Liturgia Diária Comentada 27/08/2017 21º Domingo do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 22,19-23


Assim diz o Senhor a Sobna, o administrador do palácio: “Eu vou te destituir do posto que ocupas e demitir-te do teu cargo. Acontecerá que nesse dia chamarei meu servo Eliacim, filho de Helcias, e o vestirei com a tua túnica e colocarei nele a tua faixa, porei em suas mãos a tua autoridade; ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá. Eu o farei levar aos ombros a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém poderá fechar; ele fechará, e ninguém poderá abrir. Hei de fixá-lo como estaca em lugar seguro e aí ele terá o trono de glória na casa de seu pai”. - Palavra do Senhor.

Comentário: Isaías fala-nos de Chebna – um mau administrador do reino – que vai ser excluído do cargo por desviar o trabalho que lhe foi confiado para proveito próprio. Todos somos administradores e o Senhor há de pedir-nos contas do modo como nos conduzimos nesta administração. Quase a terminar a série de «oráculos conta as nações estrangeiras» (Is 13-23) aparecem no livro de Isaías dois oráculos, um contra Jerusalém (Is 22, 1-14) e outro contra Chebna (Is 22,15-19) e contra o seu sucessor Eliaquim (vv. 24-25). O texto fala da entrega dos poderes da administração da cidade a este homem (vv. 20-22), inicialmente honesto (v. 23), mas que acaba de cair no mesmo vício do nepotismo: «penduram-se nele todos os nobres da casa de seu pai, filhos e netos» (v. 24), uma censura que já não aparece na leitura de hoje; esta limita-se a falar da investidura no cargo em termos solenes e simbólicos: como insígnia, tinha uma banda sobre o ombro na qual trazia uma chave, símbolo do poder de administrar; com esta mesma imagem e servindo-se da mesma expressão de Isaías, o Apocalipse representa assim Jesus Cristo (Apoc 3, 7). Certamente que 1ª leitura foi escolhida, como é frequente acontecer, em função do Evangelho do dia, que fala do poder das chaves dado a Pedro (cf. Mt 16, 19). (Presbíteros)

Salmo: 137,1-2a.2bc-3.6.8bc (R. 8bc)
Ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Completai em mim a obra começada!

Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me. Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia, em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma. Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres, e de longe reconhece os orgulhosos. Ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada/ esta obra que fizeram vossas mãos!

Segunda Leitura: Carta de São Paulo aos Romanos 11,33-36

Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos! De fato, quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem se antecipou em dar-lhe alguma coisa, de maneira a ter direito a uma retribuição? Na verdade, tudo é dele, por ele e para ele. A ele a glória para sempre. Amém! - Palavra do Senhor.

Comentário: S. Paulo convida-nos a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, às vezes, parecendo desconcertante, realiza os Seus projetos da nossa salvação. Resta que nos entreguemos cheios de confiança nas mãos de Deus e deixemos Ele conduza a nossa vida. S. Paulo desata em exclamações de louvor entusiástico a Deus, ao contemplar o seu plano salvífico: Deus escolhe Israel para seu povo; dada a infidelidade deste, chama os gentios à fé; e, por fim, todos formarão um só e mesmo povo no Reino de Deus. 36 «D’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas», uma expressão que introduz a doxologia final, com que se encerra a parte doutrinal da epístola: «Glória a Deus para sempre. Amém». Assim parafraseia a expressão J. M. Bover: «Todas as coisas procedem de Deus (d’Ele), pois é o Criador; subsistem por (Ele) Deus, que é o Conservador; olham e tendem para Deus (para Ele), como seu último fim». (Presbíteros)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e aí perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. - Palavra da Salvação.

Comentário: O apóstolo Pedro foi uma figura de destaque na Igreja primitiva. O próprio Mestre constituiu-o chefe do grupo de discípulos, ao dar-lhe "as chaves do Reino dos Céus". Em muitas ocasiões, ele tomou a palavra para falar em nome dos companheiros. Foi testemunha de experiências do Mestre juntamente com um grupo seleto de discípulos. Mostrou ter estabelecido com Jesus um relacionamento muito íntimo, com seus altos e baixos, para culminar na prova suprema do martírio, como sinal de fidelidade absoluta ao Senhor. Sua trajetória de fé pode ser tomada como paradigma da vivência da fé cristã. Pedro obteve um conhecimento interior do Senhor, não provindo "da carne ou do sangue", mas da revelação do Pai celeste. O apóstolo percebeu a revelação divina na convivência com Jesus. Os acontecimentos do dia-a-dia deixavam transparecer quem era o Mestre. Pedro tornou-se capaz de, com a graça divina, ir além da percepção popular. Por isso, pode chegar a proclamá-lo como Cristo, o Filho de Deus vivo. A bem-aventurança de Pedro ("Feliz es tu, Pedro!") estende-se a todos que se tornam discípulos, a exemplo dele. É feliz quem cumpre com generosidade a missão recebida de Jesus. É feliz quem persevera na fidelidade ao Filho de Deus, comungando com sua sorte e seu destino. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Santa Mônica - 27 de agosto

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

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Um comentário:

  1. Meu Santo Chagado
    Quem dera ser eu um santo; digno de teu amor...
    Abraçar a minha cruz, viver na tua luz...
    Quem dera ser eu um forte; grande menino de sorte
    Pra contemplar a toda sorte; felicidade de tua luz!
    Quem dera ser eu um santo; um simples soldado teu
    Combatente na peleja do calvário que por mim, sofreu.
    Quem me dera ser eu um santo; não causar tão grande chaga...
    Martírio, injusto pranto.
    Quem dera ser eu um santo, carregar a minha cruz
    Seguindo a Ti, Ó Bom Jesus!
    Quem dera ser eu um santo ou um simples Cirineu...
    Sentir um pouco do que sofreu para o homem socorrer!
    Quem dera ser eu um santo, fiel amigo teu.
    Não mereço o que me deu, pela dor que Ti causei!
    Quem me dera ser eu um santo, com tanto amor por todo ser...
    De gente que não sabe crer.
    Quem dera ser eu um santo, contemplando teu viver...
    Esperando tua volta, na alegria e no sofrer.
    Quem dera ser eu um santo, digno de teu amor
    Adorar-Te, em todo canto, vivendo no Teu amor, ó Cristo meu Salvador!
    Quem dera ser eu um santo e não mais um pecador.

    "Que pelas Santas Chagas de Cristo e as dores de Maria Santíssima, nos tornemos merecedores do amor do Pai e participantes das alegrias eternas. Que S. Francisco e Santa Clara roguem a Deus por todos nós agora e sempre! Amem.

    ..

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