Memória: SÃO JERÔNIMO - Presbítero e
Doutor
Primeira Leitura: Profecia de
Zacarias 2,5-9.14-15a
Levantei os olhos e
eis que vi um homem com um cordel de medir na mão. Perguntei-lhe: “Aonde vais?”
Respondeu-me: “Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e o seu
comprimento”. Eis que apareceu o anjo que falava em mim, enquanto lhe vinha ao
encontro outro anjo, que lhe disse: “Corre a falar com esse moço, dizendo: A
população de Jerusalém precisa ficar sem muralha, em vista da multidão de
homens e animais que vivem no seu interior. Eu serei para ela, diz o Senhor,
muralha de fogo a seu redor, e mostrarei minha glória no meio dela. Rejubila,
alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o
Senhor. Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu
povo. Habitarei no meio de ti”. -
Palavra do Senhor.
Comentário: O Deus de Israel cria, com
ato de eleição único, livre e soberano, o povo que o adora e lhe abre um
"espaço". A livre iniciativa de Deus permanece a forma concreta com
que a graça aparece entre os homens. Neste sentido o chamado "separa".
Fazem parte desse espaço de Deus aqueles que entenderam o convite e
responderam. Assim faz Deus em Cristo. A resposta que espera de seu povo é
obediência: Deus mesmo conduzirá seu povo para a liberdade eterna. Sem esta
obediência a Deus, a comunidade cristã não poderia resplandecer e testificar a
obediência de Jesus ao Pai. É indispensável a obediência da comunidade cristã, porque esta deve espalhar pelo mundo a absoluta unidade da sociedade divina,
onde não há nada privado, nenhuma rivalidade; só o amor anteposto a todo indivíduo
é princípio de unidade e missão. (Missal Cotidiano)
Salmo: Jr 31,10. 11-12ab.
13 (R. 10d)
O Senhor nos
guardará qual pastor a seu rebanho
Ouvi, nações, a
Palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: Quem dispersou Israel,
vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho! Pois, na verdade, o
Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de
Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor: Então
a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em
alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 9,43b-45
Naquele tempo, todos estavam
admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus
discípulos: “Prestai
bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas
mãos dos homens”. Mas os discípulos
não compreenderam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo
que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.
- Palavra da Salvação.
Comentário: A forma como Jesus introduz
sua admoestação aos discípulos demonstra a gravidade de sua fala: "Prestem
bastante atenção ao que vou dizer a vocês!" De fato, a revelação de seu
destino haveria de pegar desprevenidos os discípulos. Eles jamais poderiam
imaginar o que o Mestre lhe queria comunicar. Os discípulos haviam conhecido um
aspecto da realidade de Jesus: seu poder taumatúrgico, sua capacidade de
fazer-se próximo dos pobres e dos pequeninos, sua autoridade para veicular
ensinamentos jamais ouvidos, sua relação profunda com o Pai. Embora os mestres
da Lei e os fariseus demonstrassem má vontade, as multidões ouviam-no
empolgadas. Aderir a ele parecia ser um passo acertado. Quando Jesus anunciou
estar "para ser entregue nas mãos dos homens", os discípulos foram
incapazes de compreender plenamente estas palavras, pois lhes pareciam
obscuras. E receavam pedir explicações ao Mestre. A revelação de Jesus colocou
em xeque tudo quanto os discípulos pensavam a seu respeito. Pensá-lo sofredor,
humilhado, aviltado nas mãos dos inimigos seria demais. Isto significava o
fracasso das esperanças acalentadas até então. Só Jesus era capaz de
compreender que a perspectiva de morte não significava o fracasso de seu
projeto. Aí, também, se realizava o desígnio do Pai. (Padre
Jaldemir Vitório/Jesuíta)
São Jerônimo - Doutor da Igreja - 30 de Setembro
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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