Liturgia Diária Comentada 26/11/2017 34º Domingo do Tempo Comum

Solenidade: Jesus Cristo Rei do Universo

Primeira Leitura: Profecia de Ezequiel 34,11-12.15-17

Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão. Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar - oráculo do Senhor Deus. Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito. Quanto a vós, minhas ovelhas - assim diz o Senhor Deus -, eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes”. - Palavra do Senhor.


Comentário: Cristo Rei é o Bom Pastor. Nenhuma das ovelhas, cada um de nós que o diga, pode queixar-se. A leitura é tirada da secção que contém uma série de oráculos animadores e de esperança de salvação, proferidos depois da queda de Jerusalém. A aplicação desta profecia a Jesus é uma forma de apresentar Jesus na sua condição divina: «Eu apascentarei as minhas ovelhas» (v. 15; Jo 10,1-16); «Hei de procurar a que anda perdida» (Lc 15,4-7). Também no A.T. o rei é chamado pastor; daqui se justifica a esta leitura da Solenidade de Cristo Rei. Também no Evangelho Jesus aparece como Rei-Pastor, a separar as ovelhas dos cabritos exercendo o papel de Rei (Mt 25,34) e Juiz. (Presbíteros)

Salmo: 22,1-2a.2b-3.5-6 (R.1)
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.

Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Pelas águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças. Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, e com óleo vós ungis minha cabeça; o meu cálice transborda. Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

Segunda Leitura: 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-26.28

Irmãos: Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com efeito, por um homem veio a morte, e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião de sua vinda. A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. Pois é preciso que ele reine, até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos. - Palavra do Senhor.

Comentário: Se em Adão todos morreram, em Cristo todos são restituídos à vida. Cristo entregará o reino a Deus Seu Pai. S. Paulo começando por se apoiar no facto real da Ressurreição de Cristo, procura demonstrar a verdade da ressurreição dos mortos (vv. 1-19). Nestes versículos 22 e 23, diz que «Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (v. 20). As primícias eram os primeiros frutos do campo que se deviam oferecer a Deus e só depois se podia comer deles (Ex 28; Lv 23,10-14; Nm 15,20-21). De igual modo, Cristo nos precede na ressurreição. Nós havemos de ressuscitar «por ocasião da sua vinda» (v. 23). Não se pode confundir esta ressurreição sobrenatural e misteriosa de que aqui se fala com a imortalidade da alma. O Credo do Povo de Deus de Paulo VI, no nº 28, diz: «Cremos que as almas de todos aqueles que morrem na graça de Cristo – tanto as que ainda devem ser purificadas com o fogo do Purgatório, como as que são recebidas por Jesus no Paraíso logo que se separem do corpo, como o Bom Ladrão – constituem o Povo de Deus depois da morte, a qual será destruída por completo no dia da Ressurreição, em que as almas se unirão com os seus corpos». 24 «Quando Cristo entregar o reino a Deus, seu Pai». Isto parece indicar que, na consumação dos tempos, cessará a função redentora de Jesus Cristo, quando todos os eleitos tiverem atingido a plenitude da salvação – fruto da obra do próprio Cristo. Com a ressurreição final a obra da Redenção fica plenamente cumprida. É este também o sentido do último versículo da leitura (v. 28). 26 «O último inimigo a ser aniquilado é a morte»: Paulo gosta de apresentar a morte como personificada: uma força viva que acaba por levar o golpe fatal com a ressurreição final (1Cor 15,54-55). 28 «Deus seja tudo em todos» (cf. v. 24 e nota). Com a vitória final de Cristo na consumação dos tempos, todos os redimidos pertencerão totalmente ao Pai, Deus que será tudo para eles. (Presbíteros)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,31-46

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar’. E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna- Palavra da Salvação.

Comentário: A cena do juízo final comporta vários elementos novos, em relação à mentalidade judaica, em voga entre os discípulos de Jesus. Diante do Messias-juiz, revestido de glória e majestade, deverão comparecer todos os povos, independentemente de sua origem étnica ou tradição religiosa. O crivo do juízo será aplicado a todos, sem distinção. A bênção reservada para os eleitos é obra divina, "desde a criação do mundo". Já a maldição, reservada aos condenados, foi preparada "pelo diabo e por seus anjos". Portanto, quando alguém é votado à sorte dos malditos, frustra-se nele o projeto de Deus. O critério usado no julgamento é o amor ao próximo, de modo especial o pobre e marginalizado. Julga-se a capacidade humana de sair do próprio egoísmo e ir ao encontro das carências do semelhante. O rei Jesus sente-se pessoalmente tocado com cada gesto de amor ou de egoísmo em relação ao necessitado: "a mim o fizeste", "não fizeste a mim". As observâncias religiosas ficam em segundo plano. A santidade obtida por meio delas, mas sem o amor essencial, mostrar-se-á inútil no encontro derradeiro com o Senhor. O juízo final, ao revelar quem é quem, provocará inúmeras surpresas. Muitos que não contavam com a salvação serão salvos por terem vivido o mandamento do amor. Muitos que se tinham como santos serão condenados, pois, no fundo, foram egoístas empedernidos. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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