vida, tudo o quanto fazemos ou deixamos de fazer, interfere diretamente no rumo dela. O impulso de nossas ações, se “positivas”, com certeza nos colocará no rumo de Deus, mas, já percebeu que na vida sempre tem um mas, então, se por outro lado forem “negativas” as consequências serão desastrosas.

E ai eu pergunto: “A culpa é de Deus?” “Por acaso Deus sente prazer um ver nossa ruina?” Com certeza “não”. No Livro da Sabedoria 1,13 diz assim: “Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma”. Acontece amado (a) que alguns por não admitirem que foram os únicos culpados do colapso que se abateu sobre a sua vida, tentam transferir a responsabilidade para Deus.

Será que você já ouviu algumas dessas frases: “Por que Deus permitiu?”, “Por que Deus não interferiu?”, “Onde estava Deus nessa hora?”, “Será que Deus se esqueceu de mim?”, então já ouviu, ou pior, “quantas vezes já pronunciou?

Interessante que nós temos a língua afiada para cobrar, mas uma gigantesca amnésia que nos impede de lembrar quem é o verdadeiro culpado, nos tornamos incapazes de lembrar quantos anjos de carne e osso Deus enviou para nos alertar do perigo que corríamos. Quantas vezes irmão mergulhamos de cabeça no erro, mesmo depois de termos sidos alertados.

O Evangelho diz: “até o dia em que” Noé, Ló, Isaías, Zacarias, João Batista..., quantos mais precisariam para fazer aquele povo acordar, quantos Deus tem de enviar para nos fazer acordar. Será que Ele próprio terá de vir, “a é, Ele já veio!” Então porque muitos ainda preverem ficar em um estado de letargia total?

Os castigos”, ou seja, as coisas danosas que ocorrem na minha e na sua vida, não vem de um Deus raivoso, de um Deus irado, “não”. Repete comigo batendo no peito: “minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa”.

São nossas vontades desenfreadas, de consumo, de poder, de querer, que nos levam a situações de profunda angustia. Não podemos tocar a nossa vida sem Deus, desrespeitando todos os seus mandamentos, sem tempo para a vivência dos sacramentos, e depois querer que Ele venha e concerte tudo.

Jesus nos dá vários avisos de como deve ser a nossa vida, uma vida desapegada das coisas desse mundo, uma vida onde devemos buscar nos agarrar ao que é divino, como diz Santa Faustina, amemos a nossa pequenez, pois é isso que agrada a Deus. Não busquemos nessa vida ouro e prata, mas virtude e justiça, isso sim nos põe na intimidade de Deus.

Jesus primeiro diz: “Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la”, interessante como tem pessoas que não conseguem entender algo tão simples, observe o absurdo dos absurdos.

Nós sabemos que pelo Batismo todos os pecados são perdoados, inclusive a culpa, em outras palavras, se morrêssemos logo após o nosso batismo já teríamos o Céu por garantia. Valendo-se disso alguns espertalhões do passado postergavam ao máximo seu batismo na esperança de que independente da vida que levassem alcançariam as graças celestes, um pouco insano esse moto de pensar já que ninguém sabe o dia e a hora.

Muitos levam uma vida como se tudo começasse e terminasse aqui, outros por sua vez, escolhem viver numa constante barganha com Deus, “faz isso que eu faço aquilo”. “Será que faz sentido viver assim?DUVIDO!

E Jesus continua falando, só que agora nos trazendo uma regra de ouro: “quem a perde vai conservá-la”, e aqui encontramos o “X” da questão. São Tomás de Aquino dizia que “há duas mortes, uma é quando o corpo se separa da alma, mas a pior é a segunda, quando a alma se separa de Deus pelo pecado mortal”.

Amado (a) que nos vamos morrer isso eu não tenho duvida, resta-nos saber de que maneira vamos morrer. De acordo com Tomás de Aquino temos que levar uma vida onde percamos apenas o corpo, e isso é bom, pois é perdendo o corpo que nossa alma se unirá definitivamente a Deus.

O que não podemos permitir com a busca do prazer mundano, é que morra a nossa “alma”, se você não sabe, o inferno nada mais é, do que uma alma que não pode se unir a Deus.

A palavra rema de hoje é “SANTIDADE”. Temos sim amado (a) que buscar a santidade a todo custo, é uma ordem do próprio Deus: “sede santos, porque eu sou o Senhor vosso Deus”.

A nossa reflexão pessoal de hoje terá por base as palavras de São Maximiliano Kolbe:

“A vida é breve; após a morte não há méritos. Agora é o tempo de tornar-se santo”.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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