Santa Júlia, por vossa grande devoção ao Sagrado Coração de
Jesus, fostes curada milagrosamente e favorecida por muitas graças. Por vossa
poderosa intercessão, alcançai-nos uma ilimitada confiança em Deus nas
dificuldades da vida, a força de cumprir em tudo a adorável vontade de Deus e a
graça especial que ardentemente vos imploramos. Amém!
Na cidade de Cuvilly, França, em 12 de julho de 1751, nasceu
Maria Rosa Júlia Billiart, filha de Francisco e Maria Antonieta, pobres e muito
religiosos, que a batizaram no mesmo dia. Júlia fez a primeira comunhão aos
sete anos. Desde então, Jesus foi o único alimento para sua vida. Aprendeu
apenas a ler e a escrever, porque ajudava a sustentar a família.
Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e, subnutrida,
ficou, lentamente, paraplégica, por vinte e dois anos. Durante esse tempo
aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre
engajada na catequese da paróquia, preocupava-se com a educação dos pobres.
Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as
damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.
Nesta época, decidiu ingressar na vida religiosa, com uma
meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a
formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata,
aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia, nos contatos com as
autoridades civis e eclesiásticas e com os terrores da destruição da Revolução
Francesa e de Napoleão Bonaparte. Assim, ainda paralítica, em 1804 fundou a Congregação das Irmãs de Nossa
Senhora.
Júlia foi incapaz de amarrar sua instituição aos limites das
exigências das fundações de seu tempo. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de
trinta anos, voltou a caminhar. A Mãe de Deus era sua grande
referência e modelo, e a eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável.
Mas viver com ela não era fácil. Era um desafio constante, devido à firmeza de
metas foi considerada teimosa e temperamental. Principalmente por não aceitar
que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral. Custou
muito para que tivesse Tal direito, mas, por fim, foi eleita superiora geral.
Júlia abriu, em Amiens, a primeira escola gratuita e depois
não parou mais. Viajava pela França e pela Bélgica fundando pensionatos e
escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. Não
aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação.
Para ter recursos, criava pensionatos e, ao lado deles, a escola para pobres.
Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por ele afastada da
congregação. Todas as irmãs decidiram seguir com ela para a cidade de Namur, na
Bélgica, onde se fixaram definitivamente.
Júlia, incansável, continuou criando pensionatos, fundando
escolas, formando crianças e educadores, ficando conhecidas como as "Irmãs da
Nossa Senhora de Namur". Ali a
fundadora consolidou a diretriz pedagógica da congregação: a educação como o
caminho da plenitude da vida. Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816 na cidade
de Namur.
"Por meio do seu batismo, de sua consagração religiosa
e por sua vida inteira de fé em Deus, que é bom, Júlia foi colocada na trilha
da opção divina pelos pobres." Foram as palavras do papa Paulo VI para
declarar santa, em 1969, Maria Rosa Júlia Billiart, que no dia 8 de abril deve
receber as homenagens litúrgicas.
“Tudo irá bem se deixarmos
o Bom Deus agir”
Fonte: Edições Paulinas
Foto retirada da internet
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