Liturgia Diária Comentada 24/06/2017 sábado
11ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício da Solenidade – Glória e Creio
Cor: Branco - Ano “A” Mateus
Solenidade:
Natividade
de São João Batista
Antífona: João 1,6-7; Lucas 1,17 - Houve um homem
enviado por Deus: o seu nome era João. Veio dar testemunho da luz e preparar
para o Senhor um povo bem disposto a recebê-lo.
Oração do Dia: Ó Deus, que suscitastes são João Batista a fim de preparar para
o Senhor um povo perfeito, concedei á vossa Igreja as alegrias espirituais e
dirigi nossos passos no caminho da salvação e da paz. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Profeta
Isaías 49,1-6
Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção:
o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na
mente o meu nome; fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra
de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, e
disse-me: “Tu és o meu servo, Israel, em quem serei glorificado". E eu
disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente;
entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa". E
agora diz-me o Senhor - ele que me preparou desde o nascimento para ser seu
servo - que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do
Senhor esta é a minha glória. Disse ele: "Não basta seres meu servo para
restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te
farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da
terra". - Palavra do Senhor.
Comentário: É o segundo cântico do servo
de Deus. Aqui se descrevem as características da missão profética: desde o
início (ventre), o Servo recebe a missão (o nome) de anunciar a palavra de Deus
para reunir e restaurar seu povo disperso. Essa restauração implica reunir e
organizar o povo, liderando-o no movimento da libertação: isso implica a
reorganização político-social e a justa distribuição de terras. Mas a missão do
Servo ultrapassa as fronteiras de uma nação, pois fará com que o povo da
aliança se torne luz para os outros povos. Há na obra de salvação realizada por
Jesus um paradoxo, cuja explicação nos devolve necessariamente ao
irrepreensível poder de Deus. Sob o aspecto humano, a vida de Jesus se encerra
com um xeque radical. Ninguém como ele pôde dizer: "Esforcei-me em vão, em
vão e por nada consumi minhas energias" (versículo 4). Ninguém jamais
falara como ele, ninguém jamais praticara em favor dos pobres obras como as
suas. Entretanto, ao pé da cruz havia apenas um grupo exíguo de pessoas fiéis.
Contudo, exatamente por causa deste seu aniquilamento, tornou-se a luz dos
povos e levou a salvação até às extremidades da terra (versículo 6). Sinal do
Cristo, a Igreja deve dispor-se a repetir visivelmente o mistério, rejeitando
toda lógica de força, poder e prestígio. A salvação não chega aos homens em proporção
da eficiência e do saber estratégico do povo de Deus; vem de uma decisão do
Pai, e manifesta-se ao mundo, sobretudo onde é capaz de entrar o amor, para
vantagem dos outros, na treva do fracasso e na humilhação da derrota. (Deus
Único)
Salmo: 138(139),1-3.13-14ab.14c-15
(R. 14a)
Eu vos louvo
e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!
Senhor, vós me
sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais
meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos
vos são todos conhecidos. Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio
de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de
modo admirável me formastes! Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; nenhuma
sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era
formado nas entranhas subterrâneas.
Segunda Leitura: Atos dos Apóstolos
13,22-26
Naqueles dias, Paulo disse: Deus fez surgir Davi como rei e
assim testemunhou a seu respeito: 'Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração,
que vai fazer em tudo a minha vontade'. Conforme prometera, da descendência de
Davi Deus fez surgir para Israel um salvador, que é Jesus. Antes que ele
chegasse, 'João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel.
Estando para terminar sua missão, João declarou: 'Eu não sou aquele que pensais
que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar
as sandálias'. Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a
nós foi enviada esta mensagem de salvação. - Palavra do Senhor.
Comentário: O primeiro discurso de Paulo
reflete a estrutura da sua catequese. A idéia-chave é a salvação, fruto da
ressurreição de Cristo. A história de Israel, conduzida por Deus, é um passado
de promessas em tensão para o seu cumprimento. É em Jesus que Deus as cumpre,
transformando a história passada num presente que antecipa todo o futuro.
