A Igreja vive no Espírito
de Cristo
A solenidade de Pentecostes celebra um acontecimento capital
para a Igreja: a sua apresentação ao mundo, o nascimento oficial com o batismo
no Espírito. Complemento da Páscoa, a vinda do Espírito sobre os discípulos
manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e na atividade dos
discípulos; início da expansão da Igreja e princípio da sua fecundidade, ela se
renova misteriosamente hoje para nós, como em toda assembleia eucarística e
sacramental, e, de múltiplas formas, na vida das pessoas e dos grupos até o fim
dos tempos. A "plenitude" do Espírito é a característica dos tempos
messiânicos, preparados pela secreta atividade do Espírito de Deus que
"falou por meio dos profetas" e inspira em todos os tempos os atos de
bondade, justiça e religiosidade dos homens, até que encontrem em Cristo seu
sentido definitivo.
O Espírito da aliança
universal e definitiva
Não se pode deixar de ligar o acontecimento do Sinai com ode
Jerusalém; a assembleia das doze tribos corresponde à dos apóstolos, novo
Israel; fogo e vento manifestam a presença do Deus vivo; é dada a lei da
aliança, lei de liberdade que qualifica
os filhos de Deus. A aliança, não mais limitada a um
povo escolhido para dar a conhecer o verdadeiro Deus, é aberta a todos os povos
e a todas as raças; não mais caracterizada
por um sinal na carne (a circuncisão), ela é espiritual e se exprime
pela fé e o batismo (também o de desejo); não mais renovada por homens mortais
no decorrer da história, é ela fundada sobre Cristo "que permanece
eternamente". E precisamente por ser espiritual e definitiva, sua
encarnação atual na Igreja do nosso tempo com suas instituições e nas diversas
igrejas esparsas por toda a terra, com suas peculiaridades, tem valor
sacramental (isto é, traz verdadeiramente a salvação), mas também relativo e
caduco. E preciso, pois, não considerar absoluto e definitivo algo que não seja
o próprio Espírito, realidade profunda e inexaurível de tudo o que constitui a
vida da Igreja no tempo: ações sacramentais, hierarquia, ministérios e
carismas, templos e lugares. (Podem-se reler diversos textos do Concílio a
propósito do pluralismo na Igreja, da tradução da mensagem cristã nas diversas
culturas, da adaptação litúrgica, da variedade de expressão artística).
O Espírito da fidelidade e
da coragem
O batismo no Espírito ilumina a comunidade dos amigos de
Cristo sobre seu mistério de Messias, Senhor e Filho de Deus; faz com que compreendam
sua ressurreição como a plenificação dos planos de salvação de Deus, não só
para o povo de Israel, mas para todo o mundo; leva-os a anunciá-lo em todas as
línguas e circunstâncias, sem temer perseguições nem morte. Como os apóstolos,
os mártires e todos os cristãos, que ouviram profundamente a voz do Espírito de
Cristo, tornam-se testemunhas do que viram, do que foi transmitido e que
experimentaram em sua existência. No mundo de hoje toda a nossa comunidade é
chamada a colaborar com o Espírito da nova vida para renovar o mundo: tanto na
atividade cotidiana como nas vocações extraordinárias. E isto, sem perder a
coragem, porque "o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza" (Rm
8,26), corrige e incentiva nosso esforço, faz convergir tudo para o bem comum
(2ª leitura), porque todo dom (todo carisma) vem dele, único Espírito do Pai e
do Filho.
Toda a nossa vida de cristãos está, portanto, sob o sinal do
Espírito que recebemos no batismo e na crisma, nosso Pentecostes; nela devemos
amadurecer os "frutos do Espírito" (Gl 5,22): amor, paz, alegria,
paciência, espírito de serviço, bondade, confiança nos outros, mansidão,
autodomínio...
O Espírito da novidade em
Cristo
"Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo
permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples
organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um
arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos.
Mas no Espírito Santo o cosmos é enobrecido pela geração do
Reino, o Cristo ressuscitado está presente, o evangelho se faz força do Reino,
a Igreja realiza a comunhão trinitária, a autoridade se transforma em serviço,
a liturgia é memorial e antecipação, a ação humana se deifica"
(Atenágoras).
·
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 2,1-11
·
Salmo: 103,1ab.24ac.29bc-30 31.34 (R.30)
·
Segunda Leitura: 1ª Carta de São
Paulo aos Coríntios 12,3b-7.12-13
·
Evangelho: de Jesus Cristo segundo João
20,19-23
Fonte:
Missal Dominical (Paulus)
DEIXE SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja
Católica
Se
desejar receber nossas atualizações de uma forma rápida e segura, por favor,
faça sua assinatura, é grátis.
Acesse nossa pagina: https://ocristaocatolico.blogspot.com.br/ e cadastre seu e-mail para recebimento automático,
obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude-nos a melhorar nossa evangelização, deixe seu comentário. Lembre-se no seu comentário de usar as palavras orientadas pelo amor cristão.
Revista: "O CRISTÃO CATÓLICO"
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica