As aparições de Nossa Senhora, em Fátima são consideradas
como sendo a mais profética aparição dos últimos tempos!
Com efeito, Fátima marcou o século XX e tem demonstrado ser
a grande esperança do terceiro milênio. As profecias de Nossa Senhora de Fátima
anunciaram grandes castigos mas, também, grandes meios de salvação. É para
estes candentes e atuais acontecimentos que voltaremos nossa atenção.
Deus faz preceder suas grandes
intervenções na história por numerosos e variados sinais.
Com frequência, serve-se Ele de homens de virtude insigne
para transmitir aos povos suas advertências, ou predizer acontecimentos
futuros.
Desse modo procedeu o Padre Eterno em relação ao advento do
Messias, seu Filho Unigênito. A magnitude de tal fato, em torno do qual gira a
história dos homens, exigia uma longa e cuidadosa preparação. Assim foi ele
prenunciado durante muitos séculos pelos Profetas do Antigo Testamento, de tal
forma que, por ocasião do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, tudo estava
maduro para sua vinda ao mundo. Até entre os pagãos, muitos esperavam algo que
desse solução à crise moral na qual os homens de então estavam imersos.
Quase se poderia afirmar com segurança que, quanto mais
importante o acontecimento previsto, tanto maior a grandeza dos sinais que o
precedem, a autoridade dos que o anunciam, e o tempo de espera.
É fácil, à luz desta regra, avaliar a importância das
previsões de Fátima, pois quem no-las anuncia não é um Anjo, nem um grande
santo, mas a própria Mãe de Deus.
Já na época das aparições de Fátima, nos primeiros anos
deste nosso século, os acontecimentos mundiais faziam entrever o que seria a
triste história contemporânea. De um lado, um progresso material quase
ilimitado, a par de uma decadência de costumes como nunca antes se vira. De
outro lado, guerras e convulsões sociais de proporções terríveis. A Primeira
Guerra Mundial foi um exemplo dessa realidade, largamente superada pela Segunda
Guerra Mundial e por tudo quanto se lhe seguiu.
Como Mãe solícita e afetuosa, quis Maria Santíssima, evitar
todos esses males a seus filhos. Por isso, desceu do Céu a fim de alertar a
humanidade para os riscos que corria se continuasse nas vias tortuosas do
pecado. Veio, ao mesmo tempo, indicar os meios de salvação: a recitação do
Rosário, a prática dos Cinco Primeiros Sábados, a devoção ao Imaculado Coração
de Maria.
As aparições da própria Mãe de
Deus
13 de maio de 1917. Lúcia de Jesus, 10 anos, Francisco
Marto, 9 anos e Jacinta Marto, 7 anos, após a Missa na igreja de Aljustrel,
lugarejo de Fátima, foram pastorear o rebanho de ovelhas nas terras do pai de
Lúcia, na Cova da Iria.
Após um como que clarão de relâmpago, num céu luminoso e
sereno, sobre uma carrasqueira de metro e pouco de altura apareceu-lhes a Mãe
de Deus.
Segundo as descrições da Irmã Lúcia, era “uma Senhora
vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e
intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos
raios do sol mais ardente”. Seu semblante era de uma inenarrável beleza, nem
triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira
censura. Como descrever em pormenores seus traços? De que cor os olhos, os
cabelos dessa figura celestial? Lúcia nunca o soube dizer ao certo!
O vestido, mais alvo que a própria neve, parecia tecido de
luz. Tinha as mangas relativamente estreitas e era fechado no pescoço, descendo
até os pés, os quais, envolvidos por uma tênue nuvem, mal eram vistos roçando
as franças da azinheira. Um manto lhe cobria a cabeça, também branco e orlado
de ouro, do mesmo comprimento que o vestido, envolvendo-lhe quase todo o corpo.
“As mãos, trazia-as juntas em oração, apoiadas no peito, e da direita pendia um
lindo rosário de contas brilhantes como pérolas, terminando por uma cruzinha de
vivíssima luz prateada. [Como] único adereço, um fino colar de ouro-luz,
pendente sobre o peito, e rematado, quase à cintura, por uma pequena esfera do
mesmo metal”
Nesta primeira aparição, Nossa Senhora pede aos 3
pastorinhos que venham seis meses seguidos, no dia 13, à mesma hora. E diz que
ainda viria uma sétima vez.
“Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os
sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com
que Ele é ofendido, e de suplica pela conversão dos pecadores?
À resposta afirmativa das crianças, Ela acrescentou: “Ides,
pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto”.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (‘a graça de
Deus…’, etc.), que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão
intensa, como que reflexo que delas expedia, que nos penetrava no peito e no
mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz,
mais claramente do que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso
ín¬timo, também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente: ‘Ó
Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo
Sacramento’.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
‘Rezem o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da
guerra’.
E Nossa Senhora se elevou serenamente, subindo em direção ao
nascente, até desaparecer no Céu.
A celeste Mensageira havia produzido nas crianças uma
deliciosa impressão de paz e de alegria radiante, de leveza e liberdade.