Embora conhecendo as promessas, as autoridades de Israel rejeitaram Jesus e o
mataram. Deus, porém, o ressuscitou, tornando-o salvador de todos os homens. É
o que as escrituras anunciam e os apóstolos testemunham. A profissão de fé
expressa catequese não é teoria abstrata; é experiência profundamente ligada à
história, na qual se revela o acontecimento salvífico e na qual Deus nos chama
para construirmos o futuro libertador antecipado em Jesus ressuscitado. É este
o primeiro exemplo que possuímos da "catequese" de Paulo. O
cristianismo não é uma ideologia, nem uma doutrina; é uma história de salvação,
que tem em Jesus seu cumprimento. Por isso os acontecimentos do passado serão
lidos como algo que compromete o presente, porque também nós nos tornamos
protagonistas. Quando se fala de Abraão, Moisés, Samuel..., na realidade se
fala de cada um de nós. Sua fé é nossa fé, sua história se entrelaça com a
nossa vida. Estudar a Bíblia não significa, pois, comentar este livro como se
pertencesse ao passado; o verdadeiro modo de ler a Bíblia, especialmente o
evangelho, é torná-lo continuamente "novo", redescobrindo a
atualidade de Cristo ressuscitado. Descobre-se a atualidade do mistério de
Cristo a partir da situação concreta do mundo de hoje, dos problemas que agitam
o homem moderno. (Deus Único)
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,57-66
Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz
um filho. Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido
misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. No oitavo dia, foram
circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe,
porém, disse: “Não! Ele vai chamar-se João". Os outros disseram: "Não
existe nenhum parente teu com esse nome!" Então fizeram sinais ao pai,
perguntando como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma
tabuinha e escreveu: "João é o seu nome". E todos ficaram admirados.
No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele
começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se
por toda a região montanhosa da Judéia. E todos os que ouviam a notícia,
ficavam pensando: "O que virá a ser este menino?" De fato, a mão do
Senhor estava com ele. E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele
vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a
Israel. - Palavra da Salvação.
Comentários:
O
nascimento de João Batista nos mostra a atuação de Deus na história e que nem
sempre entendemos esta atuação ou os nossos projetos são os mesmos dele. Quando
existe discordância entre a vontade de Deus e a nossa vontade, nós nos tornamos
limitados e incapazes de viver plenamente na graça divina e de comunicar esta
graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando a nossa vida é conforme a vontade
de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do Senhor está conosco e a nossa
boca se abre para anunciar suas maravilhas e proclamar os seus louvores. (CNBB)
O
nascimento de João Batista corresponde a um passo decisivo em direção ao
cumprimento da promessa divina, de conceder ao mundo um Salvador. A importância
da presença do Precursor, na história humana, é visível no conjunto dos fatos
que circundam o seu nascimento. Seus pais era idosos. Sua mãe, estéril, quando
concebeu. A mudez inexplicável do pai, Zacarias, apontava para alguma
experiência, extremamente forte, feita no Templo, relacionada com a gravidez de
Isabel. As divergências em torno do nome a ser dado à criança foram fora do
comum. Quiseram dar-lhe o nome de Zacarias, que significa Deus se lembra. O
pai, porém, insistiu para que se chamasse João, que significa Deus é propício,
conforme as instruções que tinha recebido. A decisão a respeito do nome do
recém-nascido foi, para Zacarias, penhor de graças. Com isso pôde recobrar a
fala e bendizer publicamente a Deus. Este conjunto de fatos explica o porque da
perplexidade e do espanto de parentes e vizinhos, a respeito do futuro do
menino. Podia-se notar como "a mão do Senhor estava com ele",
guiando-o desde a mais tenra idade. Se já agora estava acontecendo isso, o que
seria de seu futuro? Coisas grandiosas lhe estavam reservadas! Desde o início,
as comunidades cristãs souberam reconhecer a importância de João. Apesar da
provisoriedade de sua missão, ela foi relevante, por estar relacionada com o
Messias Jesus. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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