Carta de Paulo aos Tessalonicenses, um anúncio querigmático - Frei Geraldo

Olá querida família O Cristão Católico, estou de volta agora falando um pouco sobre o mês da bíblia, claro, mais especificamente do livro escolhido para nossa reflexão e inspiração na missão como sinal de rupturas.

Folheando a nova Bíblia Pastoral como também, o Semanário Bíblico, Bíblia Gente do centro Bíblico dos Verbitas, pude concentrar elementos relevantes sobre esta carta que denomino a carta da pregação querigmática do Apóstolo Paulo e Silvano.

Antes de tudo, a carta se situa entre os anos 51 e 53 da era cristã, numa cidade portuária na qual a realidade social era desigual, na sua maioria, a população era escrava do sistema opressor que dominava naquele contexto. Os missionários desceram às periferias de Tessalônica para ver a realidade com os olhos de Deus, perceberam que a vida das pessoas era esmagada pelo sofrimento.

O Apóstolo Paulo e seu companheiro na missão, causaram impacto com o jeito novo de falar de Deus àqueles que estavam oprimidos, eles lhes falavam de Jesus como o libertador, o povo foi clareando a visão e esquentando o coração, chamo isso de experiência do encontro com Jesus Cristo, aquele que veio para libertar o povo das escuridão.

A pregação querigmática gera rupturas com as estruturas rígidas e limitadas, prisioneiras do poder opressor.

A Missão compreendida na perspectiva da carta aos Tessalonicenses, é uma missão de rupturas, ela tem no seu conteúdo Jesus Cristo o libertador. É uma pregação que nasce a partir da realidade do povo, não é uma pregação meramente erudita desconectada da vida concreta.

Podemos até dizer que Paulo, foi verdadeiramente um homem inserido nas periferias, levou a Boa Nova aos lugares mais distantes e desprotegidos. Foi o Apóstolo da esperança que não decepciona. Por isso, sua pregação vai causar fortes impactos na ideologia religiosas da sua época, além de impactar o sistema podre que escraviza impiedosamente o povo mais simples.

A pregação tem seu inicio da sinagoga dos judeus em Tessalônica, gera conflitos, perseguições aos missionários, eles encontram novas saídas, descem às periferias para que a Boa Nova não morra, mas que cresça no coração do povo que sofre as consequências da irresponsabilidade e desumanização de sistema vigente.

Diante dos conflitos, os missionários deixam a Sinagoga e vão iniciar uma missão na casa de um cidadão da periferia de Tessalônica, Fasão.

O anúncio da Boa Nova não cabe dentro das pesadas estruturas, são como que odres velhos para vinho novo.

A grande novidade da missão como sinal de ruptura: a decidida saída das estruturas caducas para nova expressão de ser Igreja a partir da casa, uma igreja doméstica.

Que as comunidades tenham a graça de estudar e aprofundar mais intensamente o sentido teológico da missão/pastoral a partir desse livro que abre as portas dos livros do Novo Testamento.

Paulo e Silvano, além da comunidade cristã de Tessalônica nos sejam linhas de inspiração para a elaboração de um pensar a agir missionário mais voltado para o centro da nossa tradição cristã: Jesus de Nazaré, homem que assumiu em tudo a condição humana, menos o pecado, (Fl 2).

Que possamos redescobrir a mística missionária do Apóstolo Paulo e de seus companheiros (as) ao longo das três etapas do projeto missionário paulino do ano 46 a 58 d.C. Anos que serviram para fazer o Evangelho chegar à outras fronteiras.

O Mês de setembro sempre é uma oportunidade para apreciarmos um livro da Sagrada Escritura e aprofundar seu conteúdo, e este ano, somos privilegiados com este tesouro que é a carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses.

Vivemos num mundo que ainda promove as marcas da escravidão, da opressão, por isso, da exclusão, mesmo que em muitos casos imaginemos que todos agora estão incluídos com dignidade no sistema, no entanto, o que se percebe é uma tal de inclusão perversa, os pobres cada vez mais pobres e um distanciamento concreto entre as classes sociais.

Quais os sinais de libertação que o povo já vive em nossa sociedade? Quais os sistemas que ainda precisam de renovação para que a libertação chegue a todos os povos e nações?

Deixo aqui essas interrogações e você com certeza apresentará novos questionamentos à medida que vai entrando no universo desta carta do grande Apóstolo Paulo.

Frei Geraldo Bezerra de Sousa, Ordem Carmelita
Vigário Paroquial da Paróquia NSra do Bom Conselho - Princesa Isabel
Animador missionário e pastoral em São José de Princesa - PB.

Fonte: Nova Bíblia Pastoral, introdução as cartas de Paulo, São Paulo, Paulus; Semanário Bíblico - Bíblia Gente, Centro Bíblico - Verbo Divino, São Paulo

Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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