Parecia-lhes que poderiam voar como os pássaros. De tempos em tempos, o
silêncio em que tinham caído era cortado por esta jubilosa exclamação de
Jacinta:
– Ai! que Senhora tão bonita! Ai! que Senhora tão bonita!
Nas aparições, a Virgem Santíssima falou apenas com Lúcia,
Jacinta só ouvia o que Ela dizia e Francisco não A ouvia mas apenas via.
A segunda aparição: 13 de
junho
Já com a presença de 50 pessoas na Cova da Iria, os 3
pastorinhos viram de novo o reflexo da luz (a que chamavam relâmpago) que se
aproximou da carrasqueira.
Nossa Senhora queria que voltassem no próximo dia 13, que
rezassem o Terço todos os dias e aprendessem a ler.
Lúcia pede para que Ela os leve para o Céu. “Sim, à Jacinta
e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer
servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a
devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão
queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu
trono”.
A Virgem anima Lúcia, dizendo que nunca a deixará. “O meu
Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.”
De novo, abriu as mãos e lhes comunicou o reflexo de intensa
luz, como que submergindo-os em Deus. E na palma da mão direita de Maria estava
um Coração cercado de espinhos que pareciam estar nele cravados. Era o
Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade, querendo
reparação! Aos poucos essa visão se esvaeceu diante das vistas enlevadas dos
três pastorinhos.
E Nossa Senhora, resplandescente de luz, subiu suavemente
para o leste, até desaparecer.
Terceira aparição: 13 de julho
Lúcia, até a tarde do dia anterior, estava resolvida a não
comparecer à Cova da Iria. Mas, ao se aproximar a hora, numa sexta-feira,
sentiu-se impelida por uma força estranha, à qual não lhe era fácil resistir.
Foi ter com os primos, aos quais encontrou no quarto, de joelhos, chorando e
rezando pois não queriam ir sem Lúcia. As três crianças, então, se puseram a
caminho.
Chegando ao local da aparições, surpreenderam-se com mais de
2 mil pessoas aguardando o extraordinário acontecimento. O pai de Francisco e
Jacinta, Sr. Marto, narrou ter visto uma nuvenzinha acinzentada pairar sobre a
azinheira, enquanto o sol se turvava e fresca aragem soprava…
“Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem; que
continuem a rezar o Terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário,
para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”.
E Lúcia revela que Nossa Senhora pediu para eles se
sacrificarem pelos pecadores e dizerem muitas vezes, em especial sempre que
fizerem algum sacrifício:
“Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e
em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”.
Maria Santíssima revela, então, aos 3 pastorinhos a primeira
parte do segredo de Fátima: a visão do inferno; a segunda parte do segredo: o
anúncio do Castigo e dos meios para evitá-lo. A terceira parte do segredo
permaneceu desconhecida até 26 de junho de 2000. Nesta data, foi ela di¬vulgada
por determinação de S.S. o Papa João Paulo II. (Ver o link “Segredo de
Fátima”).
Nossa Senhora, então, elevou-se em direção ao nascente, até
desaparecer no firmamento. O final da aparição, segundo Sr. Marto, foi indicado
por uma espécie de trovão.
Quarta aparição: 15 de agosto
Às vésperas da data, os 3 pastorinhos foram seqüestrados e
mantidos por 3 dias sob vigilância pelo Administrador de Ourém, que lhes
desejava arrancar os segredos a eles confiados. Assim, não puderam comparecer à
Cova da Iria, no dia 13 de agosto. Alguns dos presentes, no local,
testemunharam ter ocorrido o trovão, o relâmpago e o surgimento da pequena
nuvem, leve, branca e bonita, pairando sobre a azinheira. E que, depois, subiu
e desapareceu no céu.
Libertos e estando, em 15 de agosto, a pastorear em
Valinhos, Lúcia e Jacinto sentiram algo sobrenatural que os envolvia… E mandaram
que João, irmão de Jacinta, fosse chamá-la. Lúcia e Francisco viram o reflexo
da luz como um relâmpago e, chegada a Jacinta, logo, Nossa Senhora apareceu
sobre a carrasqueira. Ela queria que viessem no próximo dia 13 e que rezassem o
Terço todos os dias.
“No último mês farei o milagre para que todos acreditem.”
prometeu a Virgem.
Mandou que fossem feitos dois andores para a festa de Nossa
Senhora do Rosário com o dinheiro deixado pelo povo na Cova da Iria. O restante
seria usado para ajudar na capela que mandariam fazer. E, tomando um aspecto
mais triste, acrescentou:
“Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que
vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por
elas”.
E Nossa Senhora se retira em direção ao nascente, como das
outras vezes.
Durante longos minutos os pastorinhos permaneceram em estado
de êxtase. Sentiam-se invadidos por uma alegria inigualável, após tantos
sofrimentos e temores
Quinta aparição: 13 de
setembro
Nesse dia, 15 a 20 mil pessoas, e talvez mais, acorreram à
Cova da Iria. Todos queriam ver, falar e fazer pedidos às crianças para que
apresentassem à Virgem. Junto à carrasqueira, começaram a rezar o Terço com o
povo, até que num reflexo de luz Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira.
“Continuem a rezar o Terço para alcançarem o fim da guerra.
Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São
José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os
vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda [cilício], trazei-a só
durante o dia”.
Segundo o testemunho de alguns espectadores, por ocasião
dessa visita de Nossa Senhora, como das outras vezes, ocorreram diversos
fenômenos atmosféricos. Observaram “à distância aparente de um metro do sol, um
globo luminoso, que em breve começou a descer em direção ao poente e, da linha
do horizonte, voltou a subir de novo em direção ao sol”. Além disso, a
atmosfera tomou uma cor amarelada, verificando-se uma diminuição da luz solar,
tão grande que permitia ver a lua e as estrelas; uma nuvenzinha branca, visível
até o extremo da Cova, envolvia a azinheira e com ela os videntes. Do céu
choviam como que pétalas de rosas ou flocos de neve, que se desfaziam pouco
acima das cabeças dos peregrinos, sem deixar-se tocar ou colher por ninguém”.
Ainda que breve, a aparição de Nossa Senhora deixou os
pequenos videntes felicíssimos, consolados e fortalecidos em sua fé. Francisco,
de modo especial, sentia-se transportado de alegria com a perspectiva de ver,
dali a um mês, Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme lhes prometera a Rainha do
Céu e da Terra.
Sexta e última aparição: 13 de
outubro de 1917
Já era o outono. Uma chuva persistente e forte transformara
a Cova da Iria num lamaçal e encharcava a multidão de 50 a 70 mil peregrinos,
vindos de todos os cantos de Portugal. Assim que chegaram os videntes, Lúcia
pediu que fechassem os guarda-chuvas para rezarem o Terço. E, pouco depois,
houve o reflexo de luz e Nossa Senhora apareceu sobre a carrasqueira.
“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra,
que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os
dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.”
Ao pedido de cura para uns doentes e conversão para alguns
pecadores, Nossa Senhora respondeu:
“Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam
perdão dos seus pecados”.
E tomando um aspecto triste, Ela acrescentou:
“Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito
ofendido”.
E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol, e enquanto Se
elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol
Visões de cenas simbolizando os Mistérios gozosos, dolorosos
e gloriosos do Rosário
Chovera durante toda a aparição. Lúcia, no término de seu
colóquio com Nossa Senhora, gritara para o povo: “Olhem para o sol!” Rasgam-se
as nuvens, e o sol aparece como um imenso disco de prata. Apesar de seu intenso
brilho, pode ser olhado diretamente sem ferir a vista. As pessoas o contemplam
absortas quando, de súbito, o astro se põe a “bailar”. Gira rapidamente como
uma gigantesca roda de fogo. Pára de repente, para dentro em pouco recomeçar o
giro sobre si mesmo numa espantosa velocidade. Finalmente, num turbilhão
vertiginoso, seus bordos adquirem uma cor escarlate, espargindo chamas
vermelhas em todas as direções. Esses fachos refletem-se no solo, nas árvores,
nos arbustos, nas faces voltadas para o céu, reluzindo com todas as cores do
arco-íris. O disco de fogo rodopia loucamente três vezes, com cores cada vez
mais intensas, treme espantosamente e, descrevendo um ziguezague descomunal,
precipita-se em direção à multidão aterrorizada. Um único e imenso grito escapa
de todas as bocas. Todos caem de joelhos na lama e pensam que vão ser
consumidos pelo fogo. Muitos rezam em voz alta o ato de contrição. Pouco a
pouco, o sol começa a se elevar traçando o mesmo ziguezague, até o ponto do
horizonte de onde havia descido. Torna-se então impossível fitá-lo. É novamente
o sol normal de todos os dias.
O ciclo das visões de Fátima estava encerrado.
Os prodígios haviam durado cerca de 10 minutos. Todos se
entreolhavam perturbados. Depois, a alegria explodiu: “O milagre! As crianças
tinham razão!” Os gritos de entusiasmo ecoavam pelas colinas adjacentes, e
muitos notavam que sua roupa, encharcada alguns minutos antes, estava
completamente seca.
O milagre do sol pôde ser observado a uma distância de até
40 quilômetros do local das aparições.
A promessa da sétima vinda de
Nossa Senhora
Em sua primeira aparição, a Santíssima Virgem pediu aos 3
pastorinhos que viessem à Cova da Iria seis meses seguidos. E acrescentou:
“Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez”.
Seguiram-se as seis aparições, segundo o relato da Irmã
Lúcia, pairando o mistério sobre a sétima aparição…
Estará, esta, ligada à promessa do triunfo de Seu Imaculado
Coração? Esse triunfo, sem dúvida, configura uma suprema e altíssima esperança
para os dias de hoje! Fátima, queiramos ou não, tornou-se com a promessa “Por
fim meu Imaculado Coração triunfará” o ponto de referência essencial, indispensável,
para nossa vida e para o mundo contemporâneo.
Fátima, inegavelmente, é a
aurora do terceiro milênio!
Fonte: fatima.arautos.org/as-seis-aparicoes-de-fatima/
Foto retirada da internet
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