Memória: NOSSA SENHORA DAS DORES
Primeira Leitura: Carta aos Hebreus
5,7-9
Cristo, nos
dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e
lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa
de sua entrega a Deus. Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência
a Deus por aquilo que sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se a causa
de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. -
Palavra do Senhor.
Comentário: As “súplicas com lágrimas”
podem referir-se à oração no horto (Mt 26,36-42) ou ter alcance geral (ver, por
exemplo, a ressurreição de Lázaro em Jo 11 e Sl 56,9). “Foi ouvido”: como no
salmo da paixão (Sl 22,25), mas com uma mudança substancial: a libertação
acontece além da morte. A “salvação eterna” é ação de Deus (segundo Is 45,17),
que também se poderia traduzir por “definitiva” e enquadraria no presente
contexto. Os cristãos não devem temer a Jesus, mas aproximar-se dele
confiantes, certos de sua acolhida misericordiosa. A figura do sumo sacerdote
se realiza plenamente em Jesus, de modo superior ao sacerdócio de Aarão e de
qualquer liturgia terrena. Cristo atravessou o céu e, ressuscitado, vive para
sempre aquela “justa compaixão” que testemunhou aos homens no momento da
paixão. Como Filho, e do mesmo modo que o misterioso Melquisedec, Jesus se
empenha para sempre, com toda a sua pessoa, na súplica e no sacrifício. A
paixão é vista aqui como a mais solene prece de intercessão e o mais sublime
ato de obediência. O v. 9 anuncia que levado à perfeição, Jesus tornou-se o
princípio de salvação eterna, pois recebeu de Deus o título de sumo sacerdote.
Salmo: 30(31),2-3a.3bc-4.5-6.
15-16.20 (R. 17b)
Salvai-me
pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
Senhor, eu ponho em
vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente. Porque sois
justo, defendei-me e libertai-me; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! Sede
uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós
a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me! Retirai-me
desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos,
Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! A vós,
porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu
entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! Como
é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem!
Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os
homens.
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 19,25-27
Naquele tempo, junto à cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã
da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao
lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, este é o teu filho".
Depois disse ao discípulo: "Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. - Palavra da Salvação.
Comentário: Às várias características
próprias do Evangelho de João junta-se esta: ele é o único que menciona a
presença da mãe de Jesus e de discípulos junto à cruz. Nos sinóticos, Marcos,
Mateus e Lucas, as mulheres permanecem a distância, observando. A mãe de Jesus
é mencionada apenas duas vezes neste Evangelho: no início do seu ministério,
nas bodas de Caná e, agora, no momento de sua crucifixão. Nas duas vezes é
destacada a proximidade entre Jesus e sua mãe. Nas bodas, quando ainda não era
chegada a hora de Jesus, a mãe representa o antigo. Israel fiel,
particularmente os samaritanos, que busca o socorro de Jesus e reconhece que
deve ser feito tudo o que ele disser. Agora é a sua hora. É a hora da
glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte,
tendo, porém, garantida a continuidade de sua missão nas comunidades. Em pé,
junto à cruz, destacam-se sua mãe, Maria Madalena e o discípulo que Jesus
amava. Maria Madalena, procurando por Jesus no horto, em uma alusão ao Cântico
dos Cânticos, representa a comunidade como esposa do Ressuscitado. O discípulo
amado simboliza a comunidade que continuará a missão de Jesus. A mãe, o Israel
fiel, encontrará sua identidade inserindo-se nestas comunidades. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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