Roteiro Homilético 5º Domingo da Quaresma - Ano “A” Mateus

Introdução ao espírito da Celebração

Estamos desde há um mês a viver a Quaresma. Como vai a nossa preparação para a Páscoa? Já recebemos o sacramento da Reconciliação? O Senhor vem mais uma vez ao nosso encontro nesta Eucaristia. Ele quer que nos purifiquemos para recebermos d’Ele a força que nos ajuda a sermos bons cristãos.

Primeira Leitura

Profecia de Ezequiel 37,12-14

Deus vem constantemente ao nosso encontro para nos perdoar, para nos abençoar, para nos salvar. Agradeçamos e permaneçamos sempre unidos ao Senhor.

A leitura é extraída da 3ª parte de Ezequiel (cap. 33-48), destinada a confortar os exilados em Babilônia com palavras de esperança no futuro. 

12 «Vos farei ressuscitar». Não se trata aqui da ressurreição final, mas da do povo de Deus, que, esmagado pelas duras provas do cativeiro, se ergue de novo e é reconduzido à Terra de Israel, segundo a célebre visão dos ossos relatada nos primeiros versículos deste mesmo capítulo.

14 «Infundirei em vós o meu espírito» (cf. Ez 36,27). É um misterioso anúncio profético da ação do Espírito Santo nas almas com a obra salvadora de Cristo: «dar-vos-ei um coração novo e porei em vós um espírito novo; arrancarei o coração de pedra das vossas carnes e dar-vos-ei um coração de carne» (Ez 36,26). S. Paulo, como faz na 2ª Leitura de hoje, há de desenvolver a ideia da ação do Espírito Santo nas almas dos cristãos (Rom 8).

Segunda Leitura

Carta de São Paulo aos Romanos 8,8-11

Cristo está conosco. Devemos merecer a Sua presença, afastando o pecado e seguindo sempre o Caminho que nos aponta.

Temos, neste breve extrato de Rom 8, dois modos antitéticos de ser e de viver: segundo a carne e segundo o Espírito. Viver segundo a carne é o mesmo que levar uma vida de pecado, por isso, os que se encontram nesta situação «não podem agradar a Deus».

9-11 Depois de ter falado em geral, S. Paulo dirige-se diretamente aos fiéis batizados: o facto de o Espírito Santo habitar neles subtrai-os ao «domínio da carne». Este habitar do Espírito Santo no fiel é um ponto fulcral da fé pregada por Paulo (cf. 1Cor 3,16-17; 6,19; cf. Jo 14,23), o que é afirmado por três vezes neste pequeno trecho: vv. 9.11a.11b. Aparece como garantia da vitória sobre a carne (v. 9) e sobre a morte (v. 11). Note-se como o Espírito Santo é chamado tanto Espírito de Deus (o Pai) – nos vv. 9 e 11a –, como Espírito de Cristo (o Filho) – nos vv. 10 e 11b –; com efeito, o Espírito Santo «procede do Pai e do Filho» e nos é «enviado» pelo Pai e pelo Filho.

Evangelho

Segundo João 11,1-45

Neste domingo dito de Lázaro, temos o 7º e último dos sinais do IV Evangelho, que deixam ver Jesus como o Messias, não um messias sem mais, mas aquele que é a própria Vida, capaz de dar a vida aos mortos. É assim que o ponto culminante de toda esta secção (Jo 9) é a solene declaração de Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida» (v. 25). Mas toda a grandeza da sua pessoa divina aparece aqui tão profundamente humana, com uma sensibilidade tal que, perante a morte do amigo e a dor e desconsolo das irmãs do defunto, Ele se comove e perturba (v. 33.38), chegando mesmo a chorar (v. 35); Ele é o divino amigo, tão humanamente amigo! (vv. 3.5.11.36).

1 «Betânia» (ver Mt 26,6; Mc 14,3) era uma povoação situada na vertente oriental do Monte das Oliveiras, a uns 3 Km de Jerusalém (v. 18), distinta de outra Betânia, na Pereia (1,28). Corresponde à atual El-Azariyeh, um nome derivado de Lázaro.

2 Porque esta unção do Senhor só é contada no capítulo 12, no Ocidente veio a pensar-se que esta Maria de Betânia seria a pecadora que em Lc 7,37 tinha ungido o Senhor, o que não parece provável. Nenhuma das duas mulheres se deverá confundir com Maria Madalena (19,25; 20,1.18; Lc 8,2). Foram confundidas no Ocidente inclusive no Missal Romano, até à reforma de Paulo VI.

25-26 São dois versículos paralelos, mas com distinto matiz: Jesus é a «Ressurreição», porque leva os crentes à ressurreição final (v. 25: «viverá») prefigurada na de Lázaro (que ainda não é a ressurreição gloriosa); e é a «Vida», porque dá aos crentes a vida espiritual (sobrenatural), uma vida que não morre (v. 26). Entendido assim o texto, teríamos aqui a síntese da escatologia já presente (tão típica de S. João) e da escatologia do fim dos tempos, compenetrando-se de forma harmoniosa e coerente.

39 «O quarto dia»: todos estão de acordo quanto ao significado simbólico da ressurreição de Lázaro, o que não quer dizer que esta seja um mero símbolo; se assim fosse, deveria ser ao terceiro dia, como a de Jesus, e não ao quarto dia.

44 Deixai-o andar. A tradução litúrgica «deixai-o ir» (para sua casa), embora gramaticalmente correta, parece imprópria, pois pode fazer supor desinteresse de Jesus pela pessoa do seu amigo Lázaro…

49-53 Temos aqui mais um paradoxo: o último pontífice da Antiga Aliança, sem saber, profetiza a investidura de Jesus como o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, selada com o seu próprio sangue. José Caifás(cf. Jo 18,13-14.28) exerceu a sua função entre os anos 18 a 36 da era cristã.

Sugestão para reflexão

Amamos Jesus que ressuscita Lázaro

O Evangelho desta Missa descreve com todos os pormenores a ressurreição de Lázaro. As suas irmãs, Marta e Maria, comunicam a Jesus o que se está a passar. Jesus, logo que pode, vai até Betânia. Ao ver o amigo Lázaro, morto, comove-se e chora…

Quando morre algum familiar ou algum amigo também nós choramos. É humano! Deixamos de falar com quem partiu. Ao vermos o seu lugar vazio sentimos saudade. Quem nos dera, nesses momentos de dor e angústia, termos o Senhor junto de nós para Lhe pedirmos a graça da ressurreição!…

Jesus, seguidamente, reza: «Pai, dou-Te graças por Me teres escutado…». Que bela oração! Mesmo nos dias de sofrimento devemos agradecer ao Senhor…

Só Deus tem poder sobre a morte. Nós já o sabemos. Sabemos porque temos Fé. Mas os ateus não acreditam. Por isso Jesus mostra que é Deus, que tem poder de ressuscitar. Junto ao seu túmulo, brada com voz forte para que todos ouçam bem: «Lázaro, vem para fora».

Quem se sentiu mais feliz nessa ocasião?!… Lázaro que volta à vida, quatro dias após ter morrido, para de novo acolher o Senhor?! Marta e Maria que o recebiam de novo na sua casa?! Os discípulos de Jesus ao verem confirmada a Fé na Sua divindade?! O próprio Jesus que iria morrer em breve para ressuscitar glorioso?!…

Nós, cristãos do século XXI, sentimo-nos muito felizes ao revivermos hoje a ressurreição de Lázaro.

Fonte: presbiteros.com.br
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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