Liturgia Diária Comentada 30/05/2017 terça-feira
7ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio Pascal - Oficio Tempo Pascal
Cor: Branco - Ano “A” Mateus
Antífona: Atos dos Apóstolos 1,17-18 Eu sou o primeiro
e o ultimo, aquele que vive. Estive morto e eis que estou vivo para sempre,
aleluia!
Oração do Dia: Ó
Deus, de poder e misericórdia, fazei que o Espírito Santo, vindo habitar em
nossos corações, nos torne um templo da sua glória. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos
20,17-27
Naqueles dias, de Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso,
convocando os anciãos da Igreja. Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes:
“Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o
tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. Servi ao Senhor com toda a
humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas
dos judeus. Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para
vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. Insisti, com
judeus e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso
Senhor.
E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber
o que aí me acontecerá. Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo
me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. Mas, de modo nenhum,
considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom
termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor Jesus, ou seja,
testemunhar o Evangelho da graça de Deus.
Agora, porém, tenho a certeza de que vós não vereis mais o
meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino. Portanto, hoje
dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se
perder, pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso
respeito”. - Palavra do Senhor.
Comentário: O adeus de Paulo aos
presbíteros e responsáveis pela Igreja que ele gerou para a fé é como o seu
testamento espiritual e pastoral, cheio de ternura e de recomendações, de
esperanças e temor. É uma alocução que lembra com fortes paralelismos o Sermão
da despedida de Jesus, que se lê no evangelho. Mas não são apenas palavras de
desafogo; são também um ensinamento. Na primeira parte se traça a fisionomia do
apóstolo ideal, juntamente com as exigências de seu ministério. Não lhe são
poupadas provações e tribulações, como o não foram a Jesus, o mestre (Jo 13,18-27).
O ministério apostólico não tem tampouco êxito garantido. Com efeito, Paulo tem
o triste (mas realístico) pressentimento de que muitos dos que o ouviram
desfalecerão um dia; assim como também entre os discípulos de Jesus houve um
traidor, houve um renegado, e todos fugiram no momento da prova... Mas o
apóstolo está cheio de humilde confiança, porque tem consciência de haver dado
tudo e sabe que o Senhor é justo juiz. (Missal Cotidiano)
Salmo: 67, 10-11. 20-21
(R. 33a)
Reinos da terra, cantai ao Senhor
Derramastes lá do alto uma chuva
generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; e ali vosso
rebanho encontrou sua morada; com carinho preparastes essa terra para o pobre.
Bendito seja Deus, bendito seja cada
dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um
Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar
da morte!
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 17,1-11a
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai,
chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, e,
porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles
que lhe confiaste. Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o
único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. Eu te
glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. E agora,
Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que
o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do
mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. Agora
eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, pois dei-lhes as palavras que tu
me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti
e acreditaram que tu me enviaste. Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo,
mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o
que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Já não estou no mundo, mas eles
permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Antes
de partir para junto do Pai, Jesus reza por todos nós e o Evangelho de São João
registra essa oração que ficou conhecida como Oração Sacerdotal de Jesus. Jesus
inicia esta oração rezando por si mesmo, uma vez que ele sabe que a paixão está
chegando e que deve estar preparado para sofrer. Em seguida, Jesus diz ao Pai
que cumpriu a missão que lhe foi confiada, de modo que o Nome de Deus foi
manifestado aos homens sendo que sua mensagem foi acolhida e muitos
reconheceram-no como o enviado do Pai para, em seguida, rezar por todos os que
creram em suas palavras. (CNBB)
A
oração de Jesus expressa sua consciência de ter cumprido a sua missão. Estando
próximo da morte, ele faz uma espécie de prestação de contas ao Pai, da tarefa
que lhe fora confiada. Não buscou os caminhos mais fáceis, não selecionou o que
lhe interessava, nem contentou-se em cumprir sua missão pela metade. Por isso,
está seguro de ter realizado, com absoluta fidelidade, o querer do Pai. A
tarefa principal de Jesus consistiu em tornar conhecido o Pai, manifestando o
seu nome e o seu projeto de salvação para a humanidade. Nisto consistiu a
glorificação do Pai na Terra: em a humanidade pecadora conhecer, por meio de
Jesus, sua misericórdia e seu amor complacente. Por sua vez, os seres humanos
puderam, novamente, achegar-se ao Pai, por terem sido liberados da escravidão
do pecado. Em suma, a glória do Pai manifestou-se na ação de Jesus. A ação de
Jesus estava também direcionada para quem lhe fora confiado pelo Pai, e a quem
devia conduzir à fé. O Filho de Deus foi fiel em transmitir-lhes as palavras
recebidas do Pai; protegeu-os contra as ciladas do mundo; e os acolheu como
presente do Pai: "Eles eram teus, e a mim os destes". Em sua oração,
Jesus pede, insistentemente, pelos discípulos. Ele bem sabe quanta força
necessitarão para combater o mundo, e vencê-lo. A vitória deles será uma
espécie de glorificação do Pai. Mas só vencerão esta peleja, se estiverem
unidos ao Filho Jesus. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